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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Platão

Dogma do círculo


Platão (428 ou 427 a. C. - 347 a. C.) é um dos mais importantes pensadores gregos. O filósofo do século XX Alfred North Whitehead declarou certa vez que toda a filosofia não passava de uma nota de rodapé a ser anexada à obra de Platão.

Platão criou sua Academia em 387 a.C. num olival situado num subúrbio de Atenas, que havia pertencido ao herói Akademus. Na porta de entrada da Academia, o filósofo mandou colocar um aviso, de nítida inspiração pitagórica:
Não entre aqui quem não saiba geometria".

Aristóteles ingressou na Academia de Platão quando tinha 17 anos, e nela as mulheres só eram admitidas se aceitassem vestir-se como homens. 

Platão usava a técnica de buscar o saber pelo debate e pelo questionamento, no estilo dialético de Sócrates. Além de interesse na Filosofia, na qual então se incluía a Matemática, Platão tinha paixão pela Política. Predominavam na Academia o raciocínio e as idéias abstratas, e até os estudos políticos de Platão eram baseados na utopia, não na realidade social.

Não sem razão, a geometria de Platão limitava-se às figuras perfeitas, que podiam ser traçadas com régua e compasso, como o círculo, o quadrado, o triângulo e os poliedros regulares. Desse modo eram ignoradas as formas do mundo real, que era “mecânico” e “ilusório”.

Os corpos celestes só podiam ser esferas (sólidos perfeitos) a descrever círculos (curvas perfeitas), em movimentos de velocidade uniforme. Eis o que se lê no Timeu, um tratado teórico, na forma de diálogo, que contém as concepções de Platão sobre a natureza do mundo físico.:


Deus deu ao mundo uma forma compatível com sua divindade. Ou seja, deu-lhe a forma de uma esfera, porque os seus pontos se encontram a igual distância do centro - a mais bela das formas, pois há mil vezes mais beleza no semelhante do que no diferente... Foi assim que imprimiu ao mundo um movimento circular e constituiu um céu circular, obrigado a arrastar-se num movimento circular, de velocidade uniforme.” 

As idéias cosmológicas de Platão configuram o chamado “dogma do círculo”, que prevaleceu por cerca de vinte séculos, servindo como ponto de partida fundamental para a edificação do sistema de Cláudio Ptolomeu, com sua teoria geocêntrica, e persistiu com Nicolau Copérnico, cujo sistema heliocêntrico preconizava que os planetas descreviam movimentos circulares em torno do Sol.

O "dogma do círculo" resistiu até o século XVII, quando JohannesKepler demonstrou de forma definitiva que os planetas não descrevem círculos, mas órbitas elípticas, das quais o Sol ocupa necessariamente um dos focos.

Platão lecionou até 347 a.C., o ano da sua morte. A Academia, a ele sobrevivendo, funcionou mais nove séculos, até 529, quando o imperador romano Justiniano ordenou seu fechamento, declarando-a uma casa do “saber pagão”. Era o início da Era das Trevas, que iria perdurar por cinco séculos.

Capturado no blog O Homem Horizontal - http://goo.gl/1lLP1

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Tales de Mileto


Filósofo pré-socrático, considerado, segundo a tradição, o primeiro físico grego, isto é, o primeiro a investigar as questões referentes à natureza (phýsis). Sabe-se pouco a respeito de sua vida. Foi considerado um dos sete sábios da Grécia.

De acordo com várias fontes, este pensador teria previsto o eclipse total do sol, em 585 a.C. Segundo conta Heródoto, importante historiador da Antiguidade, Tales teria desviado o curso do rio Hális, de modo que o exército de Creso, que Tales integrava, pudesse prosseguir viagem. São contadas, também, várias anedotas a seu respeito. Platão narra o caso em que Tales, enquanto olhava para o céu, observando os astros, caiu em um poço.

Uma escrava trácia, que se encontrava por perto, riu do ardor com que ele procurava conhecer as coisas do céu, esquecendo contudo aquelas que estavam a sua frente e, precisamente, debaixo de seus pés. Aristóteles relata outra façanha: alguns concidadãos de Tales teriam censurado a este por causa de sua pobreza, alegando ser ela uma prova de que a filosofia para nada servia. Havendo previsto, por estudos astronômicos, que naquele ano haveria abundante colheita de azeitonas, Tales juntou um pequeno capital e, ainda no Inverno, comprou todos os lagares existentes em Mileto, por baixo preço.

Quando chegou a ocasião da colheita, que de fato foi abundante, Tales alugou seus lagares pelo preço que desejou, obtendo grande lucro. Assim, ele demonstrou, segundo a interpretação de Aristóteles, ser fácil ao filósofo enriquecer, se desejar, não sendo, no entanto, isso de seu interesse.

Do pensamento de Tales, pouco se sabe. Não é provável que este tenha escrito um livro, nem se conhecem fragmentos seus. Sua doutrina chegou até nossos dias somente na forma de comentários (doxografia), em escritos posteriores. Aristóteles, contudo, o designa como fundador da filosofia. Segundo se sabe, Tales teria afirmado ser a água o princípio (arché) de todas as coisas.

No século XIX, Nietzsche analisa esta frase, conferindo a ela o estatuto de uma afirmação filosófica, por três razões: porque ela enuncia algo acerca da origem da realidade, porque o faz sem valer-se, ao contrário do pensamento mítico, de imagens ou fabulações, e porque nela está contido o pensamento: tudo é um. Tales teria, desta forma, sido o primeiro a investigar a unidade originária da realidade, ao perguntar pelo mesmo que se diferencia no múltiplo. Desta forma, é ele, efetivamente, o responsável pela primeira formulação filosófica de que se tem notícia no Ocidente.

Segundo consta, também provém de Tales a afirmação: tudo está cheio de deuses. Para Aristóteles, esta frase parece indicar uma reflexão acerca da participação da alma na totalidade constitutiva do real. Esta participação é indicada pela presença do movimento na natureza; este é, segundo Tales, o modo próprio do anímico se manifestar na realidade.

