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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Os mistérios & a maçonaria

MAÇONARIA ORIGENS INICIÁTICAS - 24 - OS HERMETISTAS - OS FILÓSOFOS DESCONHECIDOS, OS MARTINISTAS E OS ALQUIMISTAS

MAÇONARIA
ORIGENS INICIÁTICAS
24
OS HERMETISTAS
OS FILÓSOFOS DESCONHECIDOS, OS MARTINISTAS E OS ALQUIMISTAS

Os Filósofos Desconhecidos (*) pertenceram a uma Ordem espiritualista que foi fundada em 1773. Longe de pensar como os Francos Maçons modernos, eram, sobretudo, místicos e, em certos casos, iluminados. Estes adeptos, dos quais, alguns eram recrutados nos altos graus da Maçonaria oficial, conheciam as forças das quais o homem pode tornar-se senhor, ao redor de si, aquelas que pode captar na Natureza superior e aquelas que pode desenvolver em si mesmo. Entregaram-se a todas as ciências chamadas ocultas; a magia era-lhes conhecidas e a maioria deixou-nos trabalhos especialmente no que concerne à alquimia.
Como em todas as iniciações sérias, os segredos não eram revelados senão a meio e à medida que se manifestavam disposição em tirar um partido útil e a penetrar os arcanos místicos que se compunham o seu ensinamento.
Entre os Filósofos Desconhecidos, a iniciação comportava doze graus, dos quais, os três primeiros tinham a mesma denominação que na Franco Maçonaria. Aprendiz, companheiro e Mestre. Vinham em seguida: 4º) Eleito; 5º) Mestre Escocês; 6º) Cavaleiro do Oriente; 7º) Cavaleiro Rosa Cruz; 8º) Cavaleiro do Templo; 9º) Filósofo Desconhecido; 10º) Filósofo Sublime; 11º) Iniciado; 12º) Filaleto ou Amigo da Verdade. 
Esta Organização dos Filósofos Desconhecidos entregava-se, sobretudo, à pesquisa das transmutações e considerava que o ser humano, em sua evolução iniciática, deve seguir etapas análogas às transformações que sofre a Pedra Filosofal, antes de recompensar os esforços daquele que a descobre. É neste espírito que ela dividiu os trabalhos da Pedra em doze estados que se aproximam de cada um dos doze graus que enumeramos.
O grau de Aprendiz corresponde à Calcificação da pedra que, como esta primeira iniciação, se prende à matéria bruta; o grau de companheiro corresponde à Dissolução Secreta; o de Mestre à Separação dos Elementos; o eleito, cuja iniciação corresponde ao que os antigos alquimistas chamam a Conjunção Matrimonial; o Mestre Escocês, à Putrefação; o Cavaleiro do Oriente, à Coagulação; o Cavaleiro Rosa Cruz, à Incineração; o cavaleiro do Templo, à Sublimação; o Filósofo Desconhecido, à Fermentação; O filósofo Sublime, à Exaltação; o Iniciado, à Multiplicação. Enfim, o Filaleto ou amigo da Verdade, à Projeção.
Sabe-se que a Pedra Filosofal, é o corpo hipotético que tem a propriedade de transmutar em ouro, todo o metal que fosse posto em contato com ela em certas ocasiões. É, pois, natural que o grau supremo, o de Filaleto, corresponda à Perfeição da pedra em estado de ser projetada sobre o metal inferior, para mudá-lo em ouro, pois, o iniciado tem por missão, de mudar o homem inferior que se colocou em condições convenientes, em Ouro Solar, fazê-lo elevar-se a uma vida nova, fazendo-o percorrer, mais ou menos rapidamente, os estágios que separam a Calcinação da Perfeição.

(*) Os Filósofos Desconhecidos, hoje estão incorporados na Tradicional Ordem Martinista.   

