domingo, 29 de janeiro de 2012
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
Religião x espiritualidade
Texto é do Prof. Dr. Guido Nunes Lopes,
Graduado em Licenciatura e Bacharelado em Física pela
Universidade Federal do Amazonas (FUAM, 1986),
Mestrado em Física Básica pelo Instituto de Física de São
Carlos da Universidade de São Paulo (IF São Carlos, 1988) e Doutorado em
Ciências em Energia Nuclear na Agricultura pelo Centro de Energia Nuclear na
Agricultura da Universidade de São Paulo (CENA, 2001).
A religião não é
apenas uma, são centenas.
A espiritualidade é
apenas uma.
A religião é para os
que dormem.
A espiritualidade é
para os que estão despertos.
A religião é para
aqueles que necessitam que alguém lhes diga o que fazer e querem ser guiados.
A espiritualidade é
para os que prestam atenção à sua Voz Interior.
A religião tem um
conjunto de regras dogmáticas.
A espiritualidade te
convida a raciocinar sobre tudo, a questionar tudo.
A religião ameaça e
amedronta.
A espiritualidade lhe
dá Paz Interior.
A religião fala de
pecado e de culpa.
A espiritualidade lhe
diz: "aprenda com o erro"..
A religião reprime
tudo, te faz falso.
A espiritualidade
transcende tudo, te faz verdadeiro!
A religião não é
Deus.
A espiritualidade é
Tudo e, portanto é Deus.
A religião inventa.
A espiritualidade
descobre.
A religião não indaga
nem questiona.
A espiritualidade
questiona tudo.
A religião é humana,
é uma organização com regras.
A espiritualidade é
Divina, sem regras.
A religião é causa de
divisões.
A espiritualidade é
causa de União.
A religião lhe busca
para que acredite.
A espiritualidade
você tem que buscá-la.
A religião segue os
preceitos de um livro sagrado.
A espiritualidade
busca o sagrado em todos os livros.
A religião se
alimenta do medo.
A espiritualidade se
alimenta na Confiança e na Fé.
A religião faz viver
no pensamento.
A espiritualidade faz
Viver na Consciência..
A religião se ocupa
com fazer.
A espiritualidade se
ocupa com Ser.
A religião alimenta o
ego.
A espiritualidade nos
faz Transcender.
A religião nos faz
renunciar ao mundo.
A espiritualidade nos
faz viver em Deus, não renunciar a Ele.
A religião é adoração.
A espiritualidade é
Meditação.
A religião sonha com
a glória e com o paraíso.
A espiritualidade nos
faz viver a glória e o paraíso aqui e agora.
A religião vive no
passado e no futuro.
A espiritualidade
vive no presente.
A religião enclausura
nossa memória.
A espiritualidade
liberta nossa Consciência.
A religião crê na
vida eterna.
A espiritualidade nos
faz consciente da vida eterna.
A religião promete
para depois da morte.
A espiritualidade é
encontrar Deus em Nosso Interior durante a vida.
domingo, 22 de janeiro de 2012
Manipulação x Indignação
Foto capturada no endereço https://www.facebook.com/photo.php?fbid=279930895401777&set=a.243538755707658.58583.243532639041603&type=1&theater em 21/01/2012
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
SIGA SEU CORAÇÃO, ELE É MAIS INTELIGENTE DO QUE VOCÊ PENSA
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O coração é também o primeiro órgão formado no útero. O resto vem depois.
Recentemente, neurofisiologistas ficaram surpresos ao descobrirem que o coração é mais um órgão de inteligência, do que (meramente) a estação principal de bombeamento do corpo. Mais da metade do Coração é na verdade composto de neurônios da mesma natureza daqueles que compõem o sistema cerebral. Joseph Chilton Pearce-, autor de A biologia da Transcendência, chama a isto de ”o maior aparato biológico e a sede da nossa maior inteligência.”
O coração também é a fonte do corpo de maior força no campo eletromagnético. Cada célula do coração é única e na qual não apenas pulsa em sintonia com todas as outras células do coração, mas também produz um sinal eletromagnético que se irradia para além da célula. Um EEG que mede as ondas cerebrais mostra que os sinais eletromagnéticos do coração são muito mais fortes do que as ondas cerebrais, de que uma leitura do espectro de freqüência do coração podem ser tomadas a partir de três metros de distância do corpo … sem colocar eletrodos sobre ele!
A freqüência eletromagnética do Coração produz arcos para fora do coração e volta na forma de um campo saliente e arredondado, como anéis de energia. O eixo desse anel do coração se estende desde o assoalho pélvico para o topo do crânio, e todo o campo é holográfico, o que significa que as informações sobre ele podem ser lidas a partir de cada ponto deste campo.
O anel eletromagnético do Coração não é a única fonte que emite este tipo de vibração. Cada átomo emite energia nesta mesma freqüência. A Terra está também no centro de um anel, assim é o sistema solar e até mesmo nossa galáxia … e todos são holográficas. Os cientistas acreditam que há uma boa possibilidade de que haja apenas um anel universal abrangendo um número infinito e interagindo dentro do mesmo espectro. Como os campos eletromagnéticos são anéis holográficos, é mais do que provável que a soma total do nosso Universo esteja presente dentro do espectro de freqüência de um único anel.
Isto significa que cada um de nós está ligado a todo o Universo e como tal, podemos acessar todas as informações dentro dele a qualquer momento. Quando ficamos quietos para acessar o que temos em nossos corações, nós estamos literalmente conectados à fonte ilimitada de Sabedoria do Universo, de uma forma que percebemos como “milagres” entrando em nossas vidas.