Original em:
http://www.algosobre.com.br/sociofilosofia/tales-de-mileto.html

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Dogmatismo

Termo usado pela filosofia e pela religião, dogmatismo (do grego dogmatikós, que se funda em princípios) é toda doutrina ou atitude que afirma a capacidade do homem de atingir a verdade absoluta é indiscutível.

Na religião corresponde ao conjunto de dogmas - crenças que não admitem contestação - considerado a palavra de Deus. Na filosofia é o pensamento contrário à corrente do ceticismo, que contesta a possibilidade de conhecimento da verdade.

O dogmatismo filosófico pode ser entendido de três formas: a possibilidade de conhecer a verdade, a confiança nesse conhecimento e a submissão a essa verdade sem questionamento.

Desde a Antiguidade existem filósofos dogmáticos, como Parmênides (515 a.C.-445 a.C.), Platão e Aristóteles, e céticos, que se recusam a crer nas verdades estabelecidas.

No século XVIII o dogmatismo racionalista prega a total confiança na razão como meio de chegar a verdades seguras. Com Immanuel Kant o termo adquire novo sentido. Em Crítica da Razão Pura o filósofo faz uma oposição entre o criticismo - doutrina que estuda as condições de validade e os limites do uso da razão -, o dogmatismo e o empirismo, que se diferencia daqueles por reduzir o conhecimento à experiência. Para Kant, o dogmatismo é "toda atitude de conhecimento que consiste em acreditar na posse da certeza ou da verdade antes de fazer a crítica da faculdade de conhecer".

O antagonismo entre dogmatismo e ceticismo aparece também na obra de Auguste Comte (1798-1857), que considera que a vida humana existe em estado dogmático ou estado cético. Este último, segundo ele, não é mais do que uma passagem de um dogmatismo anterior a um novo dogmatismo.

Para os filósofos de tradição marxista o termo dogmático é usado para a tendência de se manter uma teoria com fórmulas estereotipadas, tirando-a da prática e da análise concreta. Segundo Friedrich Engels (1820-1895), "o marxismo não é um dogma, mas um guia para a ação".

Original em:
http://www.algosobre.com.br/sociofilosofia/dogmatismo.html

domingo, 8 de novembro de 2009

Dialética



Originalmente, é a arte do diálogo, da contraposição de idéias que leva a outras idéias. O conceito de dialética, porém, é utilizado por diferentes doutrinas filosóficas e, de acordo com cada uma, assume um significado distinto.

Para Platão, a dialética é sinônimo de filosofia, o método mais eficaz de aproximação entre as idéias particulares e as idéias universais ou puras. É a técnica de perguntar, responder e refutar que ele teria aprendido com Sócrates (470 a.C.-399 a.C.). Platão considera que apenas através do diálogo o filósofo deve procurar atingir o verdadeiro conhecimento, partindo do mundo sensível e chegando ao mundo das idéias. Pela decomposição e investigação racional de um conceito, chega-se a uma síntese, que também deve ser examinada, num processo infinito que busca a verdade.

Aristóteles define a dialética como a lógica do provável, do processo racional que não pode ser demonstrado. "Provável é o que parece aceitável a todos, ou à maioria, ou aos mais conhecidos e ilustres", diz o filósofo.

O alemão Immanuel Kant retoma a noção aristotélica quando define a dialética como a "lógica da aparência". Para ele, a dialética é uma ilusão, pois baseia-se em princípios que, na verdade, são subjetivos.

Dialética e história

No início do século XIX Georg Wilhelm Hegel (1770-1831), desejando solucionar o problema das transformações às quais a realidade está submetida, apresenta a dialética como um movimento racional que permite transpor uma contradição. Uma tese inicial contradiz-se e é ultrapassada por sua antítese. Essa antítese, que conserva elementos da tese, é superada pela síntese, que combina elementos das duas primeiras, num progressivo enriquecimento. A dialética hegeliana não é um método, mas um movimento conjunto do pensamento e da realidade.

Segundo Hegel, a história da humanidade cumpre uma trajetória dialética marcada por três momentos: tese, antítese e síntese. O primeiro vai das civilizações orientais antigas até o surgimento da filosofia na Grécia. Hegel o classifica como objetivo, porque considera que o espírito está imerso na natureza. O segundo é influenciado pelos gregos, mas começa efetivamente com o cristianismo e termina com Descartes. É um momento subjetivo, no qual o espírito toma consciência de sua existência e surge o desejo de liberdade. O terceiro, ou a síntese absoluta, acontece a partir da Revolução Francesa, quando o espírito consciente controla a natureza e o desejo de liberdade concretiza-se na concepção do Estado moderno.

Dialética marxista

Karl Marx e Friedrich Engels (1820-1895) reformam o conceito hegeliano de dialética: utilizam a mesma forma, mas introduzem um novo conteúdo. Chamam essa nova dialética de materialista, porque o movimento histórico, para eles, é derivado das condições materiais da vida.

A dialética materialista analisa a história do ponto de vista dos processos econômicos e sociais e a divide em quatro momentos: Antiguidade, feudalismo, capitalismo e socialismo. Cada um dos três primeiros é superado por uma contradição interna, chamada "germe da destruição". A contradição da Antiguidade é a escravidão; do feudalismo, os servos; e do capitalismo, o proletariado. O socialismo seria a síntese final, em que a história cumpre seu desenvolvimento dialético.

Original em:
http://www.algosobre.com.br/sociofilosofia/dialetica.html

domingo, 1 de novembro de 2009

Cínicos



Escola de pensamento fundada em Atenas, segundo alguns autores, por Antístenes. Considerada uma das escolas socráticas, juntamente com os megáricos e os cirenaicos, recebendo tal denominação por constituir-se como uma determinada interpretação dos ensinamentos de Sócrates, especialmente no que diz respeito à correlação entre conhecimento e virtude. Seu nome deriva do ginásio de Cinosarges, onde Antístenes ensinava e no qual se reuniam os seguidores desta escola. Outra explicação para sua denominação é a palavra cão (em grego xýon), aceita pelos cínicos como um qualificativo elogioso. O principal representante desta escola é Diógenes de Sínope. O pensamento cínico manteve-se atuante até os séculos III/II a.C., onde, segundo algumas opiniões, teria se fundido ao estoicismo. A escola dos cínicos ressurgiu, após esta interrupção, ao final do primeiro século de nossa era, sobrevivendo até o final do mundo antigo. Sua doutrina continuou sendo propagada por alguns autores cristãos, como Salústio e Máximo de Alexandria. As obras da antiga escola cínica, em especial de Diógenes, se encontram perdidas. De Antístenes, que parece ter sustentado duras polêmicas com Platão, restam-nos poucos fragmentos, que chegaram até nossos dias sob forma de citação ou comentário (doxografia) através de diferentes escritos.