OS MARTINISTAS

Os Martinistas separaram-se da Maçonaria ao fim do século XVIII. Discípulos de Martinez de Pasqually e de Claude de Saint Martin, os Martinistas têm, sobretudo, visto na iniciação, a volta a uma iniciação espiritualista e esotérica. Claude de Saint Martin renunciou mesmo à teurgia, que se manifestou entre o seu antepassado e iniciador. Quis atingir toda iluminação e a graça de Deus, merecida para uma vida exemplar. Não nos estenderemos sobre esta Ordem que soube inspirar ao gênio de Balzac, os seus romances místicos, especialmente “Luis Lambert”, porque “Seráfita” tem mais iluminismo Swedenborgiano.
Qual é a base da Iniciação Martinista? O ritual desta Ordem nos diz nestes termos:
“Encerra a filosofia do Nosso Venerável Mestre, baseada essencialmente sobre teorias tiradas do Egito por Pitágoras e sua Escola. Contém, em seu simbolismo, a chave que abre o mundo dos espíritos, que não está fechado; segredo inefável, incomunicável, unicamente compreensível ao verdadeiro adepto”.
“Esta trabalho não profana a santidade do véu de Isis pelas imprudentes revelações. Porque só aquele que é digno e que é versado na história do hermetismo, de suas doutrinas, de seus ritos, de suas cerimônias e de seus hieróglifos, poderá penetrar a secreta, mas real significação do pequeno número de símbolos oferecidos à meditação do Homem do Desejo”. (Ritual e Ordem Martinista).
Os Martinistas deixam-se entrever, mas não se entregam aos simples curiosos.
Sua iniciação é graduada segundo as capacidades daquele que deve seguir todas as fases de seu ensinamento, antes de chegar aos graus supremos. É este sentimento que podemos extrair do discurso de recepção pronunciado por Stanislas de Guaita, em sua celebração do terceiro grau, discurso que encontramos no “Seuil Du Mistère”:
“Nós te iniciamos; o papel dos Iniciadores deve limitar-se aí. Se vem de ti mesmo à inteligência dos Arcanos, merecerás o título de Adepto; mas compreendas bem: Em vão os sábios mestres desejar-te-ão revelar as fórmulas supremas da ciência e do poder mágico; a Verdade Oculta não se transmite em um discurso: cada um deve evocá-la, criá-la e desenvolvê-la em si mesmo”.
“Tu és Iniciatus: aquele que outros puseram sobre a Senda: esforça-te para vires a ser Adeptus; aquele que conquistou a Ciência por si mesmo; é, em uma palavra, o filho de suas obras”.
A iniciação Martinista, assim compreendida, não pode avançar sem provas, e estas provas nada têm de comum com aquelas da Franco Maçonaria; levam sobre os poderes psíquicos do futuro adepto a sua capacidade em guardar um segredo e, sobretudo, ainda seu grau de evolução intelectual e anímica.
O Martinismo é uma escola de alto hermetismo e não se abre senão a muito poucas pessoas, preferindo a qualidade à quantidade, como toda associação que não deseja ter nenhuma ação política e que, se pensa em operar socialmente, prefere elevar a multidão para uma seleção do que fazer descer a elite para a multidão.
O discurso de Stanislas de Guaita, que nós podemos citar em seu todo, porém, que merece estudo e reflexão, desenvolve esta doutrina que a Iniciação é certamente o resultado de um ensinamento, tendo, todavia, em seu desenvolvimento uma parte imensa de formação pessoal.
Todo poder concedido pela Natureza ou pela Sociedade deve, para se tornar útil, ser desenvolvido e adaptado à sua formação para aquele que foi beneficiado.     