Quando desconectamos e nos desligamos da sabedoria inata de amor do Coração, baseado nos pensamentos, o intelecto refletido no ego assume o controle e opera independentemente do Coração, e nós voltamos para uma mentalidade de sobrevivência baseada no medo, ganância, poder e controle. Desta forma, passamos a acreditar que estamos separados, a nossa percepção de vida muda para uma limitação e escassez, e temos que lutar para sobreviver. Este órgão incrível, que muitas vezes ignoramos, negligenciamos e construímos muros ao redor, é onde podemos encontrar a nossa força, nossa fé, nossa coragem e nossa compaixão, permitindo que a nossa maior inteligência emocional guie nossas vidas.
Devemos agora mudar as engrenagens para fora do estado baseado no medo mental que temos sido ensinados a acreditar e nos movermos para viver centrado no coração. Para que esta transformação ocorra, é preciso aprender a meditar, “entrar em seu coração” e acessar a sabedoria interior do Universo. É a única maneira, é O Caminho. A medida que cada um de nós começa esta revolução tranqüila de viver do Coração, vamos começar a ver os reflexos em nossas vidas e em nosso mundo. Esta é a forma como cada um de nós vai criar uma mudança no mundo, criar paz, criar harmonia e equilíbrio, e desta forma, vamos todos criar o Paradigma do Novo Mundo do Céu na Terra.
Rebecca Cherry
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
Câncer e Poder
O presidente venezuelano Hugo Chavez, declarou recentemente que o diabólico imperialismo norte-americano está por trás das doenças que tem acometido os chefes de estado de tendência esquerdista na América Latina. Assim como o terremoto do Haiti, tudo não passaria de um plano para desestabilizar as ações dos iluminados que estão levando seus países em direção ao paraíso. Encontrei num texto do jornalista Carlos Pagni no jornal La Nación, uma reflexão que parece mais sensata que a de Hugo Chávez. Veja só:
“O tumor descoberto na presidente Cristina Kirchner atualiza o problema do vínculo entre doença e poder. A questão é preocupante: a doença descobre o que o poder quer esconder. A fragilidade, o limite. Durante a Segunda Guerra Mundial, Stalin, Roosevelt, Churchill, Mussolini e Hitler sofriam, cada um, sua aflição. Na América Latina, Chávez, Lugo, Lula, Dilma, Uribe, e agora Cristina, foram afetados pelo câncer. Nelson Castro escreveu que o poder adoece pelas tensões que gera. Para o psicanalista Elsa Aisemberg, aqueles que não podem simbolizar o sofrimento tramitam um duelo com o corpo. Normalmente são pessoas que valorizam mais o sucesso e o peremptório do que a reflexão. O especialista Alberto Lederman inverte o vínculo: ‘Há uma idealização segundo a qual o poder é um meio para atingir determinados fins. Antes disso, o poder é uma estratégia defensiva para proteger uma vulnerabilidade emocional do mundo do sujeito. Atrás do poder vai quem precisa’.
O poder, então, não é a causa. É o sintoma.”
Viu só? Atrás do poder vai quem precisa dele... E quem precisa dele é quem precisa proteger-se do mundo, quem tem uma grande vulnerabilidade emocional.
Não acredito nos que dizem que a doença é um castigo divino. Não é. A doença é resultado de uma série de escolhas individuais aliadas a condições genéticas e ambientais sobre as quais os indivíduos não tem qualquer controle. Doença é, acima de tudo, questão de sorte.
Segundo a psicossomática, ciência que integra especialidades da psicologia e da medicina, diversas patologias orgânicas como o câncer e os problemas reumatológicos e cardíacos, surgem a partir do excesso de raiva e ódio e daquilo que se convencionou chamar de “mágoa cristalizada”. Mas quando tratamos dos reflexos no organismo estamos apenas arranhando a superfície. Existem reflexos relacionados à dimensão emocional e até mesmo espiritual que, se não causam o câncer propriamente dito, criam as condições para que ele surja e se dissemine. Mas se a doença for mesmo questão de sorte, o que fazer? Resignar-se? Não. Eu sugiro dar uma mãozinha à sorte, fazendo aquilo que todos sabemos que deve ser feito: cuidar da alimentação, reduzir agressões ao corpo, ocupar a mente, etc etc etc. Quando um indivíduo escolhe expor-se a ressentimentos, pressões e mágoas, não está dando uma mãozinha à sorte, mas ao azar. E quem é o poderoso que vive sem mágoas?
Então fico com Carlos Pagni. Nas questões de doenças, o poder não é causa. É sintoma.
Luciano Pires
Apoio ao CNJ e à Ministra ELIANA CALMON
Esta é uma
guerra de todos nós.
Amiga e amigo,
Estamos
diante de um dos mais significativos momentos da história da Democracia deste
país e parece que poucos estão percebendo isto, explico:
Trava-se
uma verdadeira batalha no Judiciário, pois pela primeira, repito, pela PRIMEIRA
VEZ neste país varonil, alguém ousa investigar toda a SUJEIRA que há por debaixo deste tapete chamado Judiciário.
Este poder que sempre foi, dos 3 que temos, o intocável. O CNJ, através de uma corajosa Corregedora, Ministra, Dra. Eliana Calmon, vem descobrindo as históricas sujeiras deste poder, em todas as suas esferas, inclusive dos mais altos magistrados da mais alta corte do país, e a reação vem então de forma avassaladora. Quando o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) começa a tornar público o resultado de suas investigações das diversas instancias do Judiciário, a mais alta corte, o Supremo, e as associações de juízes, reagem e querem CALAR a boca desta, que representa até então, a mais inteligente iniciativa para extirpar este Câncer de nossa sociedade, a corrupção, os abusos de poder, a impunidade, e a morosidade do Judiciário deste país.