Mais que uma doutrina, a antiga escola cínica constitui uma filosofia de vida. Esta prega a vida segundo a virtude, conseguida através do exercício, simultaneamente corporal e espiritual. O bem e a liberdade são alcançados através da dominação das necessidades e desejos, sendo o herói Hércules e seus trabalhos o ideal de autogoverno (autarquia) a ser perseguido pelo filósofo cínico. Os cínicos pregam a conaturalidade entre os homens, de modo que única seja a forma de vida, sem as distinções ocorridas entre as diferentes cidades, e que cada homem seja cidadão do mundo, como se autodenominava Diógenes. Também anseiam por um retorno à vida natural, uma vez que, para estes pensadores, são o fogo e a técnica dos homens os principais criadores das necessidades humanas. Opõem-se à escravidão, uma vez que os homens são todos iguais segundo a natureza.

Os cínicos polemizam com a filosofia de sua época, negando qualquer realidade fora daquela que se pode ver e apanhar com as mãos. Acerca da linguagem, Antístenes afirma que a cada coisa somente corresponde um nome, e que somente este pode ser usado para predicá-la. Do contrário, se ao homem podemos chamar bom, mortal, branco, etc, estamos tratando o que é um - o homem - como sendo múltiplo, o que não pode ocorrer. Desta forma, ao homem só podemos chamar homem, do bom só podemos dizer que é bom,e assim por diante. Antístenes teria, ainda, afirmado a impossibilidade de expressar o falso. Se aquele que fala diz algo, aquele que diz algo diz o ser; quem diz o ser exprime o verdadeiro; logo, o falso não pode ser dito.

Original em:
http://www.algosobre.com.br/sociofilosofia/cinicos.html

terça-feira, 10 de março de 2009

O que é a ciência



Paradoxo que demonstra a impossibilidade da onipotência: Se Deus é onipotente, pode criar uma pedra tão pesada que nem ele a possa levantar?
Se o fizer a sua onipotência é posta em causa pela impossibilidade de levantar a pedra, se não o fizer... impossível provar a sua existência e não existência.

Quatro forças de interação das partículas:
EM; Eletromagnética - força elétrica faz com que se repilam cargas iguais e se atraiam cargas opostas, prótons dos átomos repelem-se criando os limites da matéria.
G, Gravidade - fraca raio de ação infinito.
Força forte - nuclear forte 100 x mais forte que EM, mantém os núcleos de prótons unidos raio de ação menor que um núcleo atômico, a sua libertação dá-se por cisão ou fusão, o sol funde os núcleos, nós bombardeamos plutônio com nêutrons fissurando-os libertando a força forte dos átomos, energia atômica, a bomba de hidrogênio funde os núcleos dai ser energia nuclear
Força Fraca- faz parte das forças, mas foi descoberto ser uma faceta do EM, designando por eletro fraca.

Definição de vida biológica:
Conjunto de processos complexos baseados no átomo do carbono. Átomos são todos iguais, diferem na forma como se organizam. Justifica-se a diferença pelas leis da complexidade; todos os sistemas se organizam espontaneamente, de modo a criar estruturas sempre mais complexas. Foi demonstrado que as regras matemáticas que regem os processos das reações químicas inorgânicas são semelhantes às que regem o padrão de comportamentos simples de sistemas biológicos avançados.
Uma molécula pode resultar de 1 milhão de átomos ligados de uma forma muito específica e a sua atividade ser controlada por estruturas químicas tão complexas como os de uma cidade.
Consciência resulta da complexização da vida, sendo a questão chave a forma como se organiza, não a matéria.
Semântica, reducionismo - exemplo do livro as letras a perspectiva reducionista, o significado a semântica...
A vida apresenta-se como uma muito complexa estrutura de informação. Se o homem é natural tudo o que ele faz é natural? Inteligência capacidade de fazer raciocínios complexos. Cérebro sinapses e ligações, massa orgânica que funciona como um circuito elétrico.
Emoções - paradoxo auto-referencial da matemática, exemplo; eu só digo mentiras. Se assim for confirmado deixa de ser verdade, pois disse uma verdade, senão o for é porque também diz verdades...

Newtone Maxwell - física clássica
Teoria da incompletude de Kurt Goedel prova que não existe um procedimento que confirme a coerência da matemática, existem afirmações verdadeiras não demonstráveis no sistema. Diferença com os computadores é que podemos distinguir uma formula verdadeira não demonstrável dentro do sistema, mas fora...
Complexidade dos códigos de comunicação; exemplo a criptografia, codificação

