Mostrando postagens com marcador gaia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador gaia. Mostrar todas as postagens

domingo, 11 de julho de 2010

Gaia Como um Processo Integral

A situação humana de hoje faz aumentar a responsabilidade individual de cada buscador da sabedoria.

Multiplicam-se as evidências de que a fisiologia do planeta Terra – para usar a expressão de James Lovelock, o autor da teoria de Gaia – se acelera cada vez mais a caminho de uma forte mudança. E também de que os processos psicológicos sociais da nossa civilização são afetados e avançam passo a passo junto com a mudança ecológica.

No final de outubro e início de novembro, temporais foram manchetes de jornais no RGS e no DF. No México, um milhão de pessoas estavam atingidas por enchentes. Uma notícia no canal de televisão CNN Internacional mostrou dia 3 de novembro que dois vulcões (grandes fontes de dióxido de carbono) haviam entrado em atividade na Indonésia.

Pelo dia 20 de outubro, a BBC Brasil revelou talvez a notícia mais grave dos últimos anos: cientistas perceberam uma forte redução na capacidade dos oceanos de absorver dióxido de carbono, CO2, um elemento crítico no equilíbrio climático. Os oceanos cobrem dois terços da superficie terrestre e têm a função de manter estáveis os níveis de dióxido de carbono. Mais do que as florestas, eles são responsáveis pela regulação climática e pelo equilíbrio geológico do planeta.

O excesso de dióxido de carbono é determinante na crise ambiental. Durante o ano de 2007, Grécia e Portugal sofreram queimadas de áreas naturais de dimensões inéditas O número de focos de queimadas no Brasil foi maior que em anos anteriores. A Califórnia teve suas áreas naturais queimadas em outubro, com grande prejuízo econômico. Um após outro, furacões têm causado devastação na América Central. Enquanto isso, o consumo de petróleo continua muito alto. Outras fontes de dióxido de carbono estão na grande expansão econômica da China, quase inteiramente movida a carvão, e na euforia econômica da classe média indiana (enquanto a classe pobre continua sem ter o que comer no país de Gandhi).

Estes e outros eventos do mundo físico não são fatos isolados. A rápida queda dos níveis éticos no comportamento dos seres humanos é algo que ocorre em paralelo à crise do ambiente natural. A relação direta entre falta de ética de uma civilização e a sua decadência e crise final está demonstrado à exaustão em obras como “A Doutrina Secreta”, de H. P. Blavatsky, “Wen-tzu”, de Lao Tzu e em vários livros da Bíblia cristã. A ligação direta entre ética humana e os processos ecológicos e geológicos mostra que GAIA é um só processo, simultaneamente espiritual, humano, animal, vegetal e geológico. Estes vários níveis de realidade parecem seguir um mesmo padrão vibratório em que tudo se relaciona. Assim, os períodos de decadência apenas preparam um novo ciclo de renovação e renascimento. Os planos geológico, ecológico, vital, emocional, mental e espiritual são diversos aspectos de um mesmo e único processo indivisível.

Uma mudança já parece inevitável, como escreveu James Lovelock em seu livro “The Revenge of Gaia” (2006). Mas Lovelock não aborda a relação entre o estado de espírito humano e o ecossistema planetário. Isto fica para o ponto de vista teosófico. Os níveis de ansiedade e irresponsabilidade ética que vemos por toda parte ao nosso redor parecem aumentar a cada mês que passa, junto com as notícias de mudança geológica/ecológica. Quem ainda é capaz de dizer que não estamos vivendo uma marcada decadência ética, social e ambiental? Quem teria a coragem de dizer que a velocidade da decadência não é crescente?

Os vários tipos de maus-tratos a crianças tornam-se epidemia e são um entre muitos sintomas do comportamento auto-destrutivo de uma civilização. Tudo o que uma civilização deve fazer, para providenciar sua própria destruição, é contaminar os recursos naturais, destruir florestas, poluir as águas, promover guerras em que se mata a população indefesa, fazer do aborto uma prática frequente e destruir crianças de todas as formas possíveis. Uma grande parte da população mundial está seguindo essa receita. Outra parte da população prepara-se para uma transição que parece inevitável.

Um bom exercício para estudantes de filosofia esotérica consiste em observar com o máximo de isenção e objetividade a atual situação humana, tentando identificar sinais de PERDA DE LUCIDEZ E BOM SENSO, paralelamente à quebra dos parâmetros ambientais e climáticos. Esse exercício permite ficar de fora da tendência decadente, e engajar-se mais integralmente em projetos solidários e construtivos. Tais projetos requerem coragem para aceitar a verdade e uma firme determinação de agir construtivamente, com paciência, de modo durável, evitando ilusões e hipocrisia.

