sábado, 28 de junho de 2008

Nas mãos


Paulo Roberto Gaefke

A felicidade está sempre ao alcance das nossas mãos, mas nem sempre enxergamos as POSSIBILIDADES, e não vemos, ou não queremos ver, o que deixamos escapar, com nosso mau-humor, nossa contrariedade, nossa "infantilidade", esse jeito mimado de acreditar que tudo tem que ser do jeito que planejamos, todos devem agir como sonhamos...

Sofremos por isso. Por querer acreditar que somos infalíveis, que somos os mais amados, os mais queridos,que somos imprescindíveis para o trabalho, para a vida dessa ou daquela pessoa. E quando a vida nos mostra a realidade, quando percebemos que tudo pode caminhar sem nós, melhor ou pior em alguns casos, sentimos uma ferida se abrir no peito, e muitos acabam em depressão profunda.
A felicidade está ao alcance das nossas mãos, quando entendemos que o mais importante é o nosso contentamento, a nossa paz.
Só podemos mudar uma única pessoa: nós mesmos, os outros podemos apenas aconselhar, mas devemos deixar partir, e viver cada um a sua própria experiência, "não nos cabe o direito de viver a vida de ninguém, mas cabe-nos a obrigação de viver bem a nossa própria vida."
A felicidade é um instante mágico,onde percebemos que podemos rir de nós mesmos, nos contentarmos com muito pouco, ter menor quantidade, com mais qualidade, ter menos e ser muito mais.
A felicidade está ao alcance das nossas mãos, quando vivemos a nossa vida, e nos abrimos para amparar o próximo.
Preocupe-se mais com essa pessoa tão carente que habita em você. Assim, enchendo-se de amor, poderá espalhar boas sementes pelo caminho, caminho da eternidade, rua da felicidade.

INSTRUÇÕES PARA UMA VIDA

Dalai Lama
1.Tem em conta que os grandes amores e enganos comportam um grande risco.
2. Se perderes, não percas a lição.
3. Aplica a regra dos "3 erres":
Respeita-te a ti mesmo,
Respeita os demais,
e Responsabilíza-te pelas tuas ações.
4. Recorda que, às vezes, não conseguir o que queres é um maravilhoso golpe de sorte.
5. Aprende as regras para que saibas infringí-las quando convenha.
6. Não permitas que uma pequena discussão afete uma grande relação.
7. Quando descobrires que cometeste um erro, toma imediatamente as medidas necessárias para corrigí-lo.
8. Passa algum tempo sozinho todos os dias.
9. Abre os teus braços à mudança, mas não abandones os teus valores.
10. Recorda que, às vezes, o silêncio é a melhor resposta.
11. Vive uma boa vida honrada. Depois, quando fores mais velho e olhares para trás, serás capaz de disfrutá-la de novo.
12. Um ambiente de amor no teu lar será a base para a tua vida.
13. Quando não estiveres de acordo com os teus entes queridos, preocupa-te unicamente com a situação atual. Não faças referências a anteriores disputas.
14. Compartilha os teus conhecimentos. É a forma de conseguires a imortalidade.
15. Sê bom para com a Mãe Terra.
16. Uma vez por ano, visita um lugar a que nunca tenhas ido antes.
17. Recorda que a melhor relação é aquela em que o amor mútuo é maior do que a necessidade mútua.
18. Julga o teu êxito em função do que renunciaste para o conseguir.
19. Ama e trabalha com absoluto empenho.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Luiz Fernando Veríssimo


"Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu."

Reflexão sobre a percepção de valor intrínseco


Pesquisa realizada pelo jornal "THE WASHINGTON POST". Objetivo? - Debate sobre valor, contexto e arte.
Aquela poderia ser mais uma manhã como outra qualquer.

Eis que o sujeito desce na estação do metrô: vestindo jeans, camiseta e boné, encosta-se próximo à entrada, tira o violino da caixa e começa a tocar com entusiasmo para a multidão que passa por ali, bem na hora do rush matinal.

Mesmo assim, durante os 45 minutos que tocou, foi praticamente ignorado pelos passantes.

Ninguém sabia, mas o músico era Joshua Bell, um dos maiores violinistas do mundo, executando peças musicais consagradas num instrumento raríssimo, um Stradivarius de 1713, estimado em mais de 3 milhões de dólares.

Alguns dias antes Bell havia tocado no Symphony Hall de Boston, onde os melhores lugares custam a bagatela de 1000 dólares.

A experiência, gravada em vídeo, mostra homens e mulheres de andar ligeiro, copo de café na mão, celular no ouvido, crachá balançando no pescoço, indiferentes ao som do violino.