Teoria do Tudo iniciou com a:
Teoria da relatividade restrita, em que o tempo muda porque há movimento no espaço. Única coisa não relativa, mas absoluta é a velocidade da luz, assim a velocidade próxima da luz o tempo abranda e as distâncias contraem-se, Com isto massa e energia são relativas na constante velocidade da luz assim E=MC2, isto diz que uma minúscula porção de massa contém uma quantidade enorme de energia, a dificuldade é transformar a matéria em energia, ou energia em matéria.no acelerador de partículas já se aceleraram elétrons de forma que aumentaram a sua massa em 40000 vezes.
Se um objeto atingisse a velocidade da luz a sua massa seria tão grande que era impossível movê-lo devido á energia necessária.
Os fótons são partículas sem massa, energia pura para eles o universo é intemporal.
Teoria da relatividade Geral, estabeleceu que o espaço é curvado e integrou a gravidade, quanto mais massa tem o objecto mais curvado é o espaço em torno dele,mais lento o tempo em volta dele, maior a força da gravidade. exemplo de um lençol com bolas.
Teoria Quantica: Max Planckt, sobre a luz emitida sobre corpos quentes, Niels bohr, modelo teórico dos átomos, comportamento das particulas instáveis, saltam. Matéria manifesta-se simultaneamente por particulas e ondas. Problema da mecânica, se percebemos a velocidade não conseguimos definir a posição, se definimos a posição não podemos definir a velocidade.
Principio da Incerteza de Heisenberg: estabelece isso, que é impossivel determinar com exactidão a posição e velocidade de um electrão, pelo que não se pode prever movimento passados presentes ou futuros. Papel do Observador impossibilita essa precisão, o cálculo virou probabilistico e foi refutado por einstein mas é o que acontece nas experiencias, o electrão está em todo o lado até alguém o observar...

Procura de uma fórmula que una EM, G.
Teoria dos campos unificadosde EInstein foi a tentativa de a formular processos de comunicação cifras, cifras de transposição, anagramas, Leis naturais do universo, são absolutas pois não dependem de nada, afectam os estados fisicos mas não são afectadas por nada, omnipresentes, pois estão em todo o universo, omniscientes poi exercem automaticamente a sua força.
Deus das lacunas... determinismo e livre vontade; determinismo começou com Leucipo, nada acontece por acaso tudo tem uma causa, Platão e aristóteles defenderam a livre vontade. Depois veio newton com a causa efeito, Laplace constatou que o universo obedece a leis fundamentais, se conhecermos essas leis e soubermos a posição, a velocidade e a direção de cada particula existente no unvierso poderemos conhecer todo o passado, presente e futuro, demonio de Laplace.
Einstein concordava com Laplace, a teoria Quantica põe em causa pois bate certo com a matemática e baseia-se no principio da incerteza de Heisenberg, em que o observador influencia o resultado da experiencia, sem o observador o comportamento é determinista mas indeterminável.
A indeterminabilidade não pertence só ao mundo quantico, descobriu o meteorologista Edward Lorenz, que se alterarmos uma milionésima dos dados, uma parte infinitésimal, alterava completamente a previsão.

Teoria do caos
Pequena alterações nos processos iniciais, provocam grandes alterações no resultado final. Efeito borboleta, de todas as criatura provoca a imprevisibilidade, causal mas casual.
Indeterminismo provocado pela observação do principio da incerteza e pelo principio do caos, impossivel assumir o fim da equação inicial o que a inviabiliza e qualquer pequena alteração muda todo o resultado.
Paradoxo de Zenão, existe tanto espaço em um metro como no universo inteiro, existe tanto tempo em um segundo com em toda a eternidade. Pelo fraccionamento continuo e infindável.
Alfa e o Ômega, o principio e o fim em astrofisica existe?
2a lei da termo dinâmica de Clausius em 1861, conceito de entropia acreditando ser uma constante a energia do universo só transformada, a energia era eterna e entropia eterna. Mediçoes demonstram o desperdicio de energia nos processos, pelo que a entropia está sempre a aumentar, o que provoca o envelhecimento das coisas, diz que 1º as coisas tem um ponto no tempo que vão morrer, quando a entropia atingir o estado máximo, no momento em que a temperatura se espalhar uniformemente pelo universo.
Paradoxo de Olbers, se o universo é eterno e infinito não pode haver escuridão por causa da luz das estrelas. Demonstra que a luz não é instantanea e houve um ponto inicial um alfa,Hubble provou que as galáxias estão em movimento e não ha um ponto de referência absoluto. e demonstra que a matéria se está a fastar e que já esteve junta. Big Bang.
Singularidade inicial retira a primeira causa ou efeito pois não havia espaço nem tempo que surgiram da expansão. fora a singularidade da expansão inicial da matéria é a melhor teoria, pois o ruido de fundo do universo mostra a luz inicial em forma de micro ondas.
Penrose e Hawking provaram que o Big Bang é inevitávl desde que a gravidade consiga ser nos instantes iniciais uma força de atracção nas condições em que se formou o universo. 98% da matéria formou-se no Big bang há cerca de 15 milhões de anos
A super força (singularidade) começou a separar-se, primeiras reacções nucleares, criaram hidrogenio e o helio vestigios de litio, ai começou a organizar-se em estruturas, com o tempo as tesmperaturas baixaram e a superforça desintegrou-se nas 4 forças, 1º a G, depois FF, depois EM e Ff, a gravidade organizou a matéra em grupos localizados, depois estrelas, depois planetas, depois sistemas.

Mas a entropia anuncia a morte de tudo ou:
Big Freeze - consequencia da 2ª lei da termodinamica em que com o aumento da entropia as luzes vão-se apagando, até haver uma temperatura uniforme em todo o universo, em 98 descobriu-se que a velocidade das galáxias está a aumentar teoria da força escura.
Big Crunch- A expansão abranda, devido a gravidade o universo irá iniciar depois o movimento de contracção, em que o espaço, o tempo e a matéria se irão esmagar num ponto infinitésimal. Muito acreditam que a matéria existente no universo não cria suficiente força gravitacional para provocar a contracção dai se ter criado a teoria da matéria negra.