Eu não
tenho dúvidas que, ao lado da EDUCAÇÃO, a JUSTIÇA, ambas com os piores
predicados que poderíamos ter, são a FONTE PRIMEIRA e todos os demais males
neste país. Um povo, uma sociedade que tem sua EDUCAÇÃO deficitária e sua
JUSTIÇA lenta e corrupta, JAMAIS, repito, jamais, alcançará a Democracia plena
e seu Desenvolvimento Social e econômico pleno. Não adianta Copa do mundo,
Olimpíadas, Pré-Sal, balança comercial forte, nada disto, pois pelo contrário,
ao ficar mais rico, ficaremos mais DESIGUALITÁRIOS, claro, pois esta riqueza
adicional será acumulada por poucos. Simples assim: Sem EDUCAÇÃO e JUSTIÇA plenas,
não há desenvolvimento social sustentável. Será que ainda temos dúvidas sobre
isto? E mais, não adianta ir às ruas, como vimos fazendo, para combater a
corrupção, combater o excesso de carga tributária, combater a falta de
segurança, porque estes problemas são sintomas, são consequências, são efeitos
do mal maior, dos "cânceres" a
EDUCAÇÃO e JUSTIÇA deficitárias. Logo, proponho uma verdadeira enxurrada
de mensagens e posts para APOIAR a CORAGEM do CNJ através da Ministra Dra.
ELIANA CALMON e sua Equipe, pois ela representa a nossa voz para iniciarmos a eliminação deste câncer,
JUDICIÁRIO LENTO e CORRUPTO.
Façamos a
nossa parte pois do contrário, assim como a juíza Patrícia Acioli foi
ASSASSINADA no Rio por policiais que estavam sendo investigados por ela, mais
uma mulher de CORAGEM será "assassinada" neste país, só que de uma
maneira muito mais letal, será assassinada, calada, pelos Juízes. Quem os
julgará? Façamos barulho. Façamos nossa parte em apoio ao CNJ e a Dra. ELIANA
CALMON.
Leia também
o artigo: http://veja.com.br//blog/ricardo-setti/tag/eliana-calmon
Não
concordo com tudo que a Veja publica e defende mas este artigo do J.R. Guzzo é
esclarecedor.
Abs e bom dia a todos,
Celso
Chapinotte.
PS: Este
que vos escreve, assim como a maioria absoluta dos que me leem agora, vem sendo
regido, fiscalizado, julgado e punido ou absolvido, todas as vezes que erra,
seja em desrespeito a uma lei de transito, seja na declaração de um imposto,
seja no não recolhimento de um tributo devido.
Por que somente eu (nós), cidadão comum, tenho que ser alvo deste rito?
Por que os "togados" também não podem ser submetidos às estas mesmas
leis? Não quero isenção de penas para mim (para nós), mas quero esta mesma
justiça para eles também.
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Mensagem recebida por e-mail
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
Coca-cola Zero é proibida nos EUA. E no Brasil, sete refrigerantes têm substância cancerígena
Coca-cola Zero. Sukita Zero. Fanta Light. Dolly Guaraná. Dolly Guaraná Diet. Fanta Laranja. Sprite Zero. Sukita. Oito bebidas e duas substâncias altamente nocivas ao ser humano. Na Coca-cola Zero, está o ciclamato de sódio, um agente químico que reconhecidamente faz mal à saúde. Nos outros sete refrigerantes, está o benzeno, uma substância potencialmente cancerígena.Essa é a mais recente descoberta que vem sendo publicada na mídia e que só agora chega aos ouvidos das maiores vítimas do refrigerante: os consumidores. A pergunta que vem logo à mente é: “por que só agora isso está sendo divulgado?”. E, pior: “se estes refrigerantes fazem tão mal à saúde, por que sua venda é permitida?”.
Nos Estados Unidos da América, a Coca-cola Zero já é proibida pelo F.D.A. (Federal Drugs Administration), mas sua venda continua em alta nos países em desenvolvimento ou não desenvolvidos, como os da Europa Oriental e América Latina. O motivo é o baixo custo do ciclamato de sódio (10 dólares por quilo) quando comparado ao Aspartame (152 dólares/Kg), substância presente na Coca-cola Light. O que isso quer dizer? Simplesmente que mesmo contendo substância danosa à saúde, a Coca Zero resulta num baixo custo para a companhia, tendo por isso uma massificação da propaganda para gerar mais vendas.
Não basta o cigarro?
E a ironia não para por aí. Para quem se pergunta sobre os países desenvolvidos, aqui vai a resposta: nos Estados Unidos, no Canadá, no Reino Unido e na maioria dos países europeus, a Coca-cola Zero não tem ciclamato de sódio. A luta insaciável pelos lucros da Coca-cola Company são mais fortes nos países pobres, até porque é onde menos se tem conhecimento, ou se dá importância, a essa informações.
No Brasil, o susto é ainda maior. Uma pesquisa realizada pela Pro Teste – Associação Brasileira de Defesa do Consumidor – verificou a presença do benzeno em índices alarmantes na Sukita Zero (20 microgramas por litro) e na Fanta Light (7,5 microgramas). Já nos refrigerantes Dolly Guaraná, Dolly Guaraná Diet, Fanta Laranja, Sprite Zero e Sukita, o índice de benzeno estava abaixo do limite de 5 microgramas por litro.
Só para se ter uma idéia, o benzeno está presente no ambiente através da fumaça do cigarro e da queima de combustível. Agora, imagine isso no seu organismo ao ingerir um dos refrigerantes citados. Utilizado como matéria-prima de produtos como detergente, borracha sintética e náilon, o benzeno está relacionado a leucemias e ao linfoma. Contudo, apesar de seus malefícios, o consumo da substância não significa necessariamente que a pessoa terá câncer, pois cada organismo tem seu nível de tolerância e vulnerabilidade.