OS ALQUIMISTAS

A alquimia é a ciência das transmutações.
Pernety definiu-a assim: É a arte de trabalhar com a natureza sobre os corpos, para se aperfeiçoar.
Em todos os tempos, os pesquisadores levavam os estudos sobre dois pontos principais: A transmutação dos metais e a fabricação de um elixir de longa vida, que seria uma fonte de juventude e, ao mesmo tempo, uma medicina universal.
Em seu estudo sobre a Grande Obra, Grillot de Givry expõe assim este ensino: “é uma alquimia transcendental, é a alquimia de si mesmo”.
Efetivamente, a personalidade do homem é infinitamente perfectível e sua evolução não tem outro fim, senão o de processar a aproximação da Divindade. É necessário, pois, àquele que quer fazer obra transcendente, tornar-se outro homem, estudar em si mesmo, as suas possibilidades, os defeitos de sua harmonia, para destruí-los e aproximá-los da harmonia soberana à qual se adapta. 
É quando este acordo se realiza de um modo absoluto, que o homem terá acabado a sua evolução.
Para purificar o vil metal é preciso acender o atanor dos alquimistas, submeter a matéria ao Fogo do Espírito, de tal maneira que ela se encontre purificada pela lenta combustão de suas impurezas e de suas escórias.
A obra alquímica é sempre lenta, seja operada no laboratório ou na nossa personalidade.
“Tu possuis – diz Grillot de Givry, dirigindo-se ao discípulo – tu possuis um tesouro imenso de forças ocultas que ignoras, forças consideráveis e invencíveis, depositadas em ti e que ultrapassam todas as forças corporais; aprende a servir-te, a fazê-las obedecer a tua vontade, a tornar-te absolutamente senhor”.
O ser purificado de todo pensamento mau deve procurar, pois, as forças vivas.
Pode-se auxiliar, certamente, mas esta transmissão de poderes faz-se por uma palavra, por um talismã, por uma varinha? Não, diz o adepto, e continua esta instrução que pode servir de modelo para a alquimia interior.
“Aprende, ao contrário, que tal poder não te será conferido senão por uma laboriosa e lenta cultura das forças psíquicas, subsistindo em ti em estado latente”.
“É preciso abstrair-te em uma vida superior, exaltando poderosamente a tua vontade. Eleva em torno de ti mesmo, como uma muralha que retém e emana de ti para as coisas sensíveis, encerra-te na cidadela hermética, de onde sairás, um dia, invulnerável”. 
Tal é o verdadeiro ensinamento iniciático que se oculta nos velhos receituários alquímicos. É preciso primeiramente desenvolver em si, todas as energias superiores que substituirão os maus instintos, destruídos não sem combate.
Em seguida, tendo aspirado conscientemente as forças superiores, depois de as ter assimiladas, o adepto poderá irradiá-las para aqueles que pedem o seu auxílio, seja para a cura do corpo, seja para o socorro da alma, que tem seus males, suas dores, suas quedas e que nós temos o dever de auxiliar à própria evolução, se quisermos ser dignos do bem superior que nos foi concedido.

PEDRO NEVES .’. MI .’. 33 .’. MRA 
Sites maçônicos: 
www.pedroneves.recantodasletras.com.br

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Pedro Neves

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quarta-feira, 15 de abril de 2009

O que é a Maçonaria?