Critica da razão pura Kant - 3 problemas fundamentais, da metafisica que a ciencia nunca poderá resolver: Deus, a liberdade, a imortalidade. Niilismo
Método cientifico - diálogo entre homem e a natureza, o homem faz perguntas á natureza e obtém as respostas. depende de como formula as perguntas.
Como abordar a singularidade do inicio do universo, da criação? Que tipo de inicio? Deus? Que Deus? quem pos a maquina em movimento ou o que?
Na lógica, Platão e Arsitóteles desenvolvido por S. Tomás de Aquino e afinado por Leibniz, o argumento causal, indo de causa em causa chega-se ao inicio do universo, o que fez o Big Bang?
Que intenção? Wiliam Palley, deu o exemplo do relógio se fosse encontrado presumir-se-ia que foi construido por um ser inteligente...
Reducionismo - semântica. será possível uma análise semântica do universo?
Recebi por emal sem a citação do autor.

domingo, 16 de novembro de 2008

Parábola da Caverna

Em obra clássica, a República, Platão desenvolve muitas idéias de seu mestre Sócrates. No livro VII, a parábola da caverna tornou-se um marco filosófico no pensamento ocidental sobre processos de mudança social, educação e desenvolvimento.
A alegoria pode ser resumida como segue.
“ Havia seres humanos vivendo em uma caverna subterrânea com uma abertura para o exterior e a luz. Eles estavam lá desde a infância; suas pernas e pescoços estavam acorrentados de tal modo que não se podiam mover; só podiam olhar para a frente, para a parede do fundo da caverna, pois eram impedidos de virar a cabeça por causa das correntes.
Havia um fogo ardente, a distância, que projetava sobre a parede do fundo as sombras de pessoas e objetos que passassem atrás.
Assim os prisioneiros da caverna, que só podiam olhar para aquela parede, acreditavam que as sombras que viam eram a realidade; e passaram a distingui-las e nomeá-las, associando-as ás formas que viam e aos sons que ouviam. As sombras eram a sua verdade, a realidade do seu mundo.
Imaginando que um deles pudesse libertar-se das correntes, pôr-se de pé, virar a cabeça e olhar para o fogo, ele sofreria com a súbita e intensa luminosidade e não poderia ainda ver a nova realidade. Ele precisaria acostumar-se com a claridade do fogo e a visão do mundo superior, além da caverna. Veria primeiro as sombras, depois os reflexos de homens e objetos na água e então os veria diretamente; depois veria o céu, o sol e poderia raciocinar sobre ele. Esta é a sequência do conhecimento.
Imagine-se que este homem retornasse á caverna. Teria dificuldades para acostumar-se novamente á semi- escuridão e para interpretar as sombras com habilidade, como seus antigos companheiros faziam. Estes diriam que ele voltara enxergando menos que antes e ridicularizariam suas idéias, não acreditando na estranha realidade que lhes era relatada.
Os prisioneiros concluiriam então que era melhor não sair da caverna, não rejeitar as sombras tão familiares, e que era extremamente perigoso aventurar-se lá fora.
E se o regressado insistisse em suas ousadas e esquisitas opiniões, seria julgado um perturbador da ordem e condenado por tal conduta ultrajante”.
A parábola da caverna, escrita no século IV a.c; discute as relações entre aparência, realidade e conhecimento, temas apaixonantes, atuais e ainda não esgotados no limiar do século XXI.
A caverna simboliza o mundo da visão aparente; a luz do fogo, o sol; a jornada ao exterior, subida ao mundo intelectual, do conhecimento e do bem. O mundo inferior ou visível composto de sombras, aparências disformes da realidade, e é habitado por homens que se tornam prisioneiros de suas crenças e opiniões baseadas simplesmente no que enxergam. O mundo superior, o inteligível, é a verdade, a realidade na qual os homens são livres para ver a luz, o sol, o mundo, a existência .
Passar do mundo das aparências para o mundo da realidade requer coragem para assumir riscos, motivação para mudança, mente aberta.
Na organização, em geral, a maioria das pessoas age como os prisioneiros da caverna, acomodados em suas crenças ortodoxas que bloqueiam novas idéias e visões, tal qual as correntes da alegoria de Platão.
Fonte: MOSCOVICI, FELA – RENASCENÇA ORGANIZACIONAL , LTC,RJ 1988.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