[ Leia mais sobre a crise ambiental planetária e a transição para o novo ciclo na Seção Meio Ambiente do website www.filosofiaesoterica.com .]

Capturado no site: http://bit.ly/ck11BI

segunda-feira, 15 de março de 2010

Alerta Final

Gaia: alerta final - James Lovelock
A hipótese da Terra (Gaia) como um gigantesco Organismo Vivo foi para mim - na década de 80 - uma magnífica, indescritível e inimaginável experiência de quebra paradigmática. Naqueles anos eu mergulhei em leituras impensadas, que vagavam da física quântica às fundamentações antropológicas e ecossistêmicas de nossas mais radicais realidades humanas e planetárias...de fato foram tempos de muita introspecção e de duros ajustes em minhas sinapses e na compreensão consciente das coisas deste Universo!!

Mais uma vez o mesmo mestre de outrora e pai da teoria de Gaia, James Lovelock - hoje com os seus 90 anos - publica um novo livro, na verdade mais um de uma série de alertas, que foi lançado no Brasil no próximo dia 12/01/2010, e nos convida, na verdade nos convoca, nos recruta, para travar duras reflexões sobre o agora da Humanidade e do Planeta Terra : "GAIA: ALERTA FINAL"!!!


Com fortes críticas aos movimentos verdes da atualidade e às decisões políticas das nações frente os desafios inadiáveis das mudanças climáticas inevitáveis, o autor vai fundo na questão da sobrevivência e do prosseguimento da humanidade num mundo instável e caótico, onde o modelo de conforto urbano está com os dias contados e será levado a cabo nos próximos anos e décadas...veja abaixo alguns pequenos trechos do Primeiro Capítulo:

" [...] No Reino Unido, sobrou pouca terra para cultivo e para nos alimentar, mas nós e os refugiados poderemos, de qualquer forma, não ser capazes de o fazer, porque a maioria absoluta de nós é urbana, e praticamente ignora a vida além da cidade, não entendendo que todas as nossas vidas dependem dele. As visões tão íntegras e bem-intencionadas da União Europeia para "salvar o planeta" e promover o desenvolvimento sustentável com o uso apenas de energia "natural" poderiam ter funcionado em 1800, quando havia apenas um bilhão de seres humanos no mundo, mas agora não podemos nos dar a esse luxo. De fato, à sua própria maneira, a ideologia verde que agora parece inspirar o norte da Europa e os Estados Unidos poderá, afinal, ser tão prejudicial ao meio ambiente real quanto o foram as ideologias humanistas anteriores. Se o governo do Reino Unido persistir em forçar os esquemas dispendiosos e nada práticos da energia renovável, em breve descobriremos que quase tudo o que resta da nossa região rural será usado para a produção de biocombustível, geradores de biogás e parques eólicos de escala industrial - tudo isto no exato momento em que precisaremos de todo o campo existente para o cultivo de alimentos. Não se sinta culpado por optar por essa bobagem: um exame mais profundo revela que ela é um elaborado embuste criado pelo interesse de algumas nações cujas economias se enriquecem a curto prazo pela venda de turbinas eólicas, usinas de biocombustível e outros equipamentos energéticos supostamente verdes. Não acredite por um momento sequer na conversa de vendedor de que isso salvará o planeta. A conversa mole dos vendedores tem a ver com o mundo que eles conhecem, o mundo urbano. A Terra real não precisa ser salva. Pôde, ainda pode e sempre será capaz de se salvar, e agora está começando a fazê-lo, mudando para um estado bem menos favorável a nós e outros animais. O que as pessoas querem dizer com o apelo é "salvar o planeta como o conhecemos", e isso agora é impossível.

