† Marechal Waldemar Levy Cardoso
04 dez 1900 – 13 mai 2009
Detentor do Bastão de Comando da Força Expedicionária Brasileira
Decano da Ordem dos Velhos Artilheiros
Sócio Honorário - Instituto de Geografia e História Militar do Brasil
Patrono de Cadeira da Delegacia da AHIMTB de Sorocaba e Região
Israel Blajberg (*)
No dia 13 de maio de 2009 a Família, o Exército e o Brasil sofreram uma grande perda. Os 108 anos de vida do já saudoso Marechal LEVY foram marcados pela luta incessante em prol dos ideais libertários e democráticos.
Desde 1921 quando saiu da Escola Militar, passando pelas glorias alcançadas na FEB, até idade tão avançada manteve elevada vibração, ardor e patriotismo, ele que era o mais antigo Veterano da Força Expedicionária Brasileira, combatendo na Itália para que a Humanidade pudesse viver em paz.
Duas coincidências refletem seu merecimento, por desígnios do Altíssimo, justamente quando ingressa no Mundo Vindouro. Os dias que correm revestem-se de profundo simbolismo, ligado a sua historia de luta pela Liberdade, através de 2 efemérides marcantes:
13 de maio foi quando a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea, registrando o ainda o calendário judaico o 34º. dia do período de 7 semanas em que os hebreus deixaram a escravidão do Egito, recordando a jornada do Povo de Israel, o Êxodo para o Sinai, onde Moises recebeu as Tabuas da Lei.
Marechal Levy participou dos principais movimentos revolucionários nacionais, desde a revolta de 24, passando por 1930, a Intentona Comunista de 35, até 1964.
Na Itália como Tenente Coronel aos 44 anos comandou o Primeiro Grupo do 1º. Regimento de Obuses Auto-Rebocados da Força Expedicionária Brasileira, participando da Tomada de Monte Castelo, Montese e Castelnuovo com o apoio de fogos à Infantaria.
Passou para a reserva em 1966, após rica carreira militar onde exerceu importantes comissões. Foi Adido Militar na França. Presidiu o Conselho Nacional do Petróleo em 1967/68 e a Petrobrás em 1969. Como Veterano mais antigo e de maior precedência, era Detentor do Bastão de Comando da FEB, e ainda Decano da Ordem dos Velhos Artilheiros, que congrega os integrantes da Arma de Mallet.
Era uma tradição o comparecimento do Marechal ao Forte de Copacabana no Dia de Santa Bárbara, que coincide com a reunião da Ordem dos Velhos Artilheiros, da qual era o Decano.
Almoço Festivo, tantas vezes reuniu Artilheiros da Ativa e da Reserva em torno do carismático e sereno Marechal, que residia nas proximidades, na Rua Toneleros. Sua presença conferia um clima todo especial ao evento.
No Cassino dos Oficiais, o Marechal Levy recebia o Bastão de Comando da FEB, como mais antigo ex-combatente, e da janela comandava uma Salva Festiva. Pensativo, contemplando os obuseiros em posição, certamente recordava antigas manobras, quando comandava a Ordem de Fogo para as suas Baterias.
Depois do “Parabéns” o Marechal apagava as velas e agradecia sempre emocionado mas com voz clara e forte, encerrando-se a festa com a Canção da Artilharia.
Carioca da Rua Evaristo da Veiga no centro do Rio de Janeiro, seu pai era filho de portugueses e sua mãe a jovem professora Stella Levy, descendente de judeus do Norte da África.
Dizia haver Santa Bárbara salvo a sua vida na guerra. A Santa é a padroeira da artilharia, e seu dia é celebrado em 4 de dezembro, mesmo dia do aniversário do marechal.
Com Da. Maria da Glória, falecida em 2006 teve 3 filhos que lhes deram 11 netos, 15 bisnetos e tataranetos: Miriam, casada com o General Antônio Joaquim Soares Moreira, também da Arma de Artilharia, Cláudio e Roberto, este já falecido.
Que a memória da sua rica existência sirva de exemplo e guia para as futuras gerações.
Nascido no dia da Santa, falecido no Dia da Abolição, durante as 7 semanas recordando a jornada de um povo liberto, que a sua alma faça parte da corrente da vida eterna.