Corantes e adoçantes
Corantes e adoçantes
Na mesma pesquisa da Pro Teste, constatou-se que as crianças correm um grande risco, pois foram encontrados adoçantes na versão tradicional do Grapette, não informados no rótulo. Nos refrigerantes Fanta Laranja, Fanta Laranja Light, Grapette, Grapette Diet, Sukita e Sukita Zero, foram identificados os corantes amarelo crepúsculo, que favorece a hiperatividade infantil e já foi proibido na Europa, e o amarelo tartrazina, com alto potencial alérgico.
Enquanto a pesquisa acusa uma urgente substituição dos corantes por ácido benzóico, por exemplo, a Coca-cola, que produz a Fanta, defende-se dizendo que cumpre a lei e informa a presença dos corantes nos rótulos das bebidas. A AmBev, que fabrica a Sukita, informou que trabalha “sob os mais rígidos padrões de qualidade e em total atendimento à legislação brasileira”.
Por fim, a Refrigerantes Pakera, fabricante do Grapette, diz que a bebida pode ter sido contaminada por adoçantes porque as duas versões são feitas na mesma máquina e algum resíduo pode ter ficado nos tanques.
Quando será o fim dessa novela e da venda dos refrigerantes que contém substâncias nocivas à saúde, ninguém sabe. Mas enquanto os fabricantes deixam a ética e o respeito ao cidadão de lado em busca do lucro exacerbado, você tem a liberdade de decidir entre tomar esse veneno ou preservar a qualidade do seu organismo. Agora, é com você!
sábado, 7 de janeiro de 2012
Os valores do yoga
Pedro
Kupfer - 08 de Janeiro de 2012
Há muitos
anos já vivo fascinado por uma lista de valores que Krishna ensina para Arjuna
naquele diálogo essencial sobre Yoga que é aBhagavadgītā. Essa parte da
instrução sobre como aplicar o Yoga na vida através das atitudes ocupa as
estrofes sete a 11 do capítulo XIII desse importante texto. Cultivar valores no
cotidiano é essencial para se ter uma vida tranquila e feliz.
Quando
ouvimos a palavra valor, vêm a nossa mente algo relevante ou fundamental.
Segundo o Dicionário de Filosofia de Gérard Legrand, um valor
é uma “noção que traduz a passagem do desejo para o conjunto doutrinário e
prático que constitui uma moral: toda moral está fundada (explicitamente ou
não) num conjunto de valores que são também abstrações representando o que se
em por desejável. Todo homem é portador de uma “escala de valores”, a maioria
das vezes inconsciente, que comanda intuitivamente a sua ação na medida em que
esta se prolonga para além da necessidade. Também é de notar que o
desaparecimento de um valor (por exemplo, quando se descobre que está
ultrapassado ou é prejudicial, como o patriotismo perante os riscos de um
conflito mundial) supõe a procura (e geralmente a descoberta) de “valores
novos”.”
Porém, para
além da escala de valores subjetivos que cada um de nós possa ter, e para além
daqueles que nascem e morrem, há uma série de valores que não muda nunca, que
são atemporais. Aqueles valores pessoais, que vão mudando de acordo com o tempo
ou a circunstância, podem ser chamados de moral. Os que não mudam, chamaremos
aqui de ética. Em sânscrito,dharma.
Os valores
que Kṛṣṇa ensina
para o príncipe guerreiro à beira do campo de batalha, que aliás, serve de
pano de fundo para o ensinamento daBhagavadgītā, são desse último tipo:
perenes, no sentido que não envelhecem nem passam de moda (o não deveriam
passar), e universais, no sentido de que valem para todas as pessoas e em todas
as circunstâncias.
A palavra
valor se diz jñana em sânscrito. O amigo leitor certamente já
conhece a outra acepção desta palavra: jñana também significa
conhecimento. Swāmi Dayānanda escreveu um livro notável, chamado O
Valor dos Valores, que explica detalhadamente, estes vinte valores
fundamentais cultivados pelo sábio. Deixo aqui um breve resumo desses valores,
desde já pedindo desculpas pela brevidade das explanações, já que o assunto é
profundo e extenso. Fica aqui a descrição dos primeiros dez valores.
1. Amanitvam,
ausência de vaidade, ausência de arrogância ou de necessidade de elogio.
Amanitvam significa
ausência de vaidade ou ausência da necessidade de ser elogiado. Muitas
vezes, amanitvam é traduzido como humildade, mas é muito mais
do que cultivar essa virtude. Poderíamos definir amanitvamcomo
ausência de necessidade de reconhecimento por parte dos demais. Muitas vezes,
identificados com os frutos das ações que fizemos, exigimos um grau de respeito
e reconhecimento que nem sempre coincide com o tratamento que recebemos por
parte dos demais. Quem conhece o valor e o mérito das suas próprias
capacidades, não tem necessidade de ser elogiado pelos demais.
2. Adambhitvam,
ausência de pretensão.
Adambhitvam é um
estado de equilíbro emocional e mental no qual a pessoa se aceita como ela é e
não busca mostrar algo que não é. Enquantomanitvam é uma
expectativa baseada em conquistas ou habilidades reais,dambhitvam se
apoia em méritos falsos ou imaginários. Quando faço de conta que sei coisas que
ignoro, quando alego ter tido experiências que não tive, incho meu currículo
com mentiras ou tento mostrar capacidades que não são minhas, faço isso pois
acho que assim, irei impressionar os demais. O problema é que isso cria uma
tensão insuportável dentro de mim. Deixar de posar ou fingir é uma virtude, no
sentido que me livro dessa tensão e fico naturalmente mais tranquilo.
3. Ahimsa,
não-violência.