Os Estados Unidos entendem a ameaça do aquecimento global? Poucos duvidariam de que, no presente momento, os Estados Unidos sejam a nação mais destacada em termos de ciência e invenção - e não há maior prova disso que o computador que está sobre todas as nossas mesas e que, no mínimo, realiza o trabalho outrora feito por um datilógrafo. Os Estados Unidos tiveram um papel importante em sua evolução. Como se não bastasse, temos os pousos na Lua, a exploração de Marte e as frotas de satélites assombrosamente complexos, desde o telescópio Hubble até aqueles que lhe informam exatamente onde você se encontra em qualquer lugar do mundo. Tudo isso e muito mais é um tributo ao know-how americano e sua atitude dinâmica. Mesmo a teoria de Gaia foi descoberta no fértil ambiente do Laboratório de Propulsão a Jato da Califórnia, e o único biólogo que a entendeu e continuou a desenvolvê-la foi a destacada cientista americana Lynn Margulis. Obviamente, avanços em ciência e tecnologia emergiram na Europa na Idade Média e seu centro de excelência se moveu entre as nações. Em tecnologia e teoria computacionais, Babbage, Ada Lovelace e o mais trágico entre os homens, Alan Turing, fizeram, todos, o trabalho de base aqui, no Reino Unido. Turing foi aquele que, com seu grupo, construiu o primeiro aparelho computacional sério e o utilizou para decifrar o código inquebrável dos nossos inimigos de tempo de guerra. Mas isso foi naquela época. Agora, os Estados Unidos são o centro da ciência.

Faço este elogio solene aos Estados Unidos da América por estar perplexo: apesar de sua excelência científica, eles, entre todas as nações, foram os mais lentos em perceber a ameaça do aquecimento global. Duvido que essa ignorância inesperada tenha alguma ligação com o fato de o uso per capita americano de combustível fóssil, uma fonte de dano climático, ser maior que em qualquer outro lugar. Considero-a mais uma consequência de a maioria dos cientistas americanos, à sua maneira francamente bem-sucedida e reducionista, considerar a Terra algo que eles poderiam melhorar ou controlar; parece que eles a veem como nada mais que uma bola de rocha umedecida pelos oceanos e situada dentro de uma tênue esfera de ar. Até parece que consideram Marte um planeta a ser desenvolvido quando a Terra não for mais habitável. Não veem a Terra como um planeta vivo que regula a si próprio.

Políticos do mundo desenvolvido reconhecem a mudança climática, mas suas políticas ainda estão no século XX, fundamentadas nos conselhos de lobistas dos ambientalistas e daqueles da comunidade empresarial, que enxergam um enorme lucro no curto prazo vindo de planos energéticos subsidiados. Eles raramente parecem agir sob as recomendações de seus consultores científicos. Em Bali, líderes políticos acordaram em cortar as emissões de carbono em 60% até 2050. De onde é que eles tiraram a ideia de que poderiam fazer uma política para um mundo com mais de quarenta anos de antecedência? É improvável que políticas baseadas em extrapolação injustificável e dogmas ambientais evitem a mudança climática, e não deveríamos sequer tentar implementá-las. Em vez disso, nossos líderes deveriam se concentrar imediatamente na sustentação de suas próprias nações como um habitat viável; poderiam ser inspirados a fazê-lo não apenas por causa de um interesse nacional egoísta, mas como capitães dos botes salva-vidas que suas nações poderiam vir a ser. No início de 2008, o governo do Reino Unido finalmente anunciou um programa para a construção de novas centrais energéticas nucleares. Certamente espero que essa não seja outra das falsas promessas que caracterizaram tantas das eloquentes declarações do governo Blair. Energia nuclear é, de longe, o meio mais efetivo de reduzir a emissão de dióxido de carbono, mas não é esse o motivo mais importante para que rivalizemos com a França e passemos a produzir eletricidade a partir de urânio. O importante é que as cidades exigem um fornecimento constante e econômico de eletricidade que até recentemente veio do carvão e do gás, mas esses recursos estão agora em declínio e não deixam nenhuma alternativa além da energia nuclear. As megacidades que estão começando a emergir demandarão enormes fluxos de eletricidade e somente uma vigorosa e rápida expansão da energia nuclear poderá satisfazê-los num futuro próximo. Essa necessidade se intensifica por termos pouca terra para cultivar alimentos - e a agricultura intensiva exige energia abundante. Com o esgotamento do petróleo, precisaremos sintetizar combustível para a maquinaria móvel de construção, transporte e agricultura. Não é algo difícil de fazer a partir do carvão ou da energia nuclear, mas precisamos começar a nos preparar para isso agora. Poderemos até ter de considerar a síntese direta de alimento a partir de dióxido de carbono, nitrogênio, água e cultura de células.

