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segunda-feira, 3 de maio de 2010

Viver


Acho a maior graça.

Tomate previne isso, cebola previne aquilo, chocolate faz bem, chocolate faz mal, um cálice diário de vinho não tem problema, qualquer gole de álcool é nocivo, tome água em abundância, mas não exagere...

Diante desta profusão de descobertas, acho mais seguro não mudar de hábitos.

Sei direitinho o que faz bem e o que faz mal para minha saúde.

Prazer faz muito bem.

Dormir me deixa 0 km.

Ler um bom livro faz-me sentir novo em folha. Viajar me deixa tenso antes de embarcar, mas depois rejuvenesço uns cinco anos.

Viagens aéreas não me incham as pernas; incham-me o cérebro, volto cheio de idéias. Brigar me provoca arritmia cardíaca.

Ver pessoas tendo acessos de estupidez me embrulha o estômago.

Testemunhar gente jogando lata de cerveja pela janela do carro me faz perder toda a fé no ser humano.

E telejornais... os médicos deveriam proibir - como doem!

Caminhar faz bem, dançar faz bem, ficar em silêncio quando uma discussão está pegando fogo, faz muito bem; você exercita o autocontrole e ainda acorda no outro dia sem se sentir arrependido de nada. Acordar de manhã arrependido do que disse ou do que fez ontem à noite é prejudicial à saúde.

E passar o resto da vida sem coragem para pedir desculpas, pior ainda.

Não pedir perdão pelas nossas mancadas dá câncer, não há tomate ou mussarela que previna. Ir ao cinema, conseguir um lugar central nas fileiras do fundo, não ter ninguém atrapalhando sua visão, nenhum celular tocando e o filme ser espetacular, uau! Cinema é melhor pra saúde do que pipoca. Conversa é melhor do que piada. Exercício é melhor do que cirurgia.

Humor é melhor do que rancor.

Amigos são melhores do que gente influente.

Economia é melhor do que dívida. Pergunta é melhor do que dúvida.

Sonhar é melhor do que nada.

Luis Fernando Veríssimo
(Recebi por e-mail, tal qual)

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

A receita de Dona Cacilda


Dona Cacilda é uma senhora de 92 anos, miúda, e tão elegante, que todo dia, às 08 da manhã, ela já está toda vestida, bem penteada e discretamente maquiada, apesar de sua pouca visão.
E hoje ela se mudou para uma casa de repouso: o marido, com quem ela viveu 70 anos, morreu recentemente, e não havia outra solução.
Depois de esperar pacientemente por duas horas na sala de visitas, ela ainda deu um lindo sorriso quando a atendente veio dizer que seu quarto estava pronto. Enquanto ela manobrava o andador em direção ao elevador, dei uma descrição do seu minúsculo quartinho, inclusive das cortinas floridas que enfeitavam a janela.
Ela me interrompeu com o entusiasmo de uma garotinha que acabou de ganhar um filhote de cachorrinho.
- Ah, eu adoro essas cortinas...- Dona Cacilda, a senhora ainda nem viu seu quarto... Espera um pouco...
- Isto não tem nada a ver, ela respondeu, felicidade é algo que você decide, por princípio. Se eu vou gostar ou não do meu quarto, não depende de como a mobília vai estar arrumada... Vai depender de como eu preparo minha expectativa.
E eu já decidi que vou adorar. É uma decisão que tomo todo dia, quando acordo.
Sabe, eu posso passar o dia inteiro na cama, contando as dificuldades que tenho em certas partes do meu corpo que não funcionam bem...Ou, posso levantar da cama agradecendo pelas outras partes que ainda me obedecem.
- Simples assim?
- Nem tanto; Isto é para quem tem autocontrole, e exigiu de mim um certo 'treino', pelos anos à fora, mas é bom saber que ainda posso dirigir meus pensamentos e escolher, em consequência, os sentimentos.
Calmamente ela continuou:
- Cada dia é um presente, e enquanto meus olhos se abrirem, vou focalizar o novo dia, mas também as lembranças alegres que eu guardei para esta época da vida. A velhice é como uma conta bancária: você só retira aquilo que guardou. Então, meu conselho para você é depositar um monte de alegrias e felicidades na sua Conta de Lembranças. E, aliás, obrigada por este seu depósito no meu Banco de Lembranças. Como você vê, eu ainda continuo depositando e acredito que, por mais complexa que seja a vida, sábio é quem a simplifica.
Depois me pediu para anotar: COMO MANTER-SE JOVEM
1. Deixe fora os números que não são essenciais. Isto inclui a idade,o peso e a altura. Deixe que os médicos se preocupem com isso.
2. Mantenha só os amigos divertidos. Os depressivos puxam para baixo. (Lembre-se disto se for um desses depressivos!)
3. Aprenda sempre: Aprenda mais sobre computadores, artes, jardinagem, o que quer que seja. Não deixe que o cérebro se torne preguiçoso.'Uma mente preguiçosa é oficina do Alemão.' E o nome do Alemão é Alzheimer!
4. Aprecie mais as pequenas coisas.
5. Ria muitas vezes, durante muito tempo e alto. Ria até lhe faltar o ar. E se tiver um amigo que o faça rir, passe muito e muito tempo com ele ou ela!
6.. Quando as lágrimas aparecerem, aguente, sofra e ultrapasse. A única pessoa que fica conosco toda a nossa vida somos nós próprios. VIVA enquanto estiver vivo.
7. Rodeie-se das coisas que ama: Quer seja a família, animais, plantas, hobbies, o que quer que seja. O seu lar é o seu refúgio.
8. Tome cuidado com a sua saúde: Se é boa, mantenha-a. Se é instável, melhore-a. Se não consegue melhorá-la , procure ajuda.
9. Não faça viagens de culpa. Faça uma viagem ao centro comercial, até a um país diferente, mas NÃO para onde haja culpa
10. Diga às pessoas que ama que as ama a cada oportunidade.
Texto recebido por e-mail apócrifo