A iniciativa realizada pelo jornal The Washington Post era a de lançar um debate sobre valor, contexto e arte.

A conclusão: estamos acostumados a dar valor às coisas quando estão num contexto.

Bell era uma obra de arte sem moldura. Um artefato de luxo sem etiqueta de grife.

Esse é um exemplo daquelas tantas situações que acontecem em nossas vidas que são únicas, singulares, e a que não damos a menor bola porque não vêm com a etiqueta de seu preço. O que tem valor real para nós, independentemente de marcas, preços e grifes? É o que o mercado diz que você deve ter, sentir, vestir ou ser?

Essa experiência mostra como na sociedade em que vivemos os nossos sentimentos e a nossa apreciação de beleza são manipulados pelo mercado, pela mídia, e pelas instituições que detém o poder financeiro.

Mostra-nos como estamos condicionados a nos mover quando estamos no meio do rebanho.

terça-feira, 24 de junho de 2008

O Paradoxo do Nosso Tempo

George Carlin

Nós bebemos demais, fumamos demais, gastamos sem critérios, dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV demais e rezamos raramente.
Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores. Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos freqüentemente.
Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos.
Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho.
Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio.
Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores.
Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos.
Aprendemos a nos apressar e não, a esperar.
Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos menos.
Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta; do homem grande de caráter pequeno; lucrosacentuados e relações vazias.
Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados.
Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas 'mágicas'. Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na despensa.
Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar 'delete'.
Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão por aqui para sempre.
Lembre-se dar um abraço carinhoso num amigo, pois não lhe custa um centavo sequer.
Lembre-se de dizer 'eu te amo' à sua companheira (o) e às pessoas que ama, mas, em primeiro lugar, ame... Ame muito.

Um beijo e um abraço curam a dor, quando vêm de lá de dentro.
O segredo da vida não é ter tudo que você quer, mas AMAR tudo que você tem!

Por isso, valorize o que você tem e as pessoas que estão ao seu lado.

sábado, 7 de junho de 2008

Reciclando o lixo interior



Por Maria Bernadete Pupo – administradora de empresas, pós-graduada em Direito do Trabalho e Mestra em Recursos Humanos pelo Unifieo, onde é responsável pela gerência de RH e também palestrante para os cursos de MBA. É autora do livro "Empregabilidade acima dos 40 anos" pela Editora Expressão e Arte.

Resultado de competitividade sem fim, as pessoas estão a cada dia que passa acumulando doenças psicológicas.
Cobranças frenéticas que vêm do trabalho, do chefe, do lar, dos filhos, da escola, dos amigos, e o resultado disso é que as pessoas vão acumulando, no decorrer do tempo, aquilo que se denomina “lixo interior” que, em outras palavras, pode ser sinônimo de sentimento de raiva, amargura, vingança e inveja.

Esses sentimentos só aguçam as pessoas a ver o lado ruim das coisas e a intensificá-los ao máximo.
Isso faz com que só falem do que é negativo na vida, sem que ao menos possam perceber que o ato de reclamar virou prazer.

Não é raro, em nosso dia-a-dia, depararmos com pessoas amargas, mal humoradas, com olhos fundos e sem brilho, que fazem os outros, sem saber o porquê, se afastarem delas.
Afinal, todos nós temos problemas, porém devemos administrá-los da melhor maneira possível, sem que, para isso, precisemos agredir o próximo. Esta agressão, embora não seja verbal, não deixa de ser psicológica e que, por isso, transmite uma espécie de ondas negativas.

O pior de tudo é que pessoas assim acabam se afastando do trabalho com sintomas de doenças psíquicas, com sensação de ansiedade e depressão. E esse afastamento só piora um quadro que já é grave, pois aumenta a sensação de incredulidade, de incapacidade e de solidão.

Se pararmos para pensar, podemos observar o mal que sentimentos negativos e mesquinhos acarretam a quem os sente e a quem os recebe.

O orgulho é tão permissivo que conduz o indivíduo ao isolamento social. A inveja é sinônimo de pobreza de espírito, que só leva a pessoa ao sofrimento pela sensação que tem de incapacidade (e na verdade não é nada disso – ele pode, se quiser). Todo ser humano amargurado vive com a alma em prantos e, quando isso cria raízes no coração, produz ressentimento e tristeza que acarreta um olhar que perde o brilho, o sentido da vida e do mundo. O ódio é prejudicial e desnecessário à vida e quanto mais é alimentado, menos chance de felicidade terá quem o sente e o cultiva.

