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sábado, 24 de julho de 2010

Lula espanta os turistas de 2014

Lula desconstruiu o projeto do Ministério do Turismo para Copa de 2014 durante discurso na África – diz reportagem da UOL . Quando a Copa do Mundo está sendo encerrada, o país que sediará a próxima aproveita a presença da imprensa internacional, reunida para o evento, para vender o próximo país em termos turísticos. O Ministério do Turismo tentou fazer isso na África do Sul, mas Lula, bêbado(sic) e irreverente, fez um inesperado discurso “espanta turista”, de improviso, que seria cômico se não fosse trágico.

Toinho de Passira
Fontes: UOL – Copa do Mundo, Besta Fubana

Quem tem um presidente como Lula, não precisa de inimigo. O Ministério do Turismo preparou em Johanesburgo (África do Sul)um evento, que deve ter custado alguns milhões, para enaltecer as possibilidades turísticas na Copa de 2014, o tema internacional da campanha é “Brazil is Calling You” (O Brasil está lhe chamando) aproveitando a presença da mídia internacional.

Na hora do discurso o presidente apareceu bêbado, mais do que o usual, e resolveu improvisar. Em minutos, estragou tudo que havia sido planejado.

Um vexame que por certo causou prejuízos incalculaveis. Turismo é um dos itens mais importante de quem sedia uma Copa do Mundo, já que os dividendos da parte esportiva do evento é quase todo destinado a FIFA e as Federações que estão participando do evento.

Os jornalistas Alexandre Sinato, Bruno Freitas e Mauricio Stycer que fazem a cobertura da Copa para a UOL, dizem no texto que “De princípio Lula alertou os estrangeiros sobre o risco de ser mordido por “uma sucuri destreinada”, disse que os brasileiros não sabem inglês mas são bons na arte de “mimicar”, garantiu que o país é tão bem servido de homens quanto de mulheres e lamentou que as pessoas vão ao cinema e na volta não encontram o carro, porque foi roubado.

A cerimônia com a presença do presidente ocorreu num espaço montado pelo governo, num centro de convenções, no coração de Johanesburgo. Lula passou um tempo folheando o discurso preparado para o evento. Mas deixou-o de lado e arrancou gargalhadas já ao mencionar as autoridades presentes. Chamou o prefeito Eduardo Paes, do Rio de Janeiro, de governador, corrigiu-se, mas acrescentou, rindo: “Mas um dia vai ser. Um dia vai ser”.

Lula elogiou a beleza do brasileiro. E observou, com aquele seu estilo filosófico próprio:

“Quando eu falo em beleza, vocês têm que compreender que para cada sapo tem uma sapa. Ninguém fica sem seu par”.

Em seguida, o presidente fez uma digressão sobre os motivos que impedem o brasileiro de ir ao cinema. Queria fazer um paralelo com a dificuldade de levar turistas estrangeiros ao Brasil. E disse:

“O cidadão vai ao cinema e depois quando vai buscar o carro, roubaram”.

Ao falar das belezas naturais do país, Lula mencionou especialmente o Amazonas, o Pantanal e a Chapada Diamantina.

“A floresta mais incrível do mundo, rios maravilhosos, mas tem que ser de maneira ordeira. Se sair da linha, uma sucuri destreinada vai pegar vocês”.

O presidente também divertiu o público ao falar que o turista que for para o Nordeste vai encontrar um povo muito acolhedor, mas que não sabe falar inglês.

“Mas tem a grande capacidade de fazer mímica. É a capacidade de mimicar do povo brasileiro”.

Dirigindo-se a Marco Aurélio Garcia, assessor especial para assuntos internacionais, Lula perguntou:

“Esse verbo existe?” E ouviu um não, mas o verbo existe segundo o dicionário Houaiss.

Lula encerrou o improviso lendo a última frase do discurso preparado para ser lido.

“Eu ia ler meu discurso, mas não li. Então vou ler só a última frase. O Brasil está te chamando. Celebre a vida aqui”, disse, fazendo graça.