domingo, 4 de outubro de 2009

Vida após vida nessa vida

"Sempre pensei que ia morrer cedo. A luta armada, a clandestinidade na luta contra a ditadura, aventuras, promiscuidade, orgias, riscos... Tudo me levava a crer que não chegaria aos trinta anos. Para quem tem vinte anos, quem tem trinta já é coroa. Tomei um susto quando me vi vivo e saudável aos trinta.
Aos quarenta percebi a possibilidade real da morte. No dia do meu aniversário quarentão, um jovem ator de 24 anos perguntou como eu me sentia: “Agora? de frente para a morte”. Para minha surpresa foi o jovem quem morreu logo depois.
Aos cinqüenta apaixonei-me pela letra de Aldir Blanc na voz de Paulinho da Viola: “... aos cinqüenta anos, insisto na juventude...”, isto enquanto percebia meu ângulo peniano caminhando para os 90º. Mas, antes dos sessenta a pílula azul alargou minhas possibilidades e possibilitou-me ver o sexo por ângulos mais estreitos.
Agora estou além dos sessenta. Aos quarenta, rezava pela alma dos mortos amigos e parentes. Nome por nome eu pedia ao Senhor. Hoje, são tantos os que caíram, que apenas peço “... pelos mortos em geral”.
E mais uma vez espanto-me por estar ainda vivo, e consolo-me no Salmo 91.7 que diz: “... 1.000 cairão ao teu lado e 10.000 à sua direita, mas você não será atingido”. Mesmo confiando na Palavra, ainda assim caminho embaixo de marquise pra São Pedro não me ver. Ainda estou vivo, e pra quem pensou que morreria aos trinta, descubro que existe vida após a vida.
Mas o preço do viver é muito alto para o jovem de hoje: tem que comprar apartamento, arranjar um trampo, ganhar dinheiro, ficar famoso, comer todas, bombar no youtube, malhar, casar, ter filhos, comprar carro, estar bronzeado, conhecer tudo de web, e ainda ir ao show da Madonna, entre outras miudezas.
Após os sessenta, você já está quite com tudo isto e pensa que vai viver em paz. Qual o quê: tem que tomar insulina, antidepressivos, rivotris, controlar a pressão, não comer açúcar, não comer sal, não fumar, não beber, se conseguir comer uma e outra já é uma vitória, tem que caminhar ao menos meia hora por dia mesmo sem querer, cuidar do joanete,… … dormir cedo, vender o apartamento, fugir da bolsa, não discutir no trânsito, não se alterar no caixa do supermercado, tolerar os filhos, agradar os netos, ficar calado diante da mediocridade, aceitar o salário de aposentado, ter o testamento em dia, e curtir todas as dores ósseas, nervosas e musculares porque se algum dia você acordar sem dor é porque está morto...
Claro que o idoso tem suas vantagens: uma delas é a transparência. Quanto mais velho mais transparente você se torna. Chega a ficar invisível: ninguém mais lhe percebe, mais um pouco e nem lhe enxergam. Mas, pode passar à frente dos jovens nas filas todas, com aquele ar de superior: “Você é jovem e sarado, mas eu tenho prioridade”.
E ante qualquer aborrecimento ou dificuldade você ameaça enfartar ou ter um AVC. Funciona sempre, todos logo se tornam gentis e cordatos, e é garantia de muitas meias e lenços como presentes no Natal. Lidando com a minha “terceira idade” ouço de meu psicanalista, o bom Luiz Alfredo: “Só há dois caminhos: envelhecer... ou o outro, muito pior”. Prefiro envelhecer, aceitando cada minúsculo “sim” que a vida me dá com uma grande alegria e uma grande vitória.
Hoje quando encontro vaga num elevador do shopping, quando o banco está vazio, ou quando encontro promoção na farmácia, já considero uma bênção gigantesca e agradeço a Deus pela Graça alcançada.
Após os sessenta, como no filme de Brad Pitt, regrido na existência, deixo Paulinho e a viola de lado e reencontro Lupiscinio “Esses moços, pobres moços... ah se soubessem o que eu sei...”. Mas se soubessem não ia adiantar nada: porque a sabedoria é filha do tempo.
Como diz o amigo Percinotto, também idoso: “o diabo é sábio porque é velho”.
Pelo andar da carruagem, percebo que já morri muitas vezes nesta vida, e que viverei até fartar-me... ...certamente não o deixaria morrer na cruz, nem por mim, nem por você... nem por ninguém!!!"
Sobre o autor: *Bemvindo Sequeira é ator, diretor e autor de teatro e TV