A paz é o
antídoto contra a violência e uma condição essencial para a vida feliz. Lutamos
continuamente para conquistar objetivos mas esquecemos que se não tivermos paz
para desfrutarmos daquilo que realizamos, não haverá felicidade possível. A
violência é um dos mecanismos que nos mantêm afastados de nossa natureza, que é
plenitude e felicidade. Ahimsaconsiste em cultivar a não-violência
em palavras, pensamentos e atitudes. Esta prática é uma condição fundamental
para que o de fato possamos viver a vida de Yoga. Sem uma prática sólida de
não-violência não há crescimento emocional. Existem duas dimensões na prática
da não-violência: a pessoal e a social. A primeira tem a ver com a maneira em
que cada um se relaciona consigo próprio. A segunda tem a ver com a maneira em
que vivemos a vida em sociedade, com nossa familia, nossos amigos, vizinhos ou
colegas de trabalho. Essa segunda dimensão depende diretamente da primeira.
4. Kshanti,
pacífica adaptabilidade.
A
palavra kshanti designa uma atitude positiva que fica bem
distante da resignação sófrega. Uma boa maneira de traduzir este termo seria
“capacidade de se adaptar”. A esse respeito, diz Swāmi Dāyananda: “A atitude
de kshanti significa que eu, alegremente, calmamente, aceito
aquele comportamento e aquelas situações que não posso mudar. Desisto da
expectativa ou exigência pela mudança de outra pessoa ou situação, de forma a
se moldar ao que penso ser agradável para mim. Eu me acomodo às situações e às
outras pessoas alegremente”.
5. Arjavam,
retidão.
A
palavra arjavam deriva da raíz rju, que significa
flecha. Rjubhava é o sentimento de retidão, no qual existe
alinhamento entre o pensamento e a palavra, ou entre a palavra e a ação.
Retidão é uma das formas de satya, a veracidade. Consiste em fazer
coincidir intenções, palavras e ações, bem como em ser fiel aos próprios
valores. Quando essa retidão está ausente, penso uma coisa, digo outra e acabo
fazendo outra diferente. Assim, a minha vida fica fragmentada, sem rumo nem
prumo. Evitar este tipo de desconexão me torna uma pessoa tranquila e digna da
confiança dos demais.
6. Acharyopasanam,
dedicação ao professor.
No contexto
cultural em que estes valores são transmitidos, o professor representa o
próprio autoconhecimento. Na antiga cultura védica, o professor é chamado acharya ou guru. Acharyopasanam significa
literalmente “meditação sobre o professor”. Através dessa prática
contemplativa, que se estende a uma atitude reflexiva e atenta às coisas do
mundo, o estudante se identifica com as virtudes daquele que lhe ensina.
Enquanto professor de autoconhecimento, o acharya transcende
os limites da sua individualidade, no sentido que, enquanto ensina, ele
representa a própria tradição. Assim, servir o acharya se
colocar a serviço do próprio conhecimento.
7. Shauchan,
purificação.
Para a
purificação também existem dois aspectos: o externo e o interno. O primeiro
consiste em cultivar hábitos de higiene que vão bastante além da ideia de mente
sã em corpo são daquele ditado latino. No Yoga, cultivamos a
purificação do corpo físico observando não apenas os aspectos exteriores da
higiene, mas igualmente a limpeza do interior do corpo, que é feita através
do shatkarma. O shatkarma é parte integrante do
Hatha Yoga e inclui lavagens periódicas dos tratos digestivo e intestinal, bem
como a massagem das gengivas, a purificacao da garganta e as vias
respiratórias, e outros. Esse processo se denomina bahyashauchan,
ou limpeza exterior. No aspecto interno, referente ao psiquismo, shauchan consiste
em cultivar, da mesma maneira, atitudes e pensamentos elevados, evitando que a
mente derive para o derrotismo o que se centre excessivamente em pensamentos
negativos. Isso é chamado antarashauchan, limpeza interior.
8. Sthairyam,
firmeza de propósito.
Shairyam é um
termo que significa estabilidade, firmeza. Se refere a ser capaz de manter o
foco no momento presente e no estado de tranquilidade. A calma firmeza no
objetivo que me proponho a realizar chama-sesthairyam. No contexto em
que este valor é passado para Arjuna, Krishna usa este termo para se referir à
capacidade de manter o foco no objetivo do Yoga, que é mokṣa, a
liberdade e no processo que nos conduz a ela, o autoconhecimento. Dessa
maneira, evitamos a dispersão e nossa vida ganha em significado e
tranquilidade.
9. Ātma-vinigraha,
comando sobre o pensamento.
A palavra Ātma se
refere à autorreferência, ao lugar onde colocamos o foco. Neste contexto, ela
indica a mente. Vinigraha, por sua vez, significa comando.
Concretamente, atmavinigraha designa a possibilidade de manter
um comando sobre o pensamento, de maneira a evitar que a mente vagueie, se
distraia e tire o foco daquilo que estamos fazendo. É mais uma capacidade de se
manter concentrado a cada momento, do que uma atitude repressiva ou uma
obsessão em controlar aquilo que se pensa. Dessa maneira, ao adquirirmos a capacidade
de escolher conscientemente aquilo que pensamos, nosso agir torna-se
naturalmente consciente.
10. Indriyartheśu
vairāgyam, desapego em relação aos objetos dos sentidos.
A
palavra indriyartheshu se refere àquilo que está
vinculado aos órgãos sensoriais, (indriyas). Vairagya significa
desapego. A atitude do desapego consiste em olhar para objetos, pessoas e
relacionamentos, reconhecendo objetivamente os seus valores e evitando projetar
neles algo que não lhes seja intrínseco. Desapegar-se não é fugir de pessoas ou
objetos mas relacionar corretamente com eles, reconhecendo a mim mesmo como
plenitude e deixando de olhar para eles como a solução para minhas carências.Indriyartheśu
vairāgyam também é ser livre do sofrimento associado às vontades,
caprichos ou aversões do ego.
