sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Opção pela Terra


Opção pela Terra: religiões fazem frente comum sobre o clima

Podem até se referir a Céus diferentes, mas as tradições religiosas do mundo sabem muito bem que a Terra é uma só. Assim, enquanto às vésperas da Cúpula de Copenhage sobre as mudanças climáticas, que ocorre entre os dias 07 a 18 de dezembro, as expectativas que se referem a um acordo sério e vinculante sobre o corte das emissões de gás carbônico continuam baixas, um motivo de esperança, ou de consolo, vem do crescente compromisso das religiões do mundo na luta em defesa do planeta.

A reportagem é de Claudia Fanti, publicada na revista Adista, 08-12-2009. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Foi o que surgiu, por exemplo, de um encontro que, entre os dias 02 e 04 de novembro passado, reuniu no castelo de Windsor, na Inglaterra, os líderes das diversas denominações cristãs, do Islã, do judaísmo, do budismo, do hinduísmo, do taoísmo e de outras tradições religiosas, convidadas pelo príncipe Felipe de Edimburgo, presidente da Alliance of Religions and Conservation (Arc), e pelo secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon.

O encontro The Windsor Commitments produziu uma série de compromissos com os quais os representantes de todas as religiões assumem a tarefa de educar seus próprios fiéis a cuidar da natureza, protegendo-a pelo bem das futuras gerações: se é verdade que, indicou Olaf Kjorven, assistente do secretário-geral da ONU, 85% da população mundial professa uma religião, essa iniciativa poderia realmente se tornar a maior mobilização mundial em defesa do planeta.

Em campo cristão, particularmente, a Conferência das Igrejas Europeias (Kek) e o Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE) divulgaram, no último dia 06 de novembro, uma carta conjunta aos fiéis das Igrejas cristãs de toda a Europa, convidando-os a mudar seus estilos de vida. Entre as iniciativas previstas para a Cúpula sobre as mudanças climáticas, a mais singular é provavelmente a campanha dos "350 toques de sino", lançada pelas Igrejas dinamarquesas: em Copenhague, às 15 horas do dia 13 de dezembro, os sinos de todas as Igrejas darão 350 toques, aos quais as igrejas de todo o mundo ecoarão.

"Temos previsto – lê-se na carta assinada pelo secretário-geral da Kek, Colin Williams, e do CCEE, Pe. Duarte da Cunha – uma cadeia de toques de sinos e orações que se estenderão em um longo fuso horário a partir das Ilhas Fiji, no sul do Pacífico, que é a primeira região em que nasce o sol, onde os efeitos negativos das mudanças climáticas já se fazem sentir, até a Europa setentrional, passando por todo o mundo".

Das mudanças climáticas e das consequências devastadoras que elas já estão produzindo em algumas áreas do planeta, falou-se também em Chiang Mai, na Tailândia, onde, entre os dias 02 e 06 de novembro passado, o Conselho Ecumênico das Igrejas (Cec), a Conferência Cristã da Ásia e a Conferência das Igrejas do Pacífico convocaram uma Consulta Ecumênica sobre "Pobreza, bem-estar e ecologia na Ásia e no Pacífico".

Inserida no âmbito do processo do Cec, denominado Agape (Alternativa Global, Ambiente, Paz, Economia), a consulta foi concluída com a aprovação da "Declaração de Chiang Mai", que, destacando a estreita ligação existente entre crise ecológica e injustiça econômica, convida a uma "radical renovação espiritual" fundamentada no "imperativo bíblico da opção preferencial de Deus pelos menores (justiça) e pela sacralidade da criação (sustentabilidade)".

Fonte: IHU On-line
 
Caputrado no site:
http://transnet.ning.com/profiles/blog/show?id=2018942%3ABlogPost%3A40106&xgs=1&xg_source=msg_share_post

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