quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Rompendo os véus de Maya (ilusão) e aprendendo a viver


A ilusão é como aquele presente que chega enrolado num papel bem bonito, às vezes tanto que nem queremos abrir por medo, talvez, justamente de saber o que vem dentro.
Não buscamos ser enganados cientemente, mais inconscientemente desejamos que tudo o que é feio, mal, que faz mal, que decepciona, que fere fique em algum lugar longe do nosso alcance. Fechamos então os olhos a certas coisas e preferimos viver na ilusão de que tudo vai bem. Quantas pessoas não vivem assim a vida inteira de olhos fechados?

O mundo não é um campo florido sem espinhos e em muitas ocasiões, particularmente ante o desconhecido, precisamos abrir nós mesmos o caminho para uma vida plena. E o que é uma vida plena? É a vida cheia da maturidade e do conhecimento do bem e do mal e a faculdade de poder fazer uma escolha.
O desconhecimento do mal não diminui nosso sofrimento, apenas encobre-o e dá-nos a ilusão de que tudo vai bem. É como estar doente e preferir ignorar, o tratamento não vem e menos ainda a cura ou a possibilidade dela.
Pessoas mentem-se porque não têm coragem o bastante para encarar a realidade, enfrentá-la e passar por cima dela. Muitos vivem de falsas felicidades, máscaras que preferem colocar diante dos outros e que somente nos momentos mais profundos de se estar consigo mesmos é que tiram e não podem impedir que as lágrimas corram. Nessas horas são verdadeiras, feridas certamente, mas vivas e reais.

É a maneira de encarar o mundo que diferencia os que chamamos de fracos e fortes. Os primeiros mentem-se e seguem assim e os segundos abrem essa embalagem bonita, decepcionam-se com o que encontram e se dizem que ainda assim construirão alguma coisa...porque viver é experimentar a vida nos seus pormenores, provar do doce e do amargo e ter no coração a certeza de que as verdades, mesmo doloridas, nos tornam mais fortes e nos condicionam a buscar o que há de melhor em nós.
Colaboração de Thalita Shanti
Autoria de Letícia Thompson


O seu corpo amanhã



Somos as únicas criaturas na face da terra capazes de mudar nossa biologia pelo que pensamos e sentimos! Nossas células estão constantemente bisbilhotando nossos pensamentos e sendo modificados por eles. Um surto de depressão pode arrasar seu sistema imunológico; apaixonar-se, ao contrário, pode fortificá-lo tremendamente.
A alegria e a realização nos mantém saudáveis e prolongam a vida. A recordação de uma situação estressante, que não passa de um fio .de pensamento, libera o mesmo fluxo de hormônios destrutivos que o estresse.
Quem está deprimido por causa da perda de um emprego projeta tristeza por toda parte no corpo - a produção de neurotransmissores por parte do cérebro reduz-se, o nível de hormônios baixa, o ciclo de sono é interrompido, os receptores neuropeptiídicos na superfície externa das células da pele tornam-se distorcidos, as plaquetas sanguíneas ficam mais viscosas e mais propensas a formar grumos e até suas lágrimas contêm traços químicos diferentes das lagrimas de alegria.
Todo este perfil bioquímico será drasticamente alterado quando a pessoa encontra uma nova posição. Isto reforça a grande necessidade de usar nossa consciência para criar os corpos que realmente desejamos.
A ansiedade por causa de um exame acaba passando, assim como a depressão por causa de um emprego perdido. O processo de envelhecimento, contudo, tem que ser combatido a cada dia.Shakespeare não estava sendo metafórico quando Próspero disse: "Nós somos feitos da mesma matéria dos sonhos."
Você quer saber como esta seu corpo hoje? Lembre-se do que pensou ontem.
Quer saber como estará seu corpo amanhã? Olhe seus pensamentos hoje!
Ou você abre seu coração, ou algum cardiologista o fará por você!


Contribuição de Thalita Shanti

Autoria de Deepak Chopra

Palavras sábias da Thalita

Enquanto você pensar negativo,
O positivo de sua vida ficará ausente,
A Vida definha e você se torna indiferente!
Enquanto você ver somente defeitos,
As qualidades ficarão escondidas,
Com talentos sufocados,
Vontades reprimidas!
Enquanto você focar sua atenção no que não quer,
Mais a Vida irá lhe trazer,
Tudo para despertar,
Até você aprender,
Que o Belo da Vida é leve, intenso,
É o verdadeiro Bem Querer.

Enquanto quiser agir somente com a razão,
Sem unir seu coração,
Nada irá fluir,
Tudo será em vão!

Compreenda que você faz parte de um Todo,
Compreenda que não está sozinho,
Aja de acordo com o Universo,
E Este mostrará o caminho.
Autoria de Thalita Shanti

Uma lição de comportamento


As dores da alma não deixam recados, imprimem uma sentença que perdura pelos anos.

Um amor que acabou mal resolvido...Um emprego que se perdeu inexplicavelmente...Um casamento que mal começou e já terminou...Uma amizade que acabou com traição...Tudo vai deixando sinais, marcas profundas...

Precisamos trabalhar as dores da alma, para que sirvam apenas de aprendizado, extraindo delas a capacidade de nos fortalecermos... aprendendo que o melhor de nós, ainda está em nós mesmos... Que amando-nos incondicionalmente descobrimos a auto-estima... Que se deixarmos seguir o caminhoda dor e da lamentação, iremos buraco abaixo no caminho da depressão.

