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sábado, 28 de novembro de 2009

Racionalismo



Doutrina que afirma que tudo que existe tem uma causa inteligível, mesmo que não possa ser demonstrada de fato, como a origem do Universo. Privilegia a razão em detrimento da experiência do mundo sensível como via de acesso ao conhecimento. Considera a dedução como o método superior de investigação filosófica.

René Descartes (1596-1650), Spinoza (1632-1677) e Leibniz (1646-1716) introduzem o racionalismo na filosofia moderna. Friedrich Hegel (1770-1831), por sua vez, identifica o racional ao real, supondo a total inteligibilidade deste último.

O racionalismo é baseado nos princípios da busca da certeza e da demonstração, sustentados por um conhecimento a priori, ou seja, conhecimentos que não vêm da experiência e são elaborados somente pela razão.

Na passagem do século XVIII para o XIX, Immanuel Kant (1724-1804) revê essa tendência de associar o pensamento à análise pura e simples e inaugura o neo-racionalismo.

A nova doutrina aceita as formas a priori da razão, afirmando, entretanto, que elas necessariamente devem ser conjugadas aos dados da experiência para que possa haver conhecimento.

O racionalismo dos séculos XVII e XVIII influencia a religião e a ética até hoje.

Está presente nas várias seitas do protestantismo, que dispensam a autoridade e a revelação religiosa em favor dos postulados lógicos e racionais sobre a existência de Deus. Influencia, também, a conduta moral que atribui à razão e aos princípios inatos de bondade, entre outros, a capacidade humana de se bem conduzir.

Original em:
http://www.algosobre.com.br/sociofilosofia/racionalismo.html

sábado, 21 de novembro de 2009

Idealismo



Tendência filosófica que reduz toda a existência ao pensamento. Opõe-se ao realismo, que afirma a existência dos objetos independentemente do pensamento. No idealismo absoluto, o ser é reduzido à consciência. Ao longo da história da filosofia, ele aparece sob formas menos radicais -não nega categoricamente a existência dos objetos no mundo, mas reduz o problema à questão do conhecimento

O idealismo toma como ponto de partida para a reflexão o sujeito, não o mundo exterior.

O idealismo metódico de Descartes é uma doutrina racionalista que, colocando em dúvida todo o conhecimento estabelecido, parte da certeza do pensar para deduzir, por meio da idéia da existência de Deus, a existência do mundo material. O idealismo dogmático surge com George Berkeley (1685-1753), que considera a realidade do mundo exterior justificada somente pela sua existência anterior na mente divina ou na mente humana. Para ele, "ser é ser percebido".

Immanuel Kant formula o idealismo transcendental, no qual o objeto é algo que só existe em uma relação de conhecimento. Ele distingue, portanto, o conhecimento que temos dos objetos, sempre submetidos a modos especificamente humanos de conhecer, como as idéias de espaço e tempo, dos objetos em si, que jamais serão conhecidos. Na literatura, o romantismo adota boa parte dessas idéias.

Johann Gottlieb Fichte (1762-1814) e Friedrich von Schelling (1775-1854) desenvolvem esse conceito e se tornam expoentes do idealismo alemão pós-kantiano. Eles conferem às idéias de Kant um sentido mais subjetivo e menos crítico: desconsideram a noção da coisa-em-si e tomam o real como produto da consciência humana. Friedrich Hegel (1770-1831) emprega o termo idealismo absoluto para caracterizar sua metafísica. Ao considerar a realidade como um processo, ele discute o desenvolvimento da idéia pura (tese), que cria um objeto oposto a si - a natureza (antítese) -, e a superação dessa contradição no espírito (síntese). Esse movimento se dá na história até que o espírito se torne espírito absoluto, ou seja, supere todas as contradições, por meio da dialética, e veja o mundo como uma criação sua.