A chave de tudo

O artigo é bem mais longo que o recomendável para um blog (leituras rápidas). Porém, recomendo sua leitura, pois obterá um instantâneo interessantíssimo.
A resposta para todas as perguntas. A equação que resolve todas as questões. Dos sólidos de Platão às supercordas da física atual, refaça conosco a fantástica viagem da ciência em busca do seu Santo Graal: a teoria de tudo.
Helio Gurovitz
Pitágoras dizia que era a harmonia musical. Platão acreditava nos sólidos perfeitos. Newton e Einstein, no espaço, no movimento e na energia. Os físicos de hoje, em – o nome é este mesmo – supercordas. Desde que o mundo é mundo, os cientistas sonham com o dia em que toda a realidade caberá numa formulação simples e elegante, com o momento em que tudo o que existe, existiu ou existirá poderá ser entendido e explicado por uma espécie de teoria de tudo: completa, imune a contradições e paradoxos e, acima de qualquer suspeita, real. Até hoje, quem teve mais sucesso na empreitada foi o finado Tim Maia, que resumiu numa única frase – "tudo é tudo e nada é nada" – a confusão sem fim que é explicar este ou qualquer outro Universo. Mas as tentativas dos físicos e matemáticos em busca da teoria de tudo, embora não caibam em detalhes nestas poucas páginas, contam uma das histórias mais fascinantes do pensamento humano, de seus ideais e seu alcance, de suas conquistas e limitações.
"Tudo são números." Atribuída a Pitágoras de Samos, na Grécia antiga, essa frase pode ser considerada o início da busca dos homens por uma explicação lógica, precisa e racional para os fenômenos da natureza. Pitágoras, afirmam os especialistas, teria descoberto que harmonias sonoras podiam ser explicadas pelas proporções entre o comprimento das cordas musicais. Com base nos números, construiu todo um arcabouço de idéias matemáticas que resultaram no célebre teorema de Pitágoras, aquele mesmo que todos aprendemos na escola, o dos catetos e da hipotenusa (que, em grego antigo, também significa "a corda estendida"). Os intervalos musicais descobertos pelos pitagóricos em suas cordas estendidas (a oitava, a quinta e a quarta) estão presentes até hoje na música ocidental e serviram para que eles construíssem um modelo para o Universo em que tudo era resultado da "harmonia das esferas", fruto dos números.
Cordas vibrando e gerando diferentes harmonias também são a base da teoria mais atual da física moderna para explicar o Universo, chamada teoria das supercordas. Como as idéias de Pitágoras influenciaram físicos do século 21?
É preciso ir devagar. Primeiro, as idéias pitagóricas tiveram profunda influência sobre aquele que é tido como o primeiro filósofo grego: Platão. É dele a concepção que norteia até hoje a ciência moderna: a noção de que as idéias existem independentemente das coisas e de que é função do pensamento tentar pescar no mundo das idéias as explicações e teorias. Sobre essa noção foi construída toda uma visão de que a geometria e a matemática têm, por assim dizer, vida própria. Que elas são reais, independentemente da nossa capacidade de entendê-las. O modelo de Universo de Platão, descrito no diálogo Timeu, ainda não falava em átomos ou partículas, tampouco em cordas ou supercordas. Para ele, o mundo era resultado de formas geométricas perfeitas (os cinco sólidos de Platão que ilustram estas páginas). Quatro deles – hexaedro, tetradedro, octaedro e icosaedro – seriam constituintes dos quatro elementos: terra, fogo, ar e água, respectivamente.
O dodecaedro representava o quinto elemento, ou quintessência, por ser o único que não poderia ser gerado a partir de triângulos (o triângulo era uma espécie de partícula fundamental para Platão). O dodecaedro deveria, portanto, estar presente em tudo. Com a descoberta dos átomos e partículas fundamentais, no século 19, o Universo de Platão rolou ribanceira abaixo. Entretanto, até hoje, toda e qualquer teoria que se proponha a explicar tudo deve a Platão a noção de que, no tal mundo das idéias, estão as explicações. Caberia a nós, meros mortais, buscá-las.
Mais de 2 mil anos depois das fantasias platônicas, o inglês Isaac Newton escreveu no monumental Principia Mathematica, base da física clássica: "Toda a diversidade das coisas criadas, cada uma em seu lugar e tempo, só poderia ter surgido das idéias e da vontade de um ser necessariamente existente". Mais que um simples eco de Platão, também podemos ler em Newton o desejo de ver o mundo por meio da geometria e dos números, como Pitágoras. O Universo newtoniano funcionava com base na atração entre os corpos, regida pela lei da gravitação. Era a gravidade que explicava todos os movimentos. Newton também descreveu a luz como uma sucessão de partículas sujeitas às suas leis. Ao contrário das idéias dos gregos, suas teses foram verificadas experimentalmente. E, a partir daí, as estrelas e as esferas nunca mais foram as mesmas.
O poder das idéias newtonianas ao prever o movimento dos corpos celestes e ao dar nascimento à mecânica e à engenharia moderna foi tão grande, que ficou célebre a constatação do físico britânico William Thomson, o Lord Kelvin, no final do século 19, de que nada mais havia a se descobrir na física, só restava fazer medições mais precisas. "As futuras verdades da física devem ser procuradas na sexta casa decimal", teria dito Kelvin. A tal teoria de tudo estava pronta, baseada nas idéias de Newton sobre o movimento e a luz e em algumas outras teorias de James Maxwell e Kelvin sobre a transmissão de calor, eletricidade e energia então em voga.
Kelvin, hoje sabemos, estava enganado. Redonda, profunda e vergonhosamente enganado. Não só havia muito, muito mais a descobrir, como o século 20 virou de cabeça para baixo toda a física pensada nos 2 500 anos anteriores (dos gregos a Newton) e recolocou o sonho de uma teoria de tudo no mundo dos sonhos – de onde, por sinal, ele só tem tentado sair recentemente com a tal teoria das supercordas. As ambições de físicos, matemáticos e de todos os herdeiros dos ideais platônicos foram postas em xeque por uma série de dificuldades teóricas e contradições experimentais. Algumas delas foram resolvidas, outras permanecem abertas até hoje.
E o sucesso de teorias como a das supercordas para resolvê-las, ainda que possa até ser verificado em um futuro não muito distante, não deve nos iludir: tudo continua sendo coisa demais para caber numa fórmula e, talvez, possa ser econômica ou experimentalmente inviável verificar muitas das idéias hoje candidatas a teoria de tudo, a última e derradeira explicação para o princípio, o meio e o fim deste Universo – e também de outros.
No século 19, a primeira contradição observada nos princípios de Newton se referia à velocidade da luz. A mecânica newtoniana estabelecia que as velocidades de dois corpos em movimento em relação a um observador devem ser somadas. Se algo em movimento emite luz, então a velocidade da luz emitida deveria ser somada à velocidade do movimento em relação ao observador parado. Só que isso não correspondia às conclusões derivadas das teorias desenvolvidas para a eletricidade. Albert Einstein resolveu esse paradoxo por meio da teoria da relatividade restrita, em que ele postulava que a velocidade da luz era constante e não poderia ser somada a outras velocidades. Nada poderia ser acelerado acima da velocidade da luz. O trabalho de Einstein também confirmou a natureza corpuscular da luz, e as partículas que a constituíam foram chamadas de fótons.
