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Com o novo acelerador de partículas, mais de 5 mil cientistas esperam criar buracos negros e esquadrinhar a origem da matéria.
As pirâmides de Egito e a Grande Muralha da China estão para a Antigüidade, assim como o acelerador de partículas Large Hadron Collider (LHC, ou Grande Colisor de Hádrons) está para a Física do século 21. É o senhor dos anéis: simplesmente a maior máquina do mundo.
Trata-se de um equipamento de proporções descomunais no formato de um anel de 27 quilômetros de circunferência, enterrado a 150 metros de profundidade na fronteira entre a Suíça e a França. São dezenas de milhares de toneladas de dispositivos ultra-sofisticados, todos feitos sob medida, num custo astronômico de mais de 6 bilhões de dólares.
Um empreendimento de tamanha envergadura só poderia ser internacional. São mais de 500 instituições entre universidades, laboratórios e centros de pesquisa de 50 países, num total de cinco mil cientistas e engenheiros. A organização, projeto e construção do LHC estão todos a cargo do Conselho Europeu para a Pesquisa Nuclear (CERN), em Genebra.
Mas para que tantos cérebros convenceram tantos governos a gastar tanto dinheiro numa máquina tão grandiosa. A resposta não é simples, mas se fosse possível resumir numa frase: com o LHC, a comunidade mundial de físicos espera recriar as condições de temperatura e densidade extremas similares àquelas que existiram uma fração de bilionésimo de segundo após o Big Bang, a explosão primordial que deu origem a tudo: matéria, energia, tempo e espaço.
O segredo para esta façanha está no tamanho do anel do LHC. Ao longo de seus 27 quilômetros irão circular em sentidos opostos feixes de átomos de chumbo que irão sendo progressivamente acelerados até atingir 99,9% da velocidade da luz. Para quem não lembra são 300 mil km/s, o suficiente para dar oito voltas em torno da Terra num único segundo. E para acelerar tanto, os feixes devem viajar no interior de tubo cuja temperatura é próxima do zero absoluto, ou seja, 273,15º C abaixo de zero.
Zunindo através do anel nessas condições os átomos ganham uma energia tremenda, e quando isso acontece os dois feixes se chocam frente a frente. O resultado é uma explosão que estilhaça os átomos de chumbo, liberando um zoológico de partículas subatômicas.
O elevador desce suavemente e, em poucos minutos, chega a 100 metros de profundidade, parando na vasta caverna de betão onde está instalado o CMS. É um enorme detector de partículas de cores vivas - verdes, laranjas, amarelos, vermelhos, azuis -, um microscópio gigante que impressiona pelas suas medidas: 21 metros de comprimento, 15 metros de diâmetro e 12.500 toneladas! E não foi nada fácil escavar a caverna que alberga este detector do LHC (Large Hadron Collider), o maior acelerador de partículas do mundo, que tem 27 km de perímetro e vai entrar em funcionamento no dia 10. No local havia um lençol freático que tornava o solo movediço, o que obrigou a medidas drásticas e megalómanas: a terra foi congelada à volta da caverna até que esta estivesse concluída e hoje está suspensa por cabos presos à superfície!
Implantada entre a França e a Suíça, junto ao aeroporto de Genebra, a maior máquina da Terra mostra como a Ciência está cheia de contradições: para observar a matéria à escala do infinitamente pequeno é preciso construir instrumentos gigantes. Mas vale mesmo a pena este esforço desmesurado do CERN (Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear), que tem mobilizado milhares de cientistas? E que já custou mais de €4 mil milhões? Fonte: http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/402584 em especial.
Descobrir alguma coisa nova sempre nós deixa cheio de orgulho,mas me pergunto se não estamos caminhando p/ a nossa propria destruição.
ResponderExcluirpra que tão grande,os menores não davam os resultados desejados,tanto dinheiro gasto neste equipamento e tantas pessoas sem comida na mesa e sem um lar.
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