04 dez 1900 – 13 mai 2009
Detentor do Bastão de Comando da Força Expedicionária Brasileira
Decano da Ordem dos Velhos Artilheiros
Sócio Honorário - Instituto de Geografia e História Militar do Brasil
Patrono de Cadeira da Delegacia da AHIMTB de Sorocaba e Região
Israel Blajberg (*)
No dia 13 de maio de 2009 a Família, o Exército e o Brasil sofreram uma grande perda. Os 108 anos de vida do já saudoso Marechal LEVY foram marcados pela luta incessante em prol dos ideais libertários e democráticos.
Desde 1921 quando saiu da Escola Militar, passando pelas glorias alcançadas na FEB, até idade tão avançada manteve elevada vibração, ardor e patriotismo, ele que era o mais antigo Veterano da Força Expedicionária Brasileira, combatendo na Itália para que a Humanidade pudesse viver em paz.
Duas coincidências refletem seu merecimento, por desígnios do Altíssimo, justamente quando ingressa no Mundo Vindouro. Os dias que correm revestem-se de profundo simbolismo, ligado a sua historia de luta pela Liberdade, através de 2 efemérides marcantes:
13 de maio foi quando a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea, registrando o ainda o calendário judaico o 34º. dia do período de 7 semanas em que os hebreus deixaram a escravidão do Egito, recordando a jornada do Povo de Israel, o Êxodo para o Sinai, onde Moises recebeu as Tabuas da Lei.
Marechal Levy participou dos principais movimentos revolucionários nacionais, desde a revolta de 24, passando por 1930, a Intentona Comunista de 35, até 1964.
Na Itália como Tenente Coronel aos 44 anos comandou o Primeiro Grupo do 1º. Regimento de Obuses Auto-Rebocados da Força Expedicionária Brasileira, participando da Tomada de Monte Castelo, Montese e Castelnuovo com o apoio de fogos à Infantaria.
Passou para a reserva em 1966, após rica carreira militar onde exerceu importantes comissões. Foi Adido Militar na França. Presidiu o Conselho Nacional do Petróleo em 1967/68 e a Petrobrás em 1969. Como Veterano mais antigo e de maior precedência, era Detentor do Bastão de Comando da FEB, e ainda Decano da Ordem dos Velhos Artilheiros, que congrega os integrantes da Arma de Mallet.
Era uma tradição o comparecimento do Marechal ao Forte de Copacabana no Dia de Santa Bárbara, que coincide com a reunião da Ordem dos Velhos Artilheiros, da qual era o Decano.
Almoço Festivo, tantas vezes reuniu Artilheiros da Ativa e da Reserva em torno do carismático e sereno Marechal, que residia nas proximidades, na Rua Toneleros. Sua presença conferia um clima todo especial ao evento.
No Cassino dos Oficiais, o Marechal Levy recebia o Bastão de Comando da FEB, como mais antigo ex-combatente, e da janela comandava uma Salva Festiva. Pensativo, contemplando os obuseiros em posição, certamente recordava antigas manobras, quando comandava a Ordem de Fogo para as suas Baterias.
Depois do “Parabéns” o Marechal apagava as velas e agradecia sempre emocionado mas com voz clara e forte, encerrando-se a festa com a Canção da Artilharia.
Carioca da Rua Evaristo da Veiga no centro do Rio de Janeiro, seu pai era filho de portugueses e sua mãe a jovem professora Stella Levy, descendente de judeus do Norte da África.
Dizia haver Santa Bárbara salvo a sua vida na guerra. A Santa é a padroeira da artilharia, e seu dia é celebrado em 4 de dezembro, mesmo dia do aniversário do marechal.
Com Da. Maria da Glória, falecida em 2006 teve 3 filhos que lhes deram 11 netos, 15 bisnetos e tataranetos: Miriam, casada com o General Antônio Joaquim Soares Moreira, também da Arma de Artilharia, Cláudio e Roberto, este já falecido.
Que a memória da sua rica existência sirva de exemplo e guia para as futuras gerações.
Nascido no dia da Santa, falecido no Dia da Abolição, durante as 7 semanas recordando a jornada de um povo liberto, que a sua alma faça parte da corrente da vida eterna.
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