11. Anahaṅkāra, ausência
de identificação com as coisas do ego.
Ahaṅkāra significa “eu-fazedor” em
sânscrito, e é a palavra usada no Yoga para se referir ao ego. O ego é uma
espécie de interface que nos ajuda a viver estabelecendo referências entre as
coisas exteriores e a nossa individualidade. Basicamente, ele é uma lista de
gostos e aversões através da qual nos relacionamos com os demais e com o mundo
que nos rodeia. Anahaṅkāra é a
capacidade de perceber o ego como ele é, sem achar que começamos e/ou
terminamos nele. Noutras palavras, poderíamos definir anahaṅkāra como “não-egoísmo”. Cultivar
esse valor nos permite viver tranquilamente, já que passamos a olhar para nós
mesmos, não como uma lista de desejos que precisam ser preenchidos ou coisas
que devem ser evitadas, mas como a paz que observa esses desejos e aversões.
12. Janma-mṛtyu-jara-vyādhi-duḥkha-dośa-anudarśanam, reflexão
sobre as limitações do nascimento, a morte, a velhice, a doença e a dor.
Esta
longuíssima palavra é um composto que denota uma atitude absolutamente objetiva
em relação à vida. O primeiro termo deste composto é janma,
nascimento. O segundo, mṛtyu, morte. As outras palavras intermediárias definem tudo aquilo com
que nos deparamos entre o nascimento e a morte: velhice, doença, sofrimento e
limitação (respectivamente, jara, vyādhi, duḥkha e dośa).
A última parte do composto,anudarśanam, significa “ver repetidas vezes”.
Portanto, o termo se refere ao fato de que, se não fizermos algo para sair
desse circuito, ficaremos ad eternum indo de nascimento a
morte, de morte a nascimento, de nascimento a morte... Se o que há no meio
fosse somente prazeroso, poderíamos até achar que não precisariamos fazer nada
para mudar. Porém, sabemos o que nos espera entre o início e o fim de cada
vida: doença, sofrimento (físico, emocional e/ou mental), limitação e velhice
que, por sua vez, nos levam para mais uma morte. O objetivo de cultivar esse
valor não é negativo. Pelo contrário, ele existe para nos ajudar a ver e
aceitar a vida como ela é, com a maior equanimidade. Se fizermos isso,
evitaremos a armadilha de achar que a vida é injusta ou cruel conosco, e as
indesejáveis companheiras de viagem que vem junto com essa atitude: a lamúria e
a autovitimização. Por sua vez, evitar este tipo de arapuca emocional nos
permite aproveitar melhor e mais calmamente o tempo de vida que nos é dado.
13. Aśakti, ausência de apego à ideia de posse.
Śakti significa
poder, energia, mas igualmente quer dizer “segurar firmemente”. Aśakti é
o contrário de segurar: é abrir mão, relaxar. Se o décimo valor, indriyarteśu
vairāgyam, estava centrado no desapego aos objetos dos sentidos, este
presente valor, aśakti, tem como objetivo cultivar uma “suavização”
do senso de posse ou propriedade que possamos ter em relação a algum desses
objetos sensoriais. E, quando dizemos objetos sensoriais nos referimos não
apenas a coisas materiais, mas igualmente a pessoas e relacionamentos. Aśakti,
então, é nos tornar cientes de que não somos donos de nada nem de ninguém. A
própria ideia da possessão não resiste a uma análise objetiva: é bom lembrar
que a terra e tudo o que ela sustenta já estava aí antes do nosso nascimento e
que, como diz o ditado espanhol, “a mortalha não tem bolsos”. Ou seja, nada
levaremos daqui na hora da morte. Portanto, aśakti.
14. Anabiśvaṅgaḥ
putra-dara-gṛha-adiśu, equanimidade
afetiva.
Abiśvasaṅgaḥ aponta para uma relação de
intensa emotividade e apego, como o que podemos nutrir pelos nossos filhos,
nosso cônjuge, nossa casa ou as coisas e pessoas muito queridas
(respectivamente, em sânscrito: putra,dara, gṛha e adi). Resumindo, um afeição
viscosa e excessiva. A forma negativa dessa expressão é anabiśvasaṅgaḥ. Isto, evidentemente, não significa
que não devemos cuidar daqueles que amamos, mas evitar projetar nessas pessoas
(ou no lar), nossas carências e inseguranças. Anabiśvasaṅgaḥassim, aponta para uma atitude de
extremo cuidado e compaixão em relação às pessoas e coisas, mas que é ao mesmo
tempo desapegada e objetiva.
15. Nityam samachittatvam iśtaniṣṭopapattiṣu,
equanimidade constante.
Samachittatvam quer
dizer receber com a mesma equanimidade tanto o quanto o que não se
aprecia. Sama significa equilíbrio, chittatvam designa
os estados de espírito. Iśtaniṣṭopapattiṣu é um termo que se usa para
designar o conjunto das coisas desejáveis e indesejáveis. Nityam quer
dizer sempre. O estado constante de estabilidade mental e emocional é o segredo
do Karma Yoga. Noutra passagem da Bhagavadgītā, Kṛṣṇa vai definir o estado de Yoga como chittatvam, equanimidade. Aqui, Nityam
samachittatvam iśtaniṣṭopapattiṣu é
apresentado como um valor que nos ajuda a compreender e manter nesse estado de
equilíbrio, quaisquer que sejam as circunstâncias exteriores.
16. Mayi cha ananya-yogena bhaktih avyabicharini,
devoção inabalável.