sábado, 19 de setembro de 2009

A mente apaga registros duplicados

Autor: Airton Luiz Mendonça (Artigo do jornal O Estado de São Paulo)

O cérebro humano mede o tempo por meio da observação dos movimentos. Se alguém colocar você dentro de uma sala branca vazia, sem nenhuma mobília, sem portas ou janelas, sem relógio... você começará a perder a noção do tempo.
Por alguns dias, sua mente detectará a passagem do tempo sentindo as reações internas do seu corpo, incluindo os batimentos cardíacos, ciclos de sono, fome, sede e pressão sanguínea.
Isso acontece porque nossa noção de passagem do tempo deriva do movimento dos objetos, pessoas, sinais naturais e da repetição de eventos cíclicos, como o nascer e o pôr do sol.
Compreendido este ponto, há outra coisa que você tem que considerar: Nosso cérebro é extremamente otimizado. Ele evita fazer duas vezes o mesmo trabalho.
Um adulto médio tem entre 40 e 60 mil pensamentos por dia... Qualquer um de nós ficaria louco se o cérebro tivesse que processar conscientemente tal quantidade.
Por isso, a maior parte destes pensamentos é automatizada e não aparece no índice de eventos do dia e portanto, quando você vive uma experiência pela primeira vez, ele dedica muitos recursos para compreender o que está acontecendo. É quando você se sente mais vivo.
Conforme a mesma experiência vai se repetindo, ele vai simplesmente colocando suas reações no modo automático e 'apagando' as experiências duplicadas. Se você entendeu estes dois pontos, já vai compreender porque parece que o tempo acelera, quando ficamos mais velhos e porque os Natais chegam cada vez mais rapidamente..
Quando começamos a dirigir automóveis, tudo parece muito complicado, nossa atenção parece ser requisitada ao máximo.
Então, um dia dirigimos trocando de marcha, olhando os semáforos, lendo os sinais ou até falando ao celular ao mesmo tempo.
Como acontece? Simples: o cérebro já sabe o que está escrito nas placas (você não lê com os olhos, mas com a imagem anterior, na mente); O cérebro já sabe qual marcha trocar (ele simplesmente pega suas experiências passadas e usa, no lugar de repetir realmente a experiência). Ou seja, você não vivenciou aquela experiência, pelo menos para a mente. Aqueles críticos segundos de troca de marcha, leitura de placa são apagados de sua noção de passagem do tempo.
Quando você começa a repetir algo exatamente igual, a mente apaga a experiência repetida. Conforme envelhecemos as coisas começam a se repetir - as mesmas ruas, pessoas, problemas, desafios, programas de televisão, reclamações, -.... enfim... as experiências novas (aquelas que fazem a mente parar e pensar de verdade, fazendo com que seu dia pareça ter sido longo e cheio de novidades), vão diminuindo. Até que tanta coisa se repete que fica difícil dizer o que tivemos de novidade na semana, no ano ou, para algumas pessoas, na década.
Em outras palavras, o que faz o tempo parecer que acelera é a... ROTINA. A rotina é essencial para a vida e otimiza muita coisa, mas a maioria das pessoas ama tanto a rotina que, ao longo da vida, seu diário acaba sendo um livro de um só capítulo, repetido todos os anos.
Felizmente há um antídoto para a aceleração do tempo: M & M (Mude e Marque). Mude, fazendo algo diferente e marque, fazendo um ritual, uma festa ou registros com fotos. Mude de paisagem, tire férias com a família (sugiro que você tire férias sempre e, preferencialmente, para um lugar quente, um ano, e frio no seguinte) e marque com fotos, cartões postais e cartas. Tenha filhos (eles destroem a rotina) e sempre faça festas de aniversário para eles, e para você (marcando o evento e diferenciando o dia). Use e abuse dos rituais para tornar momentos especiais diferentes de momentos usuais. Faça festas de noivado, casamento, 15 anos, bodas disso ou daquilo, bota-foras, participe do aniversário de formatura de sua turma, visite parentes distantes, entre na universidade com 60 anos, troque a cor do cabelo, deixe a barba, tire a barba, compre enfeites diferentes no Natal, vá a shows, cozinhe uma receita nova, tirada de um livro novo. Escolha roupas diferentes, não pinte a casa da mesma cor, faça diferente. Beije diferente sua paixão e viva com ela momentos diferentes. Vá a mercados diferentes, leia livros diferentes, busque experiências diferentes. Seja diferente.
Se você tiver dinheiro, especialmente se já estiver aposentado, vá com seu marido, esposa ou amigos para outras cidades ou países, veja outras culturas, visite museus estranhos, deguste pratos esquisitos..... em outras palavras...... V-I-V-A. !!! Porque se você viver intensamente as diferenças, o tempo vai parecer mais longo.
E se tiver a sorte de estar casado(a) com alguém disposto(a) a viver e buscar coisas diferentes, seu livro será muito mais longo, muito mais interessante e muito mais v-i-v-o... do que a maioria dos livros da vida que existem por aí.
Cerque-se de amigos. Amigos com gostos diferentes, vindos de lugares diferentes, com religiões diferentes e que gostam de comidas diferentes.
Enfim, acho que você já entendeu o recado, não é ??
Boa sorte em suas experiências para expandir seu tempo, com qualidade, emoção, rituais e vida.