A origem da Maçonaria se perde através das infinitas muralhas do tempo. Remonta ao berço da sociedade humana. Volve ao tempo dos primeiros ciclos da civilização.
Orientada para a utilidade sensorial e as conveniências morais do gênero humano, desde eras imemoriais, pois veio existindo a Sublime Instituição Maçônica. Nunca foi e nem será de nenhum país: não é francesa, nem escocesa, nem americana ou inglesa, tampouco hebraica ou egípcia. Por isso, não pode também ser sueca em Estocolmo, prussiana em Berlim, turca em Constantinopla, lusa em Lisboa ou brasileira em Brasília. É uma Instituição Una, Universal. Tem muitos centros de ação, mas um só de unidade, resultante da sua unidade doutrinária, imutável no perpassar dos séculos. Se ela tivesse perdido esse caráter de unidade e universalidade, já haveria deixado de existir.
Isso não impede, todavia, que ela se revista de certos aspectos peculiares em cada país, derivantes dos fatores históricos, sociais e econômicos do ambiente em que atue.
Reunindo a totalidade dos seus filiados num perfeito e disciplinado corpo de aparelhamento social, a Maçonaria logrou se manter em atividade profícua pelas civilizações em fora, mostrando-se sempre no seu caráter de organização indefectível e fazendo com que o seu benéfico raio de ação abrangesse todas as conquistas da espécie humana.
Nos dias do pretérito, por exemplo, na época dos magos egípcios, já a Maçonaria estava implantada na superfície da Terra. Gozava do elevado conceito de uma Academia de Evolução gradativa, atuante nos diversos setores de sua atividade. O alcance dessa mira de aperfeiçoamento para a harmonia do conjunto, ela o desenvolvia mediante as sugestões decorrentes das suas ensinanças do momento.
Na sua trajetória gloriosa, tomou as denominações de "ORDEM DOS GUARDAS DA LEI DAS DOZE TÁBUAS", "ORDEM DOS ESSÊNIOS", "ORDEM DOS TEMPLÁRIOS", "ORDEM DO CARDO", "ASSOCIAÇÃO DOS PEDREIROS-LIVRES", e outras mais.
O reflexo da atual Maçonaria deve ter feito sentir-se nos tempos de Moisés, na Palestina dos Romanos e no Continente do Velho Mundo.
O vocábulo - Maçonaria - derivou do termo françês - maçon - que traduzido para o português, quer dizer - "pedreiro". Eis como se justifica o motivo dos maçons serem conhecidos como "pedreiros-livres".
Os antigos pedreiros de profissão da Europa exerciam seus misteres isoladamente. Com o perpassar dos tempos, dado o personalismo envolvente de suas atividades profissionais, reconheceram as irrefutáveis vantagens de se associarem para melhor proveito na defesa de seus direitos. Resolveram, então, formarem-se em Sociedade, à qual emprestaram o nome simbólico de Maçonaria.
Essa Maçonaria da qual foram os mesmos pioneiros teve a princípio um caráter apenas operativo. Uma vez agrupados e constituídos em sociedade, começaram logo a ser procurados por outros de funções diferentes, tais como arquitetos, carpinteiros, pintores etc. Então, estes propuseram-lhes uma união na qual se estruturaria o fortalecimento da Associação.
Mas, para que a Sociedade recém-criada pudesse perdurar e progredir, impondo-se como força viva no seio de todas as esferas de relações, tornou-se necessário que lhe emprestassem um cunho místico, dirigido para todas as posteridades.
Não foi difícil a resolução adequada para tem problema: à lembrança dos seus adeptos acudiu a existência da "Ordem dos Templários", cujo prestígio era insofismável. Na adaptação ao método da dita "Ordem" entrou o regime dos símbolos, ligando-se, assim, à tradição dos Templos. Desse modo, surgiu a Maçonaria moderna sem se divorciar de nenhuma formalidade das praticadas nos Templos dos mistérios egípcios, essênios e templários. Escavar e origem dos citados mistérios é cousa muito trabalhosa. Orientando-se, entretanto, pelas lendas mais em voga, as raízes de tais mistérios foram reveladas no campo da Maçonaria e tradicionadas na construção do famoso TEMPLO DE SALOMÃO. Estendendo-se mais um pouco a investigação, descobrir-se-á que elas foram identificadas em leves traços indiciários também nos antigos ritos dos povos orientais.
Colocadas à margem, essas lendas, para se aprofundar nos registros da história, serão, outrossim, encontradas nas práticas das classes sacerdotais dos antigos persas, assírios e gregos-latinos, estudantes dedicados da filosofia de vida, das mutações da natureza e das influências dos astros. Fácil será descobrir, ao mesmo tempo, que os mencionados sacerdotes houveram por bem convencionar vários símbolos e sinais que ficaram eternizados nas esculturas de seus Templos, hoje oferecidos à apreciação dos adeptos da Maçonaria.
Dócil aos intuitos de progresso, as fileiras das primitivas associações dos pedreiros-livres foram-se avolumando; ante a evidência de tal fato, em outras nações foram sendo fundadas associações congêneres, funcionando sob os auspícios do Grande Arquiteto dos Mundos. Templos foram erigidos em muitas localidades, aos quais deram denominações de Lojas.
Os mestres construtores e dirigentes de tais associações passaram a aceitar, como membros honorários delas, patrões e pessoas de reconhecida cultura intelectual ou de posses financeiras abonadas.
Muito embora se tratasse de estranhos às profissões dos fundadores, eram adotados e recebidos com bons augúrios, desde que se confessassem atraídos pela beleza dos programas operativos e doutrinários por eles abraçados.