Mayi cha
ananya-yogena bhaktih avyabicharini. Temos aqui uma frase longa
para uma ideia simples e breve: ela aponta para a confiança e a devoção
inquebrantáveis. Essa confiança e devoção são dirigidas a Īśvara, que é o Ser
manifestado ao mesmo tempo com criador e criação, como todas as formas e nomes
existentes. Essa não-separação, ananya-yoga, pode ser interpretada
de duas maneiras: primeiramente, compreendo que o Todo, Īśvara, não está
separado de mim, indivíduo, e que eu nunca estive nem estou longe de Īśvara. Em
segundo lugar, podemos olhar para Īśvara como um refúgio: Īśvara é a minha
segurança, minha inspiração, meu abrigo. Dessa confiança nasce a mente
preparada para perceber a não-dualidade.
17. Vivikta-deśa sevitvam, apreço por um lugar
tranquilo.
Vivikta designa
um lugar solitário. Desde sempre, os yogis buscaram lugares
tranquilos para viver. Até mesmo quando moramos em grandes cidades, sentimos a
necessidade de sair oportunamente para passar um período em algum lugar
isolado. Quando fazemos isso, voltamos depois para o meio urbano totalmente
renovados. O valor pelo lugar tranquilo não é um fim em si mesmo, já que
podemos perfeitamente ter um ataque de nervos numa ilha paradisíaca ou no lugar
mais lindo do planeta. O apreço pelo lugar solitário vale pelo tipo de moldura
mental que ele produz: o pensamento tende a ficar mais harmonioso, as emoções
mais calmas e a mente mais predisposta para refletir e compreender a verdade
sobre si mesmo.
18. Aratiḥ janasamsadi, apreço pela solitude.
Solitude não
é solidão. Solidão é uma palavra que muitas vezes aparece associada ao
sofrimento que surge quando alguém busca ardentemente uma companhia, sem
encontrá-la. Portanto, a um isolamento imposto pelas circunstâncias ou à
incapacidade de estar bem consigo próprio. A solitude, por outro lado, é um
estado de recolhimento voluntário, no qual a pessoa percebe ser boa companhia
para si mesma, pois está em paz. Assim, embora não fuja da companhia de outrem,
o yogi tampouco busca compulsivamente se relacionar, pois não
precisa preencher carências e nenhum tipo. Aratiḥ janasamsadi,
literalmente, significa “ausência de grande desejo por companhia”. Por outro
lado, essa disposição para a solitude não aponta para algum tipo de desprezo ou
ódio pela companhia dos demais. O yogi convive pacificamente
com seus pares, mas não busca nesse convívio a razão da sua existência, e muito
menos, a própria felicidade.
19. Tattva-jñāna-artha-darśanam, foco e clareza
na verdade.
Talvez este
e o próximo sejam os dois valores mais importantes do código que Kṛṣṇa ensina para Arjuna. Tattva quer dizer verdade, e designa
a Realidade que dá origem às coisas: Brahman, o Ser. Jñāna, é
conhecimento.Artha é um propósito ou meta. Darśanam, a
visão. Este composto, portanto, pode ser definido como o propósito de manter o
foco sobre o conhecimento da verdade. Tattva-jñāna, o conhecimento
dessa Realidade, implica reconhecer que não somos diferentes nem estamos
separados dela. Esse reconhecimento é mokṣa, a libertação. Noutras palavras, tattva-jñāna-artha-darśanam é
não perder de vista o autoconhecimento como meta prioritária, de maneira que os
outros objetivos menores que possamos ter ao longo da caminhada não nos desviem
da prioridade essencial.
20. Adhyātma-jñāna nityatvaṁ, disposição contínua para o
autoconhecimento.
Infelizmente,
a iluminação não chega sozinha se decidirmos sentar embaixo de uma árvore para
esperar que ela aconteça. Se assim fosse, seria simples e fácil. Meditar pode
ajudar a pessoa a refletir sobre as misérias do mundo ou sobre seus próprios
problemas, no melhor dos casos. Acontece que a iluminação não surge do nada.
Para termos iluminação, é necessário um meio de conhecimento adequado. Esse
meio de conhecimento é chamado Brahmavidyā, ou autoconhecimento. Adhyātma-jñāna nityatvaṁ é o valor que nos ajuda a
lidar adequadamente com esse meio de conhecimento peculiar que é
Brahmavidyā. Adhyātma indica aquilo que é centrado em Ātma, no
Ser. Jñāna é conhecimento. Nityatvaṁ indica um
estado de espírito constante, que não oscila. Assim, adhyātma-jñāna nityatvaṁsignifica nos manter constantemente
atentos e conscientes ao Ser que somos.
Os valores como preparação para a iluminação.
O meio de
conhecimento mencionado acima inclui um processo de três etapas: śravaṇam-mananam-nididhyāsanam. Śravaṇam e
ouvir o ensinamento fundamental: você já é a plenitude que está buscando.Mananam é
questionar, dirimir as dúvidas que naturalmente surgem da dissonância entre
esta notícia e a imagem distorcida que geralmente temos de nós mesmos. Nididhyāsanam quer
dizer refletir sobre aquilo que se aprendeu nas etapas anteriores e é util para
nos ajudar a ficar firmemente estabelecidos no autoconhecimento.
Os valores
do Yoga não trazem, por si sós, o autoconhecimento, mas nos ajudam a cultivar
uma emocionalidade e uma mente receptivas e adequadas para compreender e fruir
adequadamente desse processo. Porém, cabe também lembrar que os valores não
podem ser impostos desde fora. Eles precisam ser bem compreendidos, para ser
integrados e internalizados de maneira natural. Do contrário, eles poderão
produzir conflito e tensão interna.
O valor dos
valores.
Uma vez
reconhecido “o valor dos valores”, como diz Swāmi Dayānanda, eles se tornam
espontâneos e passam a fazer parte da pessoa. Através dessa preparação,
poderemos então compreender a Realidade Única, a natureza do Ser que somos,
ilimitada, plena e pacífica.