As dores da alma não saem no jornal, não viram capa de revista... E só quem sente, pode avaliar o estrago que elas causam. Como não existe vacina para amores mal resolvidos, nem para decepções diárias, o que vale é a prevenção...

Então...

Ame-se para amar e ser verdadeiramente amado.

Sorria para que o mundo seja mais gentil!

Dedique-se para que as falhas sejam pequenas...

Não se compare, você é único!

Repare nas pequenas coisas, mas cuidado com as grandes que as vezes estão bem diante do nosso nariz e não enxergamos...

Sonhe, pois o sonho é o combustível da realização.

Tenha amigos e seja o melhor amigo de todos.

Apaixone-se pela vida e por tudo o que é seu! Sinta o seu cheiro e acredite em seu poder de sedução...

Estimule-se, contagie o mundo com o seu melhor...

Creia em Deus pois sem Ele não há razão em nada!

E tenha sempre a absoluta certeza de que, depois da forte tempestade, o arco-íris vai surgir e o sol vai brilhar ainda mais forte!
(Paulo Roberto Gaefke)


terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

A ALMA DO OUTRO

Um ensaio sobre a incomunicabilidade, os mal-entendidos nas relações...
Lya Luft


"A alma do outro é uma floresta escura", disse o poeta Rainer Maria Rilke, meu único autor de cabeceira.
A vida vai nos ensinando quanto isso é verdade. Pais e filhos, irmãos, amigos e amantes podem conviver décadas a fio, podem ter uma relação intensa, podem se divertir juntos e sofrer juntos, ter gostos parecidos ou complementares, ser interessantes uns para os outros, superar grandes conflitos – mas persiste o lado avesso, o atrás da máscara, que nunca se expõe nem se dissipa.
Nem todos os mal-entendidos, mágoas e brigas se dão porque somos maus, mas por problemas de comunicação. Porque até a morte nos conheceremos pouco, porque não sabemos como agir. Se nem sei direito quem sou, como conhecer melhor o outro, meu pai, meu filho, meu parceiro, meu amigo – e como agir direito?
Neste momento escrevo, como já disse, um livro sobre o silêncio. Começou como um ensaio na linha de O Rio do Meio e Perdas & Ganhos, mas acabou se tornando um romance, em pleno processo de elaboração. Isso me faz refletir mais agudamente sobre a questão da comunicação e sua por vezes dramática dificuldade, pois nos mal-entendidos reside muito sofrimento desnecessário.
Amor e amizade transitam entre esses dois "eus" que se relacionam em harmonia e conflito: afeto, generosidade, atenção, cuidados, desejo de partilhamento ou de vida em comum, vontade de fazer e ser um bem, e de obter do outro o que para a gente é um bem, o complicado respeito ao espaço do outro, formam um campo de batalha e uma ponte. Pontes podem ser precárias, estradas têm buracos, caminhos escondem armadilhas inconscientes que preparamos para nossos próprios passos em direção do outro. O que está mergulhado no inconsciente é nosso maior tesouro e o mais insidioso perigo.
Pensar sobre a incomunicabilidade ou esse espaço dela em todos os relacionamentos significa pensar no silêncio: a palavra que devia ter sido pronunciada, mas ficou fechada na garganta e era hora de falar; o silêncio que não foi erguido no momento exato – e era o momento de calar.
Mas, como escrevi várias vezes, a gente não sabia. É a incomunicabilidade, não por maldade ou jogo de poder, mas por alienação ou simples impossibilidade. Anos depois poderá vir a cobrança: por que naquela hora você não disse isso? Ou: por que naquele momento você disse aquilo?
Relacionar-se é uma aventura, fonte de alegria e risco de desgosto. Na relação defrontam-se personalidades, dialogam neuroses, esgrimem sonhos e reina o desejo de manipular disfarçado de delicadeza, necessidade ou até carinho. Difícil? Difícil sem dúvida, mas sem essa viagem emocional a existência é um deserto sem miragens.
No relacionamento amoroso, familiar ou amigo acredito que partilhar a vida com alguém que valha a pena é enriquecê-la; permanecer numa relação desgastada é suicídio emocional, é desperdício de vida. Entre fixar e romper, o conflito e o medo do erro.
Somos todos pobres humanos, somos todos frágeis e aflitos, todos precisamos amar e ser amados, mas às vezes laços inconscientes enredam nossos passos e fecham nosso coração. A balança tem de ser acionada: prevalecem conflitos ásperos e a hostilidade, ou a ternura e aqueles conflitos que ajudam a crescer e amar melhor, a se conhecer melhor e melhor enxergar o outro? O olhar precisa ser atento: mais coisas negativas ou mais gestos positivos? Mais alegria ou mais sofrimento? Mais esperança ou mais resignação?
Cabe a cada um de nós decidir, e isso exige auto-exame, avaliação. Posso dizer que sempre vale a pena, sobretudo vale a pena apostar quando ainda existe afeto e interesse, quando o outro continua sendo um desafio em lugar de um tédio, e quando, entre pais e filhos, irmãos, amigos ou amantes, continua a disposição de descobrir mais e melhor quem é esse outro, o que deseja, de que precisa, o que pode – o que lhe é possível fazer.
Em certas fases, é preciso matar a cada dia um leão; em outras, estamos num oásis. Não há receitas a não ser abertura, sinceridade, humildade que não é rebaixamento. Além do amor, naturalmente, mas esse às vezes é um luxo, como a alegria, que poucos se permitem.
Seja como for, com alguma sorte e boa vontade a alma do outro pode também ser a doce fonte da vida.

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