domingo, 19 de julho de 2009

Confissão


Feliz de mim quando tu vens
ao confessionário do meu coração
falar do amor que ainda me tens
onde perdestes tua própria alma
num labirinto de solidão...
Louvores ao amor que te absolve
e te devolve a paz e a luz e a calma
sempre que lhe dás a oportunidade
de reencontrar a tua alma...
Bem-aventuradas são as almas
que confessam seu amor perdido
do qual nunca se perderam...
É preciso viver para perder-se
o quanto é necessário perder-se
para se encontrar na solidão...
Bem-aventuradas as nossas almas
separadas... Eis porque juntas,
jamais se perderão...
(Afonso Estebanez)

terça-feira, 14 de julho de 2009

O Adeus!


VIVENDO E NÃO APRENDENDO A SE DESPEDIR

O exercício do ofício de psicoterapeuta tem me mostrado que uma das maiores dificuldades do Ser Humano é dizer adeus. Na cultura ocidental o vínculo á altamente valorizado e não é por acaso que várias teorias psicológicas se preocuparam com essa questão. Em contra partida tenta-se esvaziar os sentimentos e sensações ligados à situações de despedidas e quebras de vínculos. Desde cedo ouve-se frases como: - Não chore... Vai passar... Bola pra frente... Tome outro... Levante a cabeça... etc o que ajuda a fazer um contato rápido e superficial com a dor de perder . No entanto, é impossível viver e não perder:
• Pessoas – por morte ou qualquer outro tipo de separação.
• Sonhos ou expectativa de futuro – por realização, adiamento ou desistência.
• Imagem ou função corporal – pelo envelhecimento ou doença.
• Casa ou referência geográfica - pelas mais variadas mudanças.
• Papéis ou ocupações profissionais - por aposentadoria, desemprego.
• A própria vida - pela morte.
Pela instabilidade ansiogênica criada por qualquer situação acima citada, o ser humano usa seus recursos defensivos para não vivê-las intensamente. O luto, enquanto experiência de transformação de vínculos, é pouco incentivado. A nossa cultura não ritualiza as despedidas e tenta reduzi-las a um único momento que pode ser esvaziado.Sendo Gestalt-terapeuta,trabalho esses eventos olhando-os como situações inacabadas; Yontef (1998.p.98) sugere definindo:”Gestalt incompleta é um assunto pendente que exige resolução. Normalmente, isso assume a forma de sentimentos não resolvidos expressos de maneira incompleta.” É dessa forma que eles se explicitam nas queixas dos clientes durante o processo psicoterápico.

Nessa maneira de ver, o Ser humano é um colecionador de despedidas mal feitas, de olhares mal dados para as vivências de perdas. O que foi vivido, em muitas situações, só é realmente fechado ao retornar na vivência de uma situação presente que facilite o aparecimento do real acontecimento, com sua intensidade perceptível e assumida, o que na Gestalt terapia é chamado de awareness e segundo Yontef (l998.p.30) “uma forma de experiência que pode ser definida aproximadamente como estar em contato com a própria existência com aquilo que é.“
A vida, tal qual se vive, é uma tentativa de viver de uma maneira mais “normal” possível, desconsiderando a importância do vivido no seu aspecto existencial.


“Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás?
Quantos você ainda vê todo dia?
Quantos você já não encontra mais?
Faça uma lista dos sonhos que tinha
Quantos você desistiu de sonhar?
Quantos amores jurados pra sempre
Quantos você conseguiu preservar?
Onde você se reconhece?”
(A LISTA – Oswaldo Montenegro)

Autora:
Magda Campos Dudenhoeffer
Psicóloga – Gestalt-terapeuta
Rua Visconde de Caravelas,91 - BotafogoRio de Janeiro - RJ – CEP 22271-030

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Ilusões do amanhã

Poema de um aluno da APAE

'Por que eu vivo procurando um motivo de viver,
Se a vida às vezes parece de mim esquecer?
Procuro em todas, mas todas não são você.
Eu quero apenas viver, se não for para mim, que seja pra você.