sexta-feira, 4 de maio de 2007

Discurso do embaixador do México


Um discurso feito pelo embaixador Guaicaípuro Cuatemoc, de ascendênia indígena, defendendo o pagamento da dívida externa do seu país, o México, embasbacou os principais chefes de Estado da Comunidade Européia.
A conferência dos chefes de Estado da União Européia, Mercosul e Caribe, em maio de 2002, em Madri, viveu um momento revelador e surpreendente: os chefes de Estado europeus ouviram perplexos e calados um discurso irônico, cáustico e de exatidão histórica que lhes fez Guaicaípuro Cuatemoc.
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"Aqui estou eu, descendente dos que povoaram a América há 40 mil anos, para encontrar os que a "descobriram" só há 500 anos. O irmão europeu da aduana me pediu um papel escrito, um visto, para poder descobrir os que me descobriram. O irmão financista europeu me pede o pagamento -ao meu país - com juros, de uma dívida contraída por Judas, a quem nunca autorizei queme vendesse. Outro irmão europeu me explica que toda dívida se paga com juros, mesmo que para isso sejam vendidos seres humanos e países inteiros sem pedir-lhes consentimento.Eu também posso reclamar pagamento de juros. Consta no "Arquivo da Cia. das Índias Ocidentais" que, somente entre os anos 1503 e 1660, chegaram a São Lucas de Barrameda 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata provenientes da América. Teria sido isso um saque? Não acredito, porque seria pensar que os irmãos cristãos faltaram ao sétimo mandamento! Teria sido espoliação? Guarda-me Tanatzin de me convencer que os europeus, como Caim, matam e negam osangue do irmão. Teria sido genocídio? Isso seria dar crédito aos caluniadores, como Bartolomeu de Las Casas ou Arturo Uslar Pietri, que afirmam que a arrancada do capitalismo e a atual civilização européia se devem à inundação de metais preciosos tirados das Américas.Não, esses 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata foram o primeiro de tantos empréstimos amigáveis da América destinados ao desenvolvimento da Europa. O contrário disso seria presumir a existência de crimes de guerra, o que daria direito a exigir não apenas a devolução,mas indenização por perdas e danos. Prefiro pensar na hipótese menos ofensiva.Tão fabulosa exportação de capitais não foi mais do que o início de um plano MARSHALL MONTEZUMA, para garantir a reconstrução da Europa arruinada por suas deploráveis guerras contra os muçulmanos, criadores da álgebra, da poligamia, e de outras conquistas da civilização. Para celebrar o quinto centenário desse empréstimo, podemos perguntar: os irmãos europeus fizeram uso racional responsável ou pelo menos produtivo desses fundos? Não. No aspecto estratégico, dilapidaram nas batalhas de Lepanto, em navios invencíveis, em terceiros reichs e várias formas de extermínio mútuo. No aspecto financeiro, foram incapazes, depois de umamoratória de 500 anos, tanto de amortizar o capital e seus juros quanto independerem das rendas líquidas, das matérias-primas e da energia barata que lhes exporta e provê todo o Terceiro Mundo.Este quadro corrobora a afirmação de Milton Friedman, segundo a qual uma economia subsidiada jamais pode funcionar e nos obriga a reclamar-lhes, para seu próprio bem, o pagamento do capital e dos juros que, tão generosamente, temos demorado todos estes séculos em cobrar. Ao dizer isto, esclarecemos que não nos rebaixaremos a cobrar de nossos irmãos europeus, as mesmas vis e sanguinárias taxas de 20% e até 30% de juros ao ano que os irmãos europeus cobram dos povos do Terceiro Mundo. Nos limitaremos a exigir a devolução dos metais preciosos, acrescida de ummódico juro de 10%, acumulado apenas durante os últimos 300 anos, com 200 anos de graça. Sobre esta base e aplicando a fórmula européia de juros compostos, informamos aos descobridores que eles nos devem 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata, ambas as cifras elevadas à potência de 300, isso quer dizer um número para cuja expressão total será necessária expandir o planeta Terra. Muito peso em ouro e prata... quanto pesariam se calculados em sangue?Admitir que a Europa, em meio milênio, não conseguiu gerar riquezas suficientes para esses módicos juros, seria como admitir seu absoluto fracasso financeiro e a demência e irracionalidade dos conceitos capitalistas. Tais questões metafísicas, desde já, não inquietam a nós, índios daAmérica. Porém, exigimos assinatura de uma carta de intenções que enquadre os povos devedores do Velho Continente e que os obriguem a cumpri-la, sob pena de uma privatização ou conversão da Europa, de forma que lhes permitam entregar suas terras, como primeira prestação de dívida histórica..."
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Quando terminou seu discurso diante dos chefes de Estado da Comunidade Européia, o Cacique Guaicaípuro Guatemoc não sabia que estava expondo uma tese de Direito Internacional para determinar a verdadeira dívida externa. Agora resta que algum governo latino-americano tenha a dignidade e coragem suficiente para impor seus direitos perante os tribunais internacionais. Os europeus teriam que pagar por toda a espoliação que aplicaram aos povos que aqui habitavam, com juros civilizados.

Publicado no Jornal do Comércio - Recife/PE

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