Só que a presença dos fótons davam margem a uma outra contradição com as idéias de Newton e seus seguidores. Ei-la: se nada pode ser acelerado além da velocidade da luz e se os corpos se atraem de acordo com as leis da gravitação, como explicar que essa atração ocorra instantaneamente? Como a informação gravitacional poderia viajar de um corpo a outro a uma velocidade infinita, portanto superior à dos fótons de luz? Para resolver essa contradição, Einstein teve de modificar completamente as teorias sobre a gravitação. Ele postulou que o universo que todos conhecemos com três dimensões – em que todos os objetos têm comprimento, largura e altura – é, na verdade, a manifestação concreta de um outro universo, o real, em que existe uma quarta dimensão: o tempo. Nesse universo de quatro dimensões, chamado espaço-tempo, toda matéria causa uma deformação, ou uma espécie de curvatura. A força gravitacional seria, de acordo com Einstein, a manifestação de todas as curvaturas geradas pela matéria.
A atração entre os corpos seria, portanto, uma propriedade geométrica do espaço-tempo: eles como que "escorregariam" um em direção ao outro por causa dessas curvaturas. Quando foi possível medir experimentalmente o desvio de um raio de luz no céu de um eclipse, supostamente causado pela curvatura do espaço-tempo gerada pela massa do Sol, Einstein se tornou uma celebridade mundial. A física de Newton não passava de um caso especial de uma teoria mais abrangente para explicar todas as coisas: a teoria da relatividade geral de Albert Einstein.
Mas o físico alemão naturalizado americano não estava satisfeito. Havia uma série de outras contradições que suas teorias eram incapazes de resolver. As partículas minúsculas – como o fóton, a partícula de luz, ou o elétron, a partícula concebida para explicar a eletricidade e o magnetismo – eram dotadas de um comportamento extremamente bizarro. Em 1803, Thomas Young havia demonstrado que, ao deixar luz atravessar duas minúsculas fendas e depois iluminar um filme fotográfico do outro lado, era possível verificar no filme um padrão de interferência entre os dois raios de luz. Para explicar isso, os físicos imaginavam que as partículas de luz poderiam se propagar como ondas que interferiam umas nas outras, assim como as ondas sonoras. No século 20, porém, foi realizado um outro experimento, em que se deixava apenas um fóton de luz atravessar cada fenda.
Para surpresa de todos, ainda foi possível observar o padrão de interferência no filme. Isso significava que cada partícula de luz teria, ela própria, uma natureza ondulatória, capaz de interferir no movimento das outras.
Para explicar a natureza dessas partículas e como elas poderiam se mover e trocar energia, os físicos desenvolveram uma teoria chamada mecânica quântica. Ela tinha duas características peculiares. A primeira era postular que tais partículas só poderiam ocupar um certo número de estados energéticos fixos e que elas trocariam energia por meio de pacotes, batizados quanta. Assim, o fóton deixava de ser uma mera partícula de luz para se tornar o quanta das ondas de luz. A segunda característica era que, desenvolvidas sobretudo por Niels Bohr, Werner Heisenberg e Paul Dirac, as equações por meio das quais a mecânica quântica descrevia o movimento de "ondas-partículas" como fótons e elétrons postulavam, devido à natureza ambivalente desses objetos, que era impossível conhecer simultaneamente sua posição e sua velocidade.
A medição precisa de uma dessas quantidades implicava incerteza na medição da outra, que se transformava apenas numa gama de probabilidades. Conhecido como princípio da incerteza, essa tese de Heisenberg revoltava físicos como o próprio Einstein.
Ele tentou minar os pressupostos da mecânica quântica por meio de um experimento imaginário, concebido com seus colegas Nathan Rosen e Boris Podolsky. O experimento Einstein-Podolsky-Rosen, ou EPR, como ficou conhecido, imaginava o decaimento de uma partícula em duas outras que, de acordo com as equações quânticas, gerariam duas nuvens de probabilidades no espaço, mas girariam em sentidos opostos quando detectadas. Depois de viajar por milhões de anos-luz, Einstein, Podolsky e Rosen supuseram que um observador medisse uma das partículas, de modo que ela assumisse um dos estados previstos em sua onda de probabilidades. Ora, por força das leis do decaimento, a outra partícula deveria instantaneamente assumir o estado oposto, isto é, girar na direção contrária. Mas como ela saberia isso imediatamente a milhões de anos-luz de distância, se nada pode ultrapassar a velocidade da luz? Estava aí uma contradição evidente entre a relatividade de Einstein e a mecânica quântica.
Portanto, afimavam Einstein, Podolsky e Rosen, o princípio da incerteza deveria estar errado e toda a mecânica quântica precisaria ser revista.
Seguiu-se a isso um intenso debate entre Einstein e Bohr, talvez o maior da física do século 20. Um debate que teve conseqüências decisivas sobre a concepção de ciência derivada das idéias de Platão e sobre o possível alcance de uma teoria de tudo. Pela primeira vez desde Platão, havia um ingrediente novo. O mundo das idéias, embora representado pela nuvem de probabilidades das partículas quânticas, não dava conta de prever tudo.
O observador, ou a simples existência de um observador, interferia e alterava o resultado do experimento. O conhecimento sobre um dado da natureza poderia modificar a própria natureza. Era isso que Einstein não conseguia aceitar. Bohr e seus seguidores acreditavam que o presente só é capaz de nos dar conhecimento sobre diferentes futuros possíveis. Tudo o que podemos fazer, diziam eles, é calcular probabilidades. Mais que isso, Bohr ainda afirmava que não é necessariamente verdade que todas as coisas tenham propriedades como velocidade, posição, tamanho ou massa com valores definidos em todos os momentos. Einstein, com sua célebre frase "não acredito que Deus jogue dados com o universo", era contrário às duas posições. Ele tinha uma postura ao mesmo tempo realista (tudo pode ser medido) e determinista (tudo pode ser previsto teoricamente). Bohr era a um só tempo antideterminista e anti-realista.
Para ele, tudo aquilo a que a ciência poderia almejar era o conhecimento das probabilidades de resultados experimentais. Para Einstein, era a compreensão dos segredos por trás do funcionamento da natureza, de por que as coisas eram de um jeito e não de outro. A questão de Bohr era apenas "o quê?"; a de Einstein, "por quê?". E Einstein perdeu.
