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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

A música e a emoção


MENINO QUE SE RECUPEROU DE DOENÇA EMOCIONA NO OLÍMPICO
Hino do Grêmio serviu de alento para recuperação


O grupo gremista foi surpreendido por uma história emocionante na manhã desta quinta. João Victor, que comemora o aniversário de seis anos neste dia 18 de novembro, visitou o Estádio Olímpico e realizou o sonho de conhecer pessoalmente os jogadores e o técnico Renato. Há cerca de seis meses, foi diagnosticada uma infecção muito forte, e o pequeno torcedor teve que ir para o hospital. Ficou na CTI, sedado, durante 15 dias. Só reagia quando ouvia o hino do Grêmio. Em junho, ele conseguiu sair dos aparelhos e recebeu alta.
– Sempre falávamos coisas positivas para ele. Fizemos um CD com versões do hino do Grêmio, e mesmo sedado, quando ele escutava o hino, mostrava reação – contou o pai Marcus Medeiros.
Os médicos avisaram os pais que o último sentido que o paciente perde nessas condições é a audição. Por isso eles tinham todo o cuidado de conversar com João Victor e falar de coisas boas para ele. Após mostrar reações ouvindo o hino do time do coração, o pai decidiu dizer para ele que eles iriam a um jogo do Grêmio quando ele saísse do hospital.
– Quando eu falei isso, ele respondeu: "Quando?" – lembrou.
Passaram-se 15 dias até que João Victor conseguiu sair dos aparelhos. Marcus fez uma promessa ao filho após a recuperação, de que eles iriam a todos os jogos do Grêmio a partir da saída dele do hospital. E cumpriu. Desde o dia 16 de junho os dois não perdem uma partida do Tricolor no Olímpico. Na última rodada do Brasileirão, contra o Botafogo, em casa, João Victor vai entrar em campo com o time.
Nesta quinta, porém, ele já conseguiu ter contato com os jogadores, e também com o técnico Renato. Os ídolos dele são Victor e Jonas. O goleiro está com a Seleção Brasileira, mas o atacante recebeu o menino no pátio do Olímpico e deu de presente a ele uma camiseta autografada. Depois de conversar com o artilheiro, ele recebeu o abraço apertado do técnico Renato, que também lhe deu uma camisa assinada.
Em entrevista coletiva, o lateral-esquerdo Fábio Santos comentou sobre a história emocionante:
– São exemplos assim que fazem com que a gente valorize cada vez mais o torcedor. Já fui torcedor um dia e sei o que é. Eu penso em ser exemplo para essas crianças, tenho uma filha também, fico feliz em saber que tem um torcedor fanático assim, se Deus quiser vamos dar muita alegria para o torcedor no final do ano – disse.

A foto e a matéria acima foram feitas pela jornalista Tatiana Lopes e está publicada no site ClicEsportes.
Capturado no site do Grêmio: http://goo.gl/PnWIV

quinta-feira, 22 de julho de 2010

O que da para o gasto

Passei as festas de final de ano numa chácara junto a trinta parentes e amigos. Dividido em três terços, o grupo tinha gente na faixa dos 20, 25 e 50 anos de idade. Para ter música durante as festas, montei um equipamento de som. Testei, ficou bem legal, com um sonzão. E me preparei para a curtição, sem imaginar que criaria um conflito.

Cada grupo apareceu com seus CDs e Ipods. Um queria Bossa Nova ou Jorge Benjor. Outro queria Beyoncé, Lady Gaga e funk. E o outro queria Queens of The Stone Age com lampejos de Jimmy Hendrix. E quando um grupo assumia o controle, o outro se rebelava. Pais tentaram impor autoridade sobre os filhos e foram ridicularizados. Filhos tentaram impor a vontade e foram infernizados. Por pouco não desliguei aquela
merda toda e ficamos só com o som do vento e dos pássaros. Mas como era festa, tinha que ter música.

Foi necessária uma reunião de consenso, quando ficou acertado que os interessados teriam direito de "pilotar" o equipamento durante uma hora. E um grupo não se queixaria do som do outro. Assim foi. Passei o réveillon ao som dos anos setenta e oitenta. Não era o que eu queria, mas foi divertido. E antes Village People do que o Créu, certo?

Ainda sob o impacto das horas intermináveis ao som de artistas descartáveis, ouvi de uma conhecida que costuma frequentar a casa de amigos - um dos quais foi cantor da noite paulistana - um relato interessante. O tal amigo cantor é um virtuose ao violão e as reuniões sempre acabavam numa roda musical. Mas as crianças cresceram. Agora, quando a roda se forma, o músico vai tocando clássicos da MPB enquanto os jovens reclamam das "músicas de velho". Até que vencem e assumem controle do violão:

- Quando Deus te desenhou, ele estava namorando...

Horrorizada, minha conhecida disse:

- Cara, meu amigo é músico profissional. Toca pra caramba. Do violão dele saem harmonias sofisticadas e ele é um excelente cantor. Aí os moleques começam a tocar aquelas musiquinhas modernas.

Minha amiga contava aquilo entristecida. E eu fiquei desconsolado ao concluir que isso é normal, que esse é o conflito de gerações e que quando eu era moleque também tive problemas com meus pais por causa de "músicas de velhos e músicas de jovens". Naquela época quem pegava o violão era eu:

- Preta, preta, pretinha...

Mas há uma diferença, que surgiu claramente quando minha amiga disse:

- Os moleques parece que só sabem três acordes. Mal feitos. Tocam mal e cantam mal músicas ruins. Barulho. Eu até tento ficar, mas não dá.

Reparou? Tocam mal e cantam mal músicas ruins, o que é diferente de cantar mal e tocar mal músicas boas. Pra molecada aquilo dá pro gasto. E a sofisticação do músico e das músicas é deixada de lado em troca dos três acordes, letrinhas básicas e melodias iguais.

Olha só, do jeito que as coisas andam essa mega-super-ultra simplificação, fazendo com que tudo seja mais fácil, rápido e dinâmico, não é uma coisa ruim. É uma necessidade. O problema é quando nos conformamos com "o que dá pro gasto".

Mas quer saber? Pode piorar.

Minha cunhada comprou um videokê.

Luciano Pires
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