Mas às vezes você parece me ignorar, Sem nem ao menos me olhar, Me machucando pra valer.

Atrás dos meus sonhos eu vou correr... Eu vou me achar, pra mais tarde em você me perder.

Se a vida dá presente pra cada um, o meu, cadê?
Será que esse mundo tem jeito? Esse mundo cheio de preconceito.

Quando estou só, preso na minha solidão, Juntando pedaços de mim que caíam ao chão, Juro que às vezes nem ao menos sei, quem sou.

Talvez eu seja um tolo, que acredita num sonho.
Na procura de te esquecer, eu fiz brotar a flor.
Para carregar junto ao peito, E crer que esse mundo ainda tem jeito.
E como príncipe sonhador... Sou um tolo que acredita, ainda, no amor.'


PRÍNCIPE POETA (Alexandre Lemos - APAE) Este poema foi escrito por um aluno da APAE, chamado, pela sociedade, de excepcional. ..
Ele tem 28 anos, com idade mental de 15.
...

sábado, 8 de novembro de 2008

Gabriel Garcia Marquez falando da morte

Agonizando, Gabriel Garcia Marquez que vive, lúcido e consciente, seus últimos dias de vida, vítima de um câncer linfático, escreveu:
"Se, por um instante, Deus se esquecesse de que sou uma marionete de trapo e me presenteasse com um pedaço de vida, possivelmente não diria tudo o que penso, mas, certamente, pensaria tudo o que digo.
Daria valor às coisas, não pelo que valem, mas pelo que significam.
Dormiria pouco, sonharia mais, pois sei que a cada minuto que fechamos os olhos, perdemos sessenta segundos de luz.
Andaria quando os demais parassem, acordaria quando os outros dormem.
Escutaria quando os outros falassem e gozaria um bom sorvete de chocolate.
Se Deus me presenteasse com um pedaço de vida, me vestiria simplesmente, me jogaria de bruços no solo, deixando a descoberto não apenas meu corpo, como minha alma.
Deus meu, se eu tivesse um coração, escreveria meu ódio sobre o gelo e esperaria que o sol saísse.
Pintaria com um sonho de Van Gogh sobre estrelas um poema de Mário Benedetti, e uma canção de Serrat seria a serenata que ofereceria à Lua.
Regaria as rosas com minhas lágrimas para sentir a dor dos espinhos e o encarnado beijo de suas pétalas.
Deus meu, se eu tivesse um pedaço de vida... Não deixaria passar um só dia sem dizer às gentes - te amo, te amo.
Convenceria cada mulher e cada homem que são os meus favoritos e viveria enamorado do amor.
Aos homens, lhes provaria como estão enganados ao pensar que deixam de se apaixonar quando envelhecem, sem saber que envelhecem quando deixam de se apaixonar.
A uma criança, lhe daria asas, mas deixaria que aprendesse a voar sozinha.
Aos velhos, ensinaria que a morte não chega com a velhice, mas com o esquecimento.
Tantas coisas aprendi com vocês, os homens...
Aprendi que todo mundo quer viver no cimo da montanha, sem saber que a verdadeira felicidade está na forma de subir a escarpa.
Aprendi que quando um recém-nascido aperta com sua pequena mão pela primeira vez o dedo de seu pai, o tem prisioneiro para sempre."

Dez Preceitos da Serenidade


Só por hoje tratarei de viver exclusivamente este dia, sem querer resolver o problema de minha vida, todo de uma vez.
Só por hoje terei o máximo cuidado com o meu modo de tratar os outros: delicado nas minhas maneiras, não criticarei ninguém, não pretenderei melhorar nem disciplinar ninguém a não ser a mim.
Só por hoje sentir-me-ei feliz com a certeza de ter sido criado para ser feliz, não só no outro mundo, mas também neste.
Só por hoje adaptar-me-ei às circunstâncias sem pretender que as circunstâncias se adaptem a todos os meus desejos.
Só por hoje dedicarei dez minutos do meu tempo a uma boa leitura, lembrando-me de que assim como é preciso comer para sustentar o meu corpo, assim também a leitura é necessária para alimentar a vida de minha alma.
Só por hoje praticarei uma boa ação sem contá-la a ninguém.
Só por hoje farei uma coisa de que não gosto, e se for ofendido em meus sentimentos, procurarei que ninguém o saiba.
Só por hoje far-me-ei um programa bem completo do meu dia. Talvez não o execute perfeitamente, mas em todo caso vou fazê-lo. E guardar-me-ei bem de duas calamidades: a pressa e a indecisão.
Só por hoje ficarei bem firme na fé de que a Divina Providência se ocupa de mim mesmo como se existisse somente eu no mundo, ainda que as circunstâncias manifestem o contrário.
Só por hoje não terei medo de nada. Em particular, não terei medo de gostar do que é belo e não terei medo de crer na bondade.
(Papa João XXIII)

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Atitude é tudo!