Nós não nascemos para cultivar sentimentos negativos, o que negaria nossa humanidade. Nos tornamos assim - talvez em decorrência das cobranças sem limites que fazemos a nós mesmos -, e o que é pior, às vezes não percebemos que todos esses sentimentos tomaram conta de nós.

Viver bem é nosso desafio. Devemos cuidar melhor da nossa vida interior, eliminando o lixo e as agruras da alma, pois se assim não o fizermos, exterminaremos sem que possamos perceber, nosso sentimento mais puro e belo que se traduz no amor, na sensação gostosa de ter e de ser, de vibrar com as coisas boas da vida e de sentir boas emoções. Sem isso, deforma-se nosso ser, que perde a vontade de existir.

Nesse contexto, devemos reavaliar nossas atitudes frente às situações com as quais nos deparamos no nosso dia-a-dia. Será que estamos conseguindo dar toque mágico em nossa vida? Será que a alegria de viver depende de coisas materiais ou ela está dentro de nós?

Se você acha que enfrenta essa fase, faça um inventário psicológico e pense em sua maior missão aqui na Terra – a de viver e a de transformar esse ato sagrado em prazer. Essa reflexão nos remete a mudança de paradigma em relação ao modo de ver, sentir e enxergar as coisas. Que tal praticarmos esse exercício? Sempre que se deparar com pensamentos que julgar indesejados, procure desviá-los e pensar outra coisa boa no lugar, assim, os pensamentos, comportamentos e atitudes que podem transformar sua vida em tristeza constante, são automaticamente substituídos, cedendo lugar à energia positiva.

A partir do momento em que você descobrir que viver é sonhar, é sentir, é agir, e que viver é um dom que - se bem aperfeiçoado - expande-se de forma que você sinta e valorize o prazer de estar vivo, tudo à sua volta será transformado, porque, no fundo, nós vemos aquilo que queremos ver.

Essa é uma das formas de você se livrar das doenças psicológicas, transformando suas ações e reações em ondas que transmitem energias positivas tanto para você, quanto para as pessoas à sua volta. Tente, experimente, acredite mais no ser que você é.
Só assim, você reciclará o lixo interior, cedendo lugar à magia de viver!

O desperdício


"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arriscar, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade"


Carlos Drummond de Andrade

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Decisão do Supremo já chega caduca


Ele se limita a autorizar o uso dos raros embriões que satisfaçam uma de duas condições -ser inviável ou estar congelado há mais de três anos. Isso já atrapalha a pesquisa, diante das leis de países mais avançados. Marcelo Leite escreve para a “Folha de SP”:
A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) a favor da já ultra-restritiva Lei de Biossegurança, no que toca à pesquisa com embriões, chega com atraso. Parece que está no DNA do debate público nacional: começa tarde, demora mais do que deveria -basta acompanhar os intermináveis votos no STF- e, quando, termina, está superado pelos fatos.
A própria Lei nº 11.105/ 2005 demorou. Vinha modificar a anterior (8.974/ 1995), que caducou rápido por proibir qualquer pesquisa com células-tronco embrionárias humanas, ao vedar "produção, armazenamento ou manipulação de embriões destinados a servir como material biológico disponível".
Algo de similar ocorre com o artigo 5º da Lei de Biossegurança, agora referendado pelo STF. Ele se limita a autorizar o uso dos raros embriões que satisfaçam uma de duas condições -ser inviável ou estar congelado há mais de três anos. Isso já atrapalha a pesquisa, diante das leis de países mais avançados.
O Reino Unido já aprovou até embriões híbridos, produto da fusão de óvulos de vaca com células humanas. Só para pesquisa, claro, e para evitar desperdício de óvulos humanos. Há mais, porém, contra a expectativa de vida da lei.
O ministro Carlos Alberto Direito, cujo pedido de vista garantiu mais atraso, mencionou a possibilidade de obter células-tronco de um embrião, que permaneceria íntegro. A ministra Ellen Gracie Northfleet ressalvou, corretamente, que um único estudo -de Robert Lanza, controverso e não replicado- obteve isso.
Existe ainda a criação de células-tronco com o potencial de embrionárias, mas a partir de tecido adulto. Pesquisa com as próprias células-tronco adultas, além disso, prescindem da destruição de embriões e avançam em aplicações terapêuticas.
Em resumo: conseguiu-se enfim autorizar o que dez anos atrás parecia promissor, mas em raras situações, hoje, e com perspectivas cada vez mais estreitas. Mesmo quem discorda de dar carta branca aos cientistas pode diagnosticar aí uma incapacidade crônica de decidir o que fazer em sincronia com a própria época.
(Folha de SP, 30/5)

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