Estudo leva médicos a questionar possibilidade de pacientes sobreviverem após atingirem condição
Uma pesquisa da Universidade de Montreal descobriu um estado ainda mais profundo de coma e tem levado médicos a reconsiderar o que, por muito tempo, foi admitido como morte cerebral.
Os pesquisadores verificaram que mesmo quando o registro de eletroencefalograma deixa de mostrar atividade cerebral, é possível estimular o retorno da atividade cerebral por meio da indução do coma, de acordo com artigo publicado na última quarta-feira na revista científica PLoS One.
Parte da experiência consistiu em anestesiar mais de 20 gatos e medir as atividades cerebrais dos animais em diferentes estados de coma. A abordagem foi inspirada na descoberta de um doente em coma que voltou à vida após receber medicação para epilepsia.
É "a forma mais profunda de coma obtido até agora", afirma o estudo. "Os resultados atuais devem servir os médicos na avaliação de profundidade do coma do paciente", escrevem os pesquisadores, para quem a descoberta pode afetar o que os médicos consideram morte cerebral.
Não está claro por que a atividade do cérebro retorna neste coma profundo, mas os pesquisadores sugerem que ao relaxar as principais funções do cérebro, outras funções podem tornar-se livres de restrições anteriores e reiniciar atividades.
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