Original em:
http://www.algosobre.com.br/sociofilosofia/idealismo.html

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Ética



Em filosofia, é a área que estuda os valores morais. Reflete sobre o bem e o mal, o que é certo ou errado e procura responder, por exemplo, se os fins justificam os meios ou os meios justificam os fins. A partir de Sócrates (470 a.C-399 a.C.), a filosofia passa a se ocupar de problemas relativos ao valor da vida, ou seja, das virtudes. O primeiro a organizar essas questões é Aristóteles. Em sua obra destacam-se os estudos da relação entre a ética individual e a social e entre a vida teórica e a prática. Ele também classifica as virtudes. A justiça, a amizade e os valores morais derivam dos costumes e servem para promover a ordem política. A sabedoria e a prudência estão vinculadas à inteligência ou à razão. Ética cristã Na Idade Média predomina a ética cristã, impregnada de valores religiosos e baseada no amor ao próximo, que incorpora as noções gregas de que a felicidade é um objetivo do homem e a prática do bem, um meio de atingi-la. Para os filósofos cristãos, a natureza humana tem destino predeterminado e Deus é o princípio da felicidade e da virtude. Os critérios de bem e mal estão vinculados à fé e à esperança de vida após a morte.

Ética iluminista Entre a Idade Média e a Moderna, o italiano Nicolau Maquiavel rompe com a moral cristã, que impõe os valores espirituais como superiores aos políticos. Defende a adoção de uma moral própria em relação ao Estado. O que importa são os resultados, e não a ação política em si. Por isso, considera legítimo o uso da violência contra os que se opõem aos interesses estatais. Maquiavel influencia o inglês Thomas Hobbes (1588-1679) e o holandês Benedito Spinoza (1632-1677), pensadores modernos extremamente realistas no que se refere à ética.

Nos séculos XVIII e XIX, o francês Jean-Jacques Rousseau e os alemães Immanuel Kant e Friedrich Hegel (1770-1831) são os principais filósofos a discutir a ética. Segundo Rousseau, o homem é bom por natureza e seu espírito pode sofrer aprimoramento quase ilimitado. Para Kant, ética é a obrigação de agir segundo regras universais, comuns a todos os seres humanos por ser derivadas da razão. O fundamento da moral é dado pela própria razão humana: a noção de dever. O reconhecimento dos outros homens, como fim em si e não como meio para alcançar algo, é o principal motivador da conduta individual. Hegel divide a ética em subjetiva ou pessoal e objetiva ou social. A primeira é uma consciência de dever; a segunda, formada por costumes, leis e normas de uma sociedade. O Estado reúne esses dois aspectos em uma "totalidade ética".

Nietzsche critica a moral tradicional, derivada da religião judaico-cristã, pelo fato de subjugar os instintos e as paixões à razão. Essa é a "moral dos escravos", que nega os valores vitais e promove a passividade e o conformismo, resultando no ressentimento. Em oposição a ela, propõe a "transvaloração de todos os valores", que funda a "moral dos senhores", preconizando a capacidade de criação, de invenção, de potência. O ser humano que assim consegue superar-se é o super-homem, o que transpõe os limites do humano.

Ética contemporânea A valorização da autonomia do sujeito moral leva à busca de valores subjetivos e ao reconhecimento do valor das paixões, o que acarreta o individualismo exacerbado e a anarquia dos valores. Resulta ainda na descoberta de várias situações particulares com suas respectivas morais: dos jovens, de grupos religiosos, de movimentos ecológicos, de homossexuais, de feministas, e assim por diante.

Essa divisão leva ao relativismo moral, que, sem fundamentos mais profundos e universais, baseia a ação sobre o interesse imediato. É dentro dessa perspectiva que o filósofo inglês Bertrand Russell (1872-1970) afirma que a ética é subjetiva, não contendo afirmações verdadeiras ou falsas. Defende, porém, que o ser humano deve reprimir certos desejos e reforçar outros se pretende atingir a felicidade ou o equilíbrio. Como reação a essas posições, o novo iluminismo, representado por Jürgen Habermas (1929-), desenvolve a Teoria da Ação Comunicativa, dentro da qual fundamenta a ética discursiva, baseada em diálogo, por sujeitos capazes de se posicionar criticamente diante de normas. É pelo uso de argumentos racionais que um grupo pode chegar ao consenso, à solidariedade e à cooperação.

Original em:
http://www.algosobre.com.br/sociofilosofia/etica.html

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