Esta é a mais linda estória sobre a importância da ATITUDE. Não é nova, mas na sua emoção e razão há provas de que a ATITUDE muda não somente nossa vida, mas o próprio mundo. Leiam ou releiam e deixem a emoção tomar conta da sua razão!


* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

Luis é o tipo de cara que você gostaria de conhecer. Ele estava sempre de bom humor e sempre tinha algo de positivo para dizer. Se alguém lhe perguntasse como ele estava, a resposta seria logo:
“Ah.. Se melhorar, estraga”.

Ele era um gerente especial em um restaurante, pois seus garçons o seguiam de restaurante em restaurante apenas pelas suas atitudes. Ele era um motivador nato. Se um colaborador estava tendo um dia ruim, Luis estava sempre dizendo como ver o lado positivo da situação. Fiquei tão curioso com seu estilo de vida que um dia lhe perguntei:
“Você não pode ser uma pessoa positiva todo o tempo”. “Como faz isso?”
Ele me respondeu:
“A cada manhã, ao acordar, digo para mim mesmo”:
“Luis, você tem duas escolhas hoje: Pode ficar de bom humor ou de mau humor. Eu escolho ficar de bom humor”.

“Cada vez que algo ruim acontece, posso escolher bancar a vítima ou aprender alguma coisa com o ocorrido. Eu escolho aprender algo.”
“Toda vez que alguém reclamar, posso escolher aceitar a reclamação ou mostrar o lado positivo da vida”.

Certo, mas não é fácil - argumentei.
É fácil sim, disse-me Luis.
“A vida é feita de escolhas. Quando você examina a fundo, toda situação sempre oferece escolha. Você escolhe como reagir às situações”.
“Você escolhe como as pessoas afetarão o seu humor. É sua a escolha de como viver sua vida.“
Eu pensei sobre o que o Luis disse e sempre lembrava dele quando fazia uma escolha. Anos mais tarde, soube que Luis um dia cometera um erro, deixando a porta de serviço aberta pela manhã. Foi rendido por assaltantes. Dominado, e enquanto tentava abrir o cofre, sua mão tremendo pelo nervosismo, desfez a combinação do segredo. Os ladrões entraram em pânico e atiraram nele. Por sorte foi encontrado a tempo de ser socorrido e levado para um hospital. Depois de 18 horas de cirurgia e semanas de tratamento intensivo, teve alta ainda com fragmentos de balas alojadas em seu corpo. Encontrei Luis mais ou menos por acaso. Quando lhe perguntei como estava, respondeu:
“Se melhorar, estraga”.
Contou-me o que havia acontecido perguntando:
“Quer ver minhas cicatrizes”?

Recusei ver seus ferimentos, mas perguntei-lhe o que havia passado em sua mente na ocasião do assalto.

"A primeira coisa que pensei foi que deveria ter trancado a porta de trás, respondeu. Então, deitado no chão, ensangüentado, lembrei que tinha duas escolhas: Poderia viver ou morrer”.
“Escolhi viver”!

Você não estava com medo? Perguntei.
“Os para-médicos foram ótimos”. “ Eles me diziam que tudo ia dar certo e que ia ficar bom”. Mas quando entrei na sala de emergência e vi a expressão dos médicos e enfermeiras, fiquei apavorado”. Em seus lábios eu lia: “Esse aí já era”. Decidi então que tinha que fazer algo. "
O que fez? Perguntei.
"Bem. Havia uma enfermeira que fazia muitas perguntas. Perguntou-me se eu era alérgico a alguma coisa. Eu respondi: "sim". Todos pararam para ouvir a minha resposta. Tomei fôlego e gritei: “Sou alérgico a balas!”
Entre risadas lhes disse: “Eu estou escolhendo viver, operem-me como um ser vivo, não como um morto”.

Luis sobreviveu graças à persistência dos médicos... mas sua atitude é que os fez agir dessa maneira. E com isso, aprendi que todos os dias, não importa como eles sejam, temos sempre a opção de viver plenamente. Afinal de contas, “ATITUDE É TUDO”.
(Desconheço a autoria, infelizmente.)


sexta-feira, 12 de setembro de 2008

A Idade de Ser Feliz

Existe somente uma idade para a gente ser feliz, somente uma época na vida de cada pessoa em que é possível sonhar e fazer planos e ter energia bastante para realizá-las a despeito de todas as dificuldades e obstáculos.

Uma só idade para a gente se encantar com a vida e viver apaixonadamente e desfrutar tudo com toda intensidade sem medo, nem culpa de sentir prazer.

