sábado, 29 de março de 2008

Para Deepak Chopra, sucesso depende de líderes com alma


"Quem almeja apenas dinheiro e poder fracassa no mais importante". Mais do que poder, inteligência e visão, o líder precisa ter alma para triunfar no mundo dos negócios do século XXI. Precisa incorporar no dia-a-dia com seus liderados fortes sentimentos de motivação e deixar de lado ações egocêntricas e de ambição pessoal que, cedo ou tarde, levam ao fracasso. Na opinião de Deepak Chopra, médico indiano radicado nos Estados Unidos e um dos mais requisitados gurus da atualidade - 27 livros publicados com mais de 10 milhões de cópias vendidas em todo o mundo -, é uma questão de evolução natural. "Antes, a lei era da sobrevivência dos mais fortes, agora será a dos mais sábios", disse ele ontem, em São Paulo, numa palestra que reuniu pouco menos de 4,5 mil pessoas presentes à ExpoManagement - 2002.

Convidado para falar sobre liderança, Chopra trouxe ao Brasil uma amostra de seu mais recente trabalho na área, "A Alma da Liderança", programa que consta da grade da renomada Kellogg School of Management (Estados Unidos) para o próximo ano. Embora a receita para a criação do líder perfeito ainda seja um mistério, Chopra busca decifrá-la combinando sabedoria espiritual com a dinâmica da psicologia moderna. Para ele, o líder é a alma e o coração do grupo, e é visto, aceito e reconhecido pelos membros como tal. "Ele ou ela é o catalisador das mudanças e transformações do grupo, capaz de enxergar diversas linhas de eventos futuros decorrentes de escolhas no presente", disse a uma platéia que revelava em seus rostos um misto de interesse e dúvida.

"Os líderes que entendam a hierarquia das necessidades e respostas terão sucesso", continuou Chopra. "Já aqueles que almejam apenas metas externas, tais como dinheiro, vitória e poder, irão fracassar naquilo que é mais importante: tornar plenas a vida de seus seguidores e a sua própria."

Castro, Hussein e Jesus Cristo

O médico indiano, autor do best seller "As Sete Leis Espirituais do Sucesso", reeditado por 17 vezes e por 63 semanas no topo dos mais vendidos nos Estados Unidos, busca seus (bons e maus) exemplos de liderança na história recente e ontem, durante a palestra, até citou um brasileiro, o prefeito de Curitiba, Jaime Lerner.

Para ele, os líderes Fidel Castro (Cuba), Muammar Khadafi (Líbia), Saddam Hussein (Iraque) e Slobodan Milosovic (ex-presidente da Iugoslávia) personificam a necessidade de sobrevivência e segurança. Como conseqüência de seus atos, disse, sobrevêm atos terroristas, regimes tirânicos, corrupção pública e o crime organizado.Já na lista daqueles que buscam a realização pessoal estão Bill Gates (Microsoft), Margareth Thatcher (ex-primeira ministra da Inglaterra) e magnatas na mídia, como Rupert Murdoch. Para o guru, o outro lado da moeda do sucessos de líderes com esse perfil são corporações supercomprometidas e desgaste pessoal.

Num grau mais elevado estão aqueles que tendem a valorizar a equipe, o trabalho em grupo, como Winston Churchill (ex-primeiro ministro inglês), Magic Johnson (ídolo do basquete norte-americano), Rudolf Giuliani (ex-prefeito de Nova York). O fracasso nesse caso pode vir, segundo Chopra, de aquisições inescrupulosas ou hostis de empresas e o uso da estratégia de dividir para conquistar. Ainda na lista de exemplos de Chopra, as armas nucleares, a guerra biológica, o colapso da internet e as guerras de informação são fracassos - ou respostas inadequadas - à mentes brilhantes como a de Albert Einstein, Thomas Edson e Walt Disney.

As boas intenções de Mahatma Gandhi, Dalai Lama e Martin Luther King, mal interpretadas por seus liderados, resultaram em extremos religiosos e idealistas.

Para Deepak Chopra, apenas Jesus Cristo e Buda escaparam. Pela transcedência.


(Original no site:

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