Talvez, por sermos tão adaptáveis, não estejamos cientes da velocidade com que o mundo está mudando. Se a temperatura média no Reino Unido em janeiro for 7°C, temos a sensação de frio a maior parte do tempo e nos agasalhamos nas manhãs geladas quando sopra um deprimente vento noroeste. Resmungamos: onde está o aquecimento global agora? No verão, a média é de 20°C em julho e desfrutamos uma semana com temperaturas máximas de 30°C, mas grunhimos se cair a 15°C por um mesmo período. Ainda assim, há apenas vinte anos, essas temperaturas de inverno e de verão teriam sido registradas como anormalmente quentes para essas épocas do ano. A precipitação pluvial nos condados orientais do Reino Unido sempre foi baixa, na faixa de 500 milímetros por ano, mas a zona rural sempre foi exuberante e verde, porque permanecia fresca durante o verão. Em comparação, o Arizona, que tem uma precipitação pluviométrica semelhante, é quase inteiramente cerrado e deserto simplesmente por ser bem mais quente e pelo fato de a chuva que cai secar inteiramente ou escorrer para dentro dos canais antes que as plantas possam aproveitá-la. Nosso condado mais ao sudeste, Kent, já está com escassez crescente de água, e o sul da Europa é agora quase um deserto. A adaptação, como animais individuais, não é tão difícil: quando uma tribo muda das regiões temperadas para as tropicais, leva apenas algumas gerações para que os indivíduos se tornem mais escuros à medida que a seleção elimina os de pele clara. Também é assim com todos nós: nosso mundo mudou para sempre, e teremos de nos adaptar a muito mais que a mudança climática. Mesmo durante meu tempo de vida, o mundo encolheu em relação àquele que era bastante vasto para fazer da exploração uma aventura e incluía muitos lugares distantes onde ninguém tinha jamais caminhado. Agora, tornou-se quase uma cidade interminável, encravada numa agricultura intensiva, mas domesticada e previsível. Em breve, poderá reverter novamente a uma selva. Para sobreviver nesse novo mundo, precisamos de uma filosofia Gaiana e precisamos nos preparar para combater um chefe militar bárbaro disposto a nos capturar e a se apoderar de nosso território.

Em um pequeno grau, a difícil situação dos britânicos em 1940 lembra o estado do mundo civilizado agora. Naquela época, tínhamos quase uma década da crença bem-intencionada, mas inteiramente equivocada, de que a paz era tudo o que importava. Os seguidores dos lobistas da paz dos anos 1930 eram parecidos com os movimentos verdes agora; as intenções eram mais que boas, mas inteiramente impróprias para a guerra que estava prestes a começar. A falha fundamental dos lobistas verdes de agora se revela no próprio nome Greenpeace; por aglutinarem o humanismo dos movimentos pela paz com o ambientalismo, eles inconscientemente antropomorfizam Gaia. Está na hora de despertar e perceber que Gaia não é nenhuma mãe acolhedora que acalenta os seres humanos e que pode ser aplacada por gestos como comércio de carbono ou desenvolvimento sustentável. Gaia, mesmo que façamos parte dela, sempre dita os termos da paz. Em maio de 1940, despertamos para descobrir, encarando-nos do outro lado do canal da Mancha, uma força continental inteiramente hostil prestes a nos invadir. Estávamos sozinhos, sem nenhum aliado efetivo, mas tivemos a sorte de ter um novo líder, Winston Churchill, cujas palavras comoventes sacudiram a nação inteira de sua letargia: "Nada tenho a oferecer, senão sangue, trabalho duro, lágrimas e suor." Precisamos de um outro Churchill agora, que nos tire do pensamento insistente, acomodado e consensual de fins do século XX e una a nação num esforço resoluto de travar uma guerra difícil. Precisamos de um líder que instigue todos nós, mas especialmente atice aqueles jovens ativistas verdes que tão bravamente protestaram contra todas as formas de profanação dos campos. Onde estão os batalhões de "Terra acima de tudo" e para onde foram Swampy* e seus amigos?

Desfrutamos 12 mil anos de paz climática desde a última mudança da era glacial para a interglacial. Não demorará muito e poderemos nos defrontar com uma devastação de alcance planetário pior até que uma guerra nuclear ilimitada entre superpotências. A guerra climática poderia matar quase todos nós e deixar os poucos sobreviventes com um padrão de vida comparável ao da Idade da Pedra. Mas em vários lugares do mundo, inclusive no Reino Unido, temos uma chance de sobreviver e, até mesmo, de viver bem. Para que isso seja possível teremos, neste momento, de deixar nossos botes salva-vidas em condições de enfrentar o mar. Mesmo que algum evento natural, como uma série de grandes erupções vulcânicas ou um decréscimo da radiação solar, nos dê uma trégua, ainda assim terá sido melhor gastar nosso dinheiro e nossos esforços tornando nossos países autossuficientes em alimentos e energia e, se quisermos nos tornar inteiramente urbanos, então, na criação de cidades nas quais tenhamos orgulho em viver.