Em conseqüência, naqueles Templos ombreavam-se criaturas de todas as raças e crenças, como que ancoradas num mesmo porto de segurança e em busca da pérola mística da fraternidade.
Dentro de suas paredes, reuniam-se, galhardamente, hindus, com sua incredulidade neste mundo e sua crença inquebrantável na vida futura; budistas, com sua percepção de vida eterna, sua compaixão sem limites de sua mansidão irremovível; maometanos, com sua sobriedade patriarcal, seus dogmas e preceitos do AL-CORAN; judeus, com sua fidelidade férrea do Deus Único, tanto nos bons como nos maus dias; cristãos, com sua temeridade ao Altíssimo, transubstanciados no Amor Crístico, e espiritualista, com seu interesse peculiar pelos mortos e os vivos etc.
Desse modo, para o seio dos "maçons antigos" marcharam os "maçons aceitos". Dentre estes, obteve destaque especial um grande Marechal-General escocês, chamado Roberto Moray, que conseguiu, pela sua influência pessoal, conquistar a cooperação de um outro escocês, de renome, Elias Ashmole, arqueólogo de notável saber. Esses dois vultos, decorrido algum tempo, imprimiram grandes reformas nos estatutos da associação e estabeleceram-lhes um novo método de funcionamento, criando a liturgia ritualista.
Dessa forma, a Sociedade mudou sua designação anterior: passou a ser conhecida por Maçonaria Escocesa Antiga e Aceita.
Maçonaria, por ter sido começada por pedreiros.
Escocesa, porque seus primeiros orientadores intelectuais foram dessa nacionalidade.
Antiga, porque nela continuaram os antigos fundadores.
Aceita, visto serem nela admitidos elementos estranhos às profissões dos primitivos associados.
Em virtude do seu novo método de orientação, permanecem estacionários os ideais da Maçonaria Alta, por algum tempo. Com a evolução dos conhecimentos de grande maioria dos associados, um outro programa se impôs: passou ela a tratar do estudo das ciências, das artes, da moral e do progresso da humanidade. Então, foram organizados corpos de doutrina, e suas atenções depositadas nos intuitos de preparação dos seus filiados no apostolado do Bem, das Virtudes, da Luz e da Verdade, advindos dos elevados tirocínios das antigas iniciações. Aí, começou então o declínio da sua feição inicial, para ser constituída a Grande Sociedade, que hoje é bastante conhecida.
Tornou-se, verazmente, numa verdadeira academia de sentido moral, a expandir a mais pura de todas as filosofias. Passou a ser um pequeno mundo ideológico implantado no grande mundo geológico: a Instituição Orgânica da moralidade.
Fiel às suas finalidades, veio construindo seus Templos, até os dias vertentes, sem nenhuma tropelia, imbuída dos mais elevados princípios e tendo por roteiro várias doutrinas transfundidas num único ideal. Nesses Templos, são esquecidas as preocupações mundanas, os receios atribuladores; perdoam-se os agravos, avivam-se as esperanças e suavizam-se as asperezas da vida. São Templos Augustos do Amor divinizado e da fina educação cívica, verdadeiros retiros silenciosos dos homens de boa vontade.
A sua universalidade, o seu cosmopolitismo, a sua moral sã e seus princípios salutares, tão belos como a criação, são apresentados em suas Lojas, para o bem de todas as almas humanas.
A Maçonaria proclama, desde a sua origem, a existência de um Princípio Criador, ao qual, em respeito a todas as religiões, denomina Grande Arquiteto do Universo;
A Maçonaria não impõe limites à investigação da verdade e, para garantir essa liberdade, exige de todos a maior tolerância;
A Maçonaria é acessível aos homens de todas as raças, classes e crenças, quer religiosas quer políticas, excetuando as que privam o homem da liberdade de consciência, da manifestação do pensamento, restrinjam os direitos e a dignidade da pessoa humana e exijam submissão incondicional;
A Maçonaria além de combater a ignorância em todas as suas modalidades, constitui-se numa escola, impondo-se o seguinte programa:
a) obedecer às leis democráticas do Pais;
b) viver segundo os ditames da honra;
c) praticar a justiça;
d) amar o próximo;
e) trabalhar pelo progresso do homem.

A Maçonaria proíbe discussão político-partidária e religioso-sectária em seus Templos.
A par dessa definição a Maçonaria, também, proclama os seguintes princípios:
  • Amar a Deus, a Pátria, a Família e a Humanidade;
  • Defender os direitos e as garantias individuais;
  • Praticar a beneficência, de modo discreto, sem humilhar;
  • Considerar o trabalho lícito e dígno como dever do homem;
  • Exigir de seus membros boa reputação moral, cívica, social e familiar, pugnando pelo aperfeiçoamento dos costumes;
  • Exigir tolerância para com toda forma de manifestação de consciência, de religião ou de filosofia, cujos objetivos sejam os de conquistar a verdade, a moral, a paz e o bem social;
  • Lutar pelo princípio da eqüidade, dando a cada um o que for justo, de acordo com sua capacidade, obra e méritos;
  • Combater e fanatismo, as paixões, o obscurantismo e os vícios.
Os ensinamentos maçônicos orientam seus membros a se dedicar à felicidade de seus semelhantes, não só porque a razão e a moral lhes impõem tal obrigação, mas também porque esse sentimento de solidariedade os faz irmãos.

FONTES: Livro "AO PÉ DAS COLUNAS' de Luiz Prado
Editora "A Trolha"
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