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Problemas conceituais e metodológicos são facilmente encontrados dentro das teorias psicológicas. Textos e trabalhos teóricos de muitos filósofos da mente tentam resolver este problema ao buscarem uma definição do conceito de mente e a dissolução do problema mente-corpo. A Filosofia da Mente , de modo específico, preocupa-se com esta análise conceitual de teorias por meio de uma investigação científica.
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O surgimento da Filosofia da Mente teve marco inicial no final da década de 40 e início da década de 50 com a publicação de trabalhos científicos do filósofo da mente Gilbert Ryle. Na tentativa de solucionar estes problemas linguísticos como “mente”, “subjetividade”, “inteligência” é que outros teóricos como, por exemplo, Dennett, Searle, Davidson, Nagel e os Churchlands, começaram a desenvolver seus trabalhos daí decorrentes. As discussões e as tentativas em desfazer a idéia de termos mentalistas surgidas no escopo desta área do conhecimento geraram alguns posicionamentos. Dentre eles, a postura monista ou materialismo, como muitos preferem chamar, tem sido a opção mais acertada, uma vez que a sustentação de seus argumentos filosófico-científicos é demonstrada pela refutação de adeptos de posições dualistas e agnósticas. Aparentemente, a posição monista não estaria enfrentando maiores problemas no que se refere as suas observações de métodos experimentais confiáveis. Tampouco, preocupa-se com o que chamamos de problema da causação mental – que afirma que estados mentais causam alguma reação física no cérebro, como acreditam os dualistas.
Pensando na Vaca Amarela
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Os monistas, entretanto, defendem que sua teoria conseguiria resolver todos os problemas encontrados pela Filosofia da Mente, inclusive os conceituais, já que “ao produzir ciência não podemos separar qualquer feito científico dos termos e conceitos utilizados para explicá-la”. (João de Fernandes Teixeira)
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Os monistas, entretanto, defendem que sua teoria conseguiria resolver todos os problemas encontrados pela Filosofia da Mente, inclusive os conceituais, já que “ao produzir ciência não podemos separar qualquer feito científico dos termos e conceitos utilizados para explicá-la”. (João de Fernandes Teixeira)
Sendo assim, o fazer científico deve se pautar em comprovações empíricas cujos resultados não comprometam a linguagem que se utiliza para argumentá-la. Ou seja, não bastam haver investigações científicas sem que para isso haja uma análise conceitual do seu objeto de estudo.
Nesta mesma linha de pensamento as posições materialistas têm em comum a idéia de que não é possível fazer uma divisão entre mente e cérebro. O defensores do materialismo eliminativo, reducionista ou das teorias da identidade, por exemplo, acreditam que a neurociência poderá em um futuro não muito distante comprovar seus postulados: encontrar todos os correlatos neurais para os estados mentais.
Teríamos a certeza de quais regiões cerebrais estariam envolvidas quando se quer pensar em uma vaca amarela, como também, olhando para o cérebro afirmar que se estava, de fato, pensando em tal conteúdo!
A neurociência, portanto, é a aquela que promete enterrar todas as dúvidas geradas pela ciência filosófica. Com o advento de técnicas de neuroimagem será possível pôr em xeque qualquer dúvida gerada pela linguagem psicológica, ou para alguns a folk psychology. Se todo comportamento possui uma base biológica todas as nossas sensações subjetivas poderão ser traduzidas em estados físicos ou cerebrais. Eis a aposta da neurociência!
Texto de Luciane Simonetti e Thiago Strahler Rivero
Edição de Rafaela Sandrini
Original em:
http://filosofiadamenteecognicao.blogspot.com/2009_03_01_archive.html
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