* "Pantaneiro", apelido de Daniel Hooper, um dos mais conhecidos "ecoguerreiros" do Reino Unido. (N. do T.) "

"Gaia: Alerta Final"

Lançamento: Previsto para 12/01/2010
Autor: James Lovelock
Editora: Intrínseca
Páginas: 264
Quanto: R$ 29,90
Onde comprar: 0800-140090 ou na Livraria da Folha

 
 
 
 
 
Fonte: Blog de Luiz Felipe Muniz - http://bit.ly/77FtSc

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Opção pela Terra


Opção pela Terra: religiões fazem frente comum sobre o clima

Podem até se referir a Céus diferentes, mas as tradições religiosas do mundo sabem muito bem que a Terra é uma só. Assim, enquanto às vésperas da Cúpula de Copenhage sobre as mudanças climáticas, que ocorre entre os dias 07 a 18 de dezembro, as expectativas que se referem a um acordo sério e vinculante sobre o corte das emissões de gás carbônico continuam baixas, um motivo de esperança, ou de consolo, vem do crescente compromisso das religiões do mundo na luta em defesa do planeta.

A reportagem é de Claudia Fanti, publicada na revista Adista, 08-12-2009. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Foi o que surgiu, por exemplo, de um encontro que, entre os dias 02 e 04 de novembro passado, reuniu no castelo de Windsor, na Inglaterra, os líderes das diversas denominações cristãs, do Islã, do judaísmo, do budismo, do hinduísmo, do taoísmo e de outras tradições religiosas, convidadas pelo príncipe Felipe de Edimburgo, presidente da Alliance of Religions and Conservation (Arc), e pelo secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon.

O encontro The Windsor Commitments produziu uma série de compromissos com os quais os representantes de todas as religiões assumem a tarefa de educar seus próprios fiéis a cuidar da natureza, protegendo-a pelo bem das futuras gerações: se é verdade que, indicou Olaf Kjorven, assistente do secretário-geral da ONU, 85% da população mundial professa uma religião, essa iniciativa poderia realmente se tornar a maior mobilização mundial em defesa do planeta.

Em campo cristão, particularmente, a Conferência das Igrejas Europeias (Kek) e o Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE) divulgaram, no último dia 06 de novembro, uma carta conjunta aos fiéis das Igrejas cristãs de toda a Europa, convidando-os a mudar seus estilos de vida. Entre as iniciativas previstas para a Cúpula sobre as mudanças climáticas, a mais singular é provavelmente a campanha dos "350 toques de sino", lançada pelas Igrejas dinamarquesas: em Copenhague, às 15 horas do dia 13 de dezembro, os sinos de todas as Igrejas darão 350 toques, aos quais as igrejas de todo o mundo ecoarão.

"Temos previsto – lê-se na carta assinada pelo secretário-geral da Kek, Colin Williams, e do CCEE, Pe. Duarte da Cunha – uma cadeia de toques de sinos e orações que se estenderão em um longo fuso horário a partir das Ilhas Fiji, no sul do Pacífico, que é a primeira região em que nasce o sol, onde os efeitos negativos das mudanças climáticas já se fazem sentir, até a Europa setentrional, passando por todo o mundo".

Das mudanças climáticas e das consequências devastadoras que elas já estão produzindo em algumas áreas do planeta, falou-se também em Chiang Mai, na Tailândia, onde, entre os dias 02 e 06 de novembro passado, o Conselho Ecumênico das Igrejas (Cec), a Conferência Cristã da Ásia e a Conferência das Igrejas do Pacífico convocaram uma Consulta Ecumênica sobre "Pobreza, bem-estar e ecologia na Ásia e no Pacífico".

Inserida no âmbito do processo do Cec, denominado Agape (Alternativa Global, Ambiente, Paz, Economia), a consulta foi concluída com a aprovação da "Declaração de Chiang Mai", que, destacando a estreita ligação existente entre crise ecológica e injustiça econômica, convida a uma "radical renovação espiritual" fundamentada no "imperativo bíblico da opção preferencial de Deus pelos menores (justiça) e pela sacralidade da criação (sustentabilidade)".

Fonte: IHU On-line
 
Caputrado no site:
http://transnet.ning.com/profiles/blog/show?id=2018942%3ABlogPost%3A40106&xgs=1&xg_source=msg_share_post

Seguidores

Visualizações nos últimos 30 dias

Visitas (clicks) desde o início do blog (31/3/2007) e; usuários Online:

Visitas (diárias) por locais do planeta, desde 13/5/2007:

Estatísticas