Fase dourada em que a gente pode criar e recriar a vida, a nossa própria imagem e semelhança e vestir-se com todas as cores e experimentar todos os sabores e entregar-se a todos os amores sem preconceito nem pudor.

Tempo de entusiasmo e coragem em que todo o desafio é mais um convite à luta que a gente enfrenta com toda disposição de tentar algo NOVO, de NOVO e de NOVO, e quantas vezes for preciso.

Essa idade tão fugaz na vida da gente chama-se PRESENTE e tem a duração do instante que passa.

Mário Quintana

domingo, 17 de agosto de 2008

Viver não dói

Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.
Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz.
Sofremos por quê?
Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar.
Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.
Como aliviar a dor do que não foi vivido?
A resposta é simples como um verso: Se iludindo menos e vivendo mais!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade...
A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional.


(Carlos Drummond de Andrade)

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Ética


Prof. Henderson Carvalho Torres

Em um mundo altamente globalizado e competitivo, observamos que as mudanças são constantes e de forma acelerada onde o modelo atual de remuneração já se encontra obsoletos por terem sido criados para empresas que já se encontram em extinção.
Quando falamos em ética, o primeiro questionamento que surge é: mas afinal o que é ética? O que é um comportamento ético e um comportamento não ético? Quando podemos dizer que alguém apresentou, um comportamento profissional não ético? Para esclarecer, vamos consultar o Aurélio. Ética: “Estudo dos juízos de apreciação que se referem à conduta humana suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal (...)”.
Então podemos dizer que ética profissional é a arte do viver bem, é o conjunto de regras, postulados que servem de orientação para uma conduta individual ou de um grupo.
Mas, mais do que isso, ética profissional, é o respeito aos valores morais intrínsecos num determinado grupo profissional, em que tais regras precisam ser apreciadas, respeitadas e aceitas por todos. Será que uma determinada atitude pode prejudicar uma outra pessoa? Todos precisam estar atentos a isso.
A lei do mais forte, assim como a lei de Gerson, já ficou para trás. No entanto, hoje estamos vivendo num momento tão acirrado pela concorrência – dentro e fora do ambiente profissional – que, vez por outra, ainda surgem ventos soprando nuvens carregadas de idéias e ações inoportunas. A nesses momentos que aparecem as questões éticas para as quais só contam os valores individuais, aqueles passados na infância, no ambiente familiar, na educação. Esses valores só vão fazer a diferença se estiverem enraizados, claros e presentes nos caminhos e metas das pessoas. É o único meio e certeza de fazer valer a ética.

Para desenvolver nosso trabalho com ética, é preciso respeitar as pessoas, tratá-las com dignidade, reconhecendo seus direitos como cidadãos, suas diferenças e valores individuais e culturais. Para que essa ação seja plena, é preciso superar as barreiras da ignorância e hipocrisia, nos comunicando com sinceridade, ouvindo a cada um independente de nível ou posição hierárquica que ocupam. É uma forma de reconhecer que a excelência na qualidade começa com as pessoas, com aquilo que, essencialmente, são. Eis o sentido da ética.
Assim, também quando promovemos o crescimento pessoal e profissional e construímos suportadas pela compreensão e integridade, estamos sendo éticos. Da mesma forma, quando cumprimos nossas promessas em todas as nossas negociações, admitimos nossos erros, encorajamos os trabalhos em equipe, valorizamos os indivíduos, mostramos responsabilidade e respeito com a comunidade onde vivemos e trabalhamos, estamos sendo éticos.

Quando nos preocupamos em passar para nossos filhos valores morais condizentes com cada realidade sócio-econômica, eles saberão discernir entre o certo e o errado, de modo que poderão propagar o valor desse conhecimento por toda sua vida profissional e pessoal, separando sempre o joio do trigo. Com isto, claro, eles irão identificar melhor as ações corretas e não corretas, sabendo comportam-se com assertividade. Enfim, irão comprometer-se com esses princípios, que seria seu guia em suas decisões e comportamentos. E isso é ser ético.

O que é ser um Profissional Ético?

Ser ético nada mais é do que agir direito, proceder bem, sem prejudicar os outros. “É ser altruísta, é ser tranqüilo com a consciência pessoal”, afirma o executivo e professor da USP Robert Henry Srour, que acaba de lançar o livro Ética Empresarial, pela Editora Campus. Ser ético é, também agir de acordo com os valores morais. Essas regras morais são resultados da própria cultura de uma comunidade. Elas variam de acordo com o tempo e a sua localização no mapa. A regra ética é uma questão de atitude, de escolha. Já a regra jurídica não prescinde da de convicção intima – as leis têm de ser cumpridas independentemente da vontade das pessoas. Em alguns casos, o entanto, as questões éticas esbarram em princípios jurídicos. “Nessa situação, as pessoas devem recorres às leis que regem a convivência em sociedade antes de tomar a decisão”, afirma Maria Cecília Arruda, professora de ética da Fundação Getulio Vargas.

