sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Um ponto de vista sobre a crise


"Vou fazer um slideshow para você. Está preparado?
É comum, você já viu essas imagens antes. Quem sabe até já se acostumou com elas.
Começa com aquelas crianças famintas da África. Aquelas com os ossos visíveis por baixo da pele. Aquelas com moscas nos olhos. Os slides se sucedem. Êxodos de populações inteiras. Gente faminta. Gente pobre. Gente sem futuro.
Durante décadas, vimos essas imagens. No Discovery Channel, na National Geographic, nos concursos de foto. Algumas viraram até objetos de arte, em livros de fotógrafos renomados.
São imagens de miséria que comovem. São imagens que criam plataformas de governo. Criam ONGs. Criam entidades. Criam movimentos sociais.
A miséria pelo mundo, seja em Uganda ou no Ceará, na Índia ou em Bogotá sensibiliza.
Ano após ano, discutiu-se o que fazer. Anos de pressão para sensibilizar uma infinidade de líderes que se sucederam nas nações mais poderosas do planeta.
Dizem que 40 bilhões de dólares seriam necessários para resolver o problema da fome no mundo. Resolver, capicce? Extinguir. Não haveria mais nenhum menininho terrivelmente magro e sem futuro, em nenhum canto do planeta.
Não sei como calcularam este número. Mas digamos que esteja subestimado. Digamos que seja o dobro. Ou o triplo. Com 120 bilhões o mundo seria um lugar mais justo.
Não houve passeata, discurso político ou filosófico ou foto que sensibilizasse. Não houve documentário, ONG, lobby ou pressão que resolvesse.
Mas em uma semana, os mesmos líderes, as mesmas potências, tiraram da cartola 2.2 trilhões de dólares (700 bi nos EUA, 1.5 tri na Europa) para salvar da fome quem já estava de barriga cheia."
Texto atribuído ao Vice-Presidente de Criação e sócio da Bullet, Muniz Neto, sobre a crise mundial.
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Não sei a que ponto esses números estão corretos. Porém, se for isso, não estaríamos cometendo o maior dos maiores entre todos os pecados? Não seria a atitude mais confrontante da ética global? E por que ninguém divulga isso?
Bem, ou isso não confere com a verdade, ou a realidade é que somos a espécie viva mais repugnante do planeta. Pense sobre isso. E, se por acaso souber de outra realidade, de outros números, por favor traga para o debate!
Seja como for, a máxima que tenho insistido há um bom tempo, a de que "tudo está baixo do poder econômico", infelizmente é mais verdadeira que eu próprio imaginara!
Reflitamos, indignamo-nos, sim, mas e a atitude?
Carlos Roberto Sabbi
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