Swāmi
Dayānanda explica a importância destes valores da seguinte maneira: “A
expressão da minha vida é apenas a expressão de uma estrutura de valores que
foi bem assimilada por mim. Isso é apenas uma expressão daquilo que é valioso
para mim. Para que eu possa desfrutar dos confortos, devo estar presente.
Quando estou dividido pela culpa, raramente estou em outro lugar que não seja a
minha ansiedade, meus remorsos e preocupações.
“Quando vejo
claramente este fato, poderei enxergar o valor da aplicar padrões éticos
universais a mim mesmo. Portanto, um valor, seja universal ou situacional, é um
valor para mim, apenas quando vejo o valor desse valor como algo valioso para
mim”. Boas práticas! Namaste!
Texto
capturado em http://www.yoga.pro.br/artigos/1063/3046/os-valores-do-yoga Acesso
em 07.01.2012
quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
Salário do professor no Brasil é o 3º pior do mundo
CNTE - O professor brasileiro de primário é um dos que mais sofre com os baixos salários.
É o que mostra pesquisa feita em 40 países pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) divulgada ontem, em Genebra, na Suíça. A situação dos brasileiros só não é pior do que a dos professores do Peru e da Indonésia.
Um brasileiro em início de carreira, segundo a pesquisa, recebe em média menos de US$ 5 mil por ano para dar aulas. Isso porque o valor foi calculado incluindo os professores da rede privada de ensino, que ganham bem mais do que os professores das escolas públicas. Além disso, o valor foi estipulado antes da recente desvalorização do real diante do dólar. Hoje, esse resultado seria ainda pior, pelo menos em relação à moeda americana.
Na Alemanha, um professor com a mesma experiência de um brasileiro, ganha, em média, US$ 30 mil por ano, mais de seis vezes a renda no Brasil. No topo da carreira e após mais de 15 anos de ensino, um professor brasileiro pode chegar a ganhar US$ 10 mil por ano. Em Portugal, o salário anual chega a US$ 50 mil, equivalente aos salários pagos aos suíços. Na Coréia, os professores primários ganham seis vezes o que ganha um brasileiro.
Com os baixos salários oferecidos no Brasil, poucos jovens acabam seguindo a carreira. Outro problema é que professores com alto nível de educação acabam deixando a profissão em busca de melhores salários.
O estudo mostra que, no País, apenas 21,6% dos professores primários têm diploma universitário, contra 94% no Chile. Nas Filipinas, todos os professores são obrigados a passar por uma universidade antes de dar aulas.
A OIT e a Unesco dizem que o Brasil é um dos países com o maior número de alunos por classe, o que prejudica o ensino. Segundo o estudo, existem mais de 29 alunos por professor no Brasil, enquanto na Dinamarca, por exemplo, a relação é de um para dez.
Segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o salário médio do docente do ensino fundamental em início de carreira no Brasil é o terceiro mais baixo do mundo, no universo de 38 países desenvolvidos e em desenvolvimento. O salário anual médio de um professor na Indonésia é US$ 1.624, no Peru US$ 4.752 e no Brasil, US$ 4.818, o equivalente a R$ 11 mil. A Argentina, por sua vez, paga US$ 9.857 por ano aos professores, cerca de R$ 22 mil, exatamente o dobro. Por que há tanta diferença?
É o que mostra pesquisa feita em 40 países pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) divulgada ontem, em Genebra, na Suíça. A situação dos brasileiros só não é pior do que a dos professores do Peru e da Indonésia.
Um brasileiro em início de carreira, segundo a pesquisa, recebe em média menos de US$ 5 mil por ano para dar aulas. Isso porque o valor foi calculado incluindo os professores da rede privada de ensino, que ganham bem mais do que os professores das escolas públicas. Além disso, o valor foi estipulado antes da recente desvalorização do real diante do dólar. Hoje, esse resultado seria ainda pior, pelo menos em relação à moeda americana.
Na Alemanha, um professor com a mesma experiência de um brasileiro, ganha, em média, US$ 30 mil por ano, mais de seis vezes a renda no Brasil. No topo da carreira e após mais de 15 anos de ensino, um professor brasileiro pode chegar a ganhar US$ 10 mil por ano. Em Portugal, o salário anual chega a US$ 50 mil, equivalente aos salários pagos aos suíços. Na Coréia, os professores primários ganham seis vezes o que ganha um brasileiro.
Com os baixos salários oferecidos no Brasil, poucos jovens acabam seguindo a carreira. Outro problema é que professores com alto nível de educação acabam deixando a profissão em busca de melhores salários.
O estudo mostra que, no País, apenas 21,6% dos professores primários têm diploma universitário, contra 94% no Chile. Nas Filipinas, todos os professores são obrigados a passar por uma universidade antes de dar aulas.
A OIT e a Unesco dizem que o Brasil é um dos países com o maior número de alunos por classe, o que prejudica o ensino. Segundo o estudo, existem mais de 29 alunos por professor no Brasil, enquanto na Dinamarca, por exemplo, a relação é de um para dez.
Segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o salário médio do docente do ensino fundamental em início de carreira no Brasil é o terceiro mais baixo do mundo, no universo de 38 países desenvolvidos e em desenvolvimento. O salário anual médio de um professor na Indonésia é US$ 1.624, no Peru US$ 4.752 e no Brasil, US$ 4.818, o equivalente a R$ 11 mil. A Argentina, por sua vez, paga US$ 9.857 por ano aos professores, cerca de R$ 22 mil, exatamente o dobro. Por que há tanta diferença?
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Original em http://www.diariodaclasse.com.br/forum/topics/sal-rio-do-professor-no-brasil-o-3-pior-do-mundo
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