Alem de ser individual, qualquer decisão ética tem por trás de um conjunto de valores fundamentais. Muitas dessas virtudes nasceram no mundo antigo e continuam válidas até hoje. Eis algumas das principais:

1. Ser honesto em qualquer situação. “A honestidade é a primeira virtude da vida nos negócios”, afirma Robert Solomon, professor da Universidade do Texas, autor do livro A melhor maneira de Fazer Negócios, da Negocio Editora. Afinal, a credibilidade é resultado de uma relação franca.
2. Ter coragem para assumir decisões. Mesmo que seja preciso ir contra a opinião da maioria.
3. Ser tolerante e flexível. Muitas idéias aparentemente absurdas podem ser a solução para um problema. Mas para descobrir isso, é preciso ouvir as pessoas ou avaliar a situação sem julgá-las antes.
4. Ser íntegro. Significa agir de acordo com os seus princípios, mesmo nos momentos mais críticos.
5. Ser humilde. Só assim agente consegue ouvir o que os outros têm a dizer e reconhecer que o sucesso individual é resultado do trabalho de equipe.

O INFERNO DE CADA UM

Não podemos ser inocentes e pensar que empresas são apenas entidades jurídicas. Empresas são formadas por pessoas e só existem por causa delas. Por trás de qualquer decisão, de qualquer erro ou imprudência estão seres de carne e osso. E são eles que vão viver as glorias ou fracassos da organização. Por isso, quando falamos de empresa ética, estamos falando de pessoas éticas. Uma política interna mal definida por um funcionário de qualquer nível pode atingir em cheio dois dos maiores patrimônios de uma empresa: a marca e a imagem.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Luiz Fernando Veríssimo


"Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu."

sábado, 7 de junho de 2008

O desperdício


"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arriscar, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade"


Carlos Drummond de Andrade

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Uma frase bonita: "Amar é Viver!"


Ela exprime em toda a extensão o que realmente significa viver. Verdade seja dita, só vive quem ama, porque encontra prazer e sentido em estar vivo e tomar parte do milagre que é a vida. Quem não ama, ao contrário, existe, vegeta ou apenas sobrevive. Para ele a vida é um fardo muito pesado, algo que gostaria de arriar a qualquer instante. Esse pobre ser nunca saboreou e nem sentiu o gosto de viver intensamente. Jamais dará conta da grandeza e da beleza desse presente de Deus.
Mas eis que esta frase está incompleta. O autor, coitado, podia ter sido realmente genial se tivesse parado por aí. Todavia, querendo impressionar a pessoa a quem nutria sentimentos de afeição, foi mais adiante e emendou: “E eu vivo para amar você!”.

A frase acabou de perder todo o sentido. Imagine só, uma vida carregada de um único propósito?! Essa pessoa tem uma vida toda apenas dedicada para amar um único ser. Agora já pensou se amor não encontra correspondência, ou se correspondido, deixa de existir de uma hora para outra?! Caraca, foi-se toda a razão de uma vida, pois ela existia para essa coisa. Inexistindo esse amor (neste caso refere-se a sentimento carnal), deixa de existir essa vida, porque não tem mais a causa que lhe auferia existência.
Viver implica em expandir os sentidos da existência, e cada vez mais, de tal modo que não se possa medir a da vida a partir da satisfação de simples desejos ou pequenos sentimentos. Isto porque o amor fraterno tem a grandeza do universo. Quem o possui é dono de uma nobreza incomparável a toda riqueza da terra, mais poderoso que todos os líderes de nações de todo o mundo. Esse amor dá sentido a qualquer vida!

É preciso ter cuidado para dizer algo, pois a palavra tem poder e pode transformar os rumos de uma vida. E é essa a causa de infelicidade da maioria das pessoas, porque ancora a sua felicidade no “ter”. E assim, estão sempre carecendo de algo mais, de uma nova conquista, para continuar desfrutando de momentos felizes. Fora isso, vive em permanente infelicidade.
Como bem ensinou Siddharta Gautama, o iluminado Buda, a felicidade não está no “ter” e sim no “ser”. A partir dessa visão, se aceitando como você é, com os defeitos e as virtudes, e aceitando o desafio de buscar o aprimoramento pessoal, poderá desfrutar de uma vida plena, ricamente feliz.

O amor é o segredo de sucesso dos grandes artistas, dos atletas vencedores, dos melhores profissionais nas diversas áreas, daqueles que se realizam naquilo que faz. O amor é chave que abre as portas da felicidade. É o caminho seguro que uma pessoa de bem e temente a Deus.
Então, sejamos sucesso: vamos amar!!! Sejamos felizes: vamos amar!!! Amar sempre, e muito!!! Vamos viver a vida, esse presente de Deus, agradecendo-O todos os dias através do amor, que é o canal que nos liga a Ele e que é o seu maior ensinamento de vida.

PEDRO SOARES NETO

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