A indignação, o espanto, a perplexidade, estes "estados de espírito" conduzem-nos à dúvida. Tiram-nos da segurança que os conceitos prontos e acabados nos proporcionam e nos jogam com vigor no tormentoso e incerto mar da filosofia. Afinal de contas, para que?!
Não seria melhor ficar quietinhos em nosso canto, assistindo a passagem das tragédias e tempos? Seríamos apenas espectadores, mas não qualquer um, de preferência, confortavelmente sentados num camarote antiangústia...
Só que decidimos filosofar. Indagar da natureza, e princípio último de todas as coisas. Deu no que deu, vivemos em estado de alerta, atentos a qualquer movimento mundano que provoque nossa infinita capacidade de interrogação.
Transformamos nosso pensar em um:?. E aí, o que ganhamos com isso? Dalmo diria que nada, relativamente nada. E ele continua esclarecendo-nos que todos seres que filosofam, demostram não estarem satisfeitos com sua situação atual, o que os conduz ao trabalho do esforço, da busca do nosso dever-ser. Isto é uma senda feita de luz.
O problema, não o único, mas o inicial, é que a porta desta senda é estreita. Para entrar nela, temos que parir uma mente flexível. Uma mente desta "espécie filosofal", deixou de lado a sensatez, para ser sincero, embrulhou-a bem embrulhada e jogou-a, numa lata de lixo não-reciclável.
Abramos nossos espíritos, deixemos nossas mentes límpidas como um cristal. Amigos e amigas, o século XXI, é aqui e agora.
Original em:
http://www.algosobre.com.br/sociofilosofia/das-condicoes-do-filosofar-perder-a-sensatez.html
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