Ele queria descobrir uma teoria capaz de unificar as forças conhecidas até então, gravitação e eletromagnetismo, numa única força. Mas morreu sem formular sua tão sonhada teoria do campo unificado. E, à medida que as teorias quânticas começaram a ser verificadas experimentalmente, toda a concepção científica de Einstein foi posta em xeque. A unificação das forças numa espécie de teoria de tudo não deixava, no entanto, de ser um sonho da física. A interação das partículas, descobriram os físicos do século 20, se dava no universo por meio não de duas, mas de quatro forças: a força nuclear forte (tão forte que é responsável pela energia solar e pela coesão do átomo de hidrogênio que se desfaz na explosão de uma bomba H), a força nuclear fraca (responsável pela radioatividade e por alguns tipos de radiação e fenômenos físico-químicos), a força eletromagnética (presente na eletricidade e nos ímãs) e a força gravitacional.
Os físicos modernos já conseguiram, no ramo da física conhecido como teoria quântica de campos, integrar as três primeiras forças teoricamente e mostrar que elas são resultado de uma única "superforça", chamada força eletrofraca.
Com base nas tais probabilidades de Bohr e Heisenberg e na unificação das três forças, os físicos também mapearam toda a fauna de partículas elementares, naquilo que ficou conhecido como modelo-padrão. De acordo com esse modelo, todas as partículas quânticas (não só fótons e elétrons, mas também os prótons e nêutrons que formam o núcleo dos átomos e toda uma fauna estranha de múons, bósons e quejandos que os físicos descobrem nos aceleradores de partículas) são derivadas de três famílias de partículas ainda mais elementares, chamadas léptons e quarks (e também há uma partícula adicional chamada bóson de Higgs). Todos os léptons e quarks previstos pelo modelo-padrão já foram verificados experimentalmente nos aceleradores de partículas. Além disso, o modelo-padrão e a teoria quântica de campos são perfeitamente compatíveis com a teoria da relatividade restrita de Einstein, aquela que postula que nada pode ultrapassar a velocidade da luz.
Só falta integrar a isso tudo a força gravitacional, a teoria da relatividade geral e a curvatura do espaço-tempo. Ou faltava. Apesar de o paradoxo EPR continuar sendo um exemplo da contradição fundamental entre a relatividade geral e a teoria quântica de campos, nas duas últimas décadas a tal teoria das supercordas tem dado esperança aos físicos de que eles, finalmente, estejam próximos de uma teoria de tudo.
Os pioneiros da teoria das supercordas, John Schwarz, Michael Green e Yoichiro Nambu, imaginam que o universo não seja formado por pontos em um espaço-tempo de quatro dimensões, como o imaginado por Einstein. Para eles, vivemos em um mundo de dez dimensões, em que minúsculas cordas, cujo comprimento é da ordem de um decilionésimo de centímetro (seriam necessárias um decilhão – ou 1 seguido de 33 zeros – de cordas para formar 1 centímetro), vibram nas dez dimensões para formar todas as partículas do modelo padrão e tudo o que conhecemos. Nada muito diferente do que Pitágoras imaginava há 2 500 anos com sua música das esferas. O que eles conseguiram com isso foi alcançar a integração da força gravitacional à teoria quântica de campos. Como? Além das quatro dimensões do espaço-tempo relativístico de Einstein, haveria outras seis, presentes no princípio do universo, que teriam sido compactadas a uma escala minúscula no mundo einsteiniano que somos capazes de verificar experimentalmente.
A vibração das cordas nessas seis dimensões seria responsável pelas propriedades quânticas, como a dualidade onda-partícula.
E, dessa forma, estaria alcançada a teoria do campo unificado tão sonhada por Einstein. A questão central é que, muito provavelmente, essa teoria não pode ser provada por meio de experiências nos aceleradores de partículas, cujo alcance se restringe a fenômenos da ordem de dez quatrilionésimos de centímetro (as cordas teriam de ser um quatrilhão – ou 1 seguido de 16 zeros – de vezes maiores para ser detectadas). Para ter uma prova perfeita da existência das cordas e das leis de simetrias que a regem seria preciso um nível de energia comparável ao do Big Bang, a explosão que, de acordo com a maioria dos físicos teóricos, teria dado origem ao universo.
A tentativa deles, portanto, é projetar algum tipo de experimento que seja viável com os aceleradores de partículas para detectar pelo menos pistas de que as tais cordas existam, como ressonâncias de suas vibrações. Porém, por enquanto, tudo isso não ultrapassou o campo das especulações.
E, se a teoria das supercordas é uma legítima reedição dos ideais de Pitágoras e Einstein, numa formulação compatível com o conhecimento experimental do século 21, também não faltam concepções mais ousadas para uma teoria de tudo. A mais criativa foi elaborada pelo americano Max Tegmark. Ele na verdade radicalizou a visão platônica de que as idéias existem independentemente da nossa capacidade de conhecê-las. Para Tegmark, toda e qualquer formulação matemática existe fisicamente. Assim, o teorema de Pitágoras, por exemplo, corresponde a um universo como o nosso, que existe de fato. O único senão é que esse universo talvez não tenha nenhum habitante com consciência, capaz de descrever seus fenômenos físicos. Dessa forma, se quisermos entender as leis do universo, precisamos não apenas considerar a interferência de observadores hipotéticos nos fenômenos físicos, mas entender as próprias leis da vida desses observadores.
"As condições para a vida especificarão as equações que governam nosso universo e nos dirão por que nenhuma outra lei é válida ou aplicável", diz Tegmark. Nosso universo não passaria de uma caixinha dentro de todas as possíveis teorias matemáticas, mas uma caixinha que foi capaz de gerar estruturas autoconscientes (nós). Todas as demais caixinhas também corresponderiam a realidades físicas. Além de as idéias habitarem um mundo independente, como queria Platão, nós não passaríamos de fruto das idéias, assim como a tradição oriental diz que o mundo não passa de um sonho de Buda.
Não é nova a idéia de múltiplos universos, ou de que na verdade não faz sentido falar num universo, mas apenas em multiversos. Para explicar o comportamento bizarro das partículas quânticas, por exemplo, havia duas interpretações: a de Copenhague, defendida pelo dinamarquês Bohr, que postulava a existência da nuvem de probabilidades dos possíveis estados, e a de Budapeste, defendida pelo húngaro John von Neumann, segundo a qual as possibilidades de trajetórias e velocidades de partículas existiam em múltiplos universos. Enquanto os defensores da interpretação de Copenhague enfatizavam nossa inerente limitação para detectar os fenômenos (pois as observações geram o colapso da nuvem de probabilidades em um único estado), os que acreditavam na interpretação de Budapeste afirmavam que as medições, e o conseqüente colapso, só ocorrem de fato dentro do cérebro. Seria, portanto, nossa mente que faz as partículas do universo adotarem um caminho e não o outro, uma posição e não a outra.
E, na verdade, elas adotariam todas as possibilidades em múltiplos universos. O quanto da nossa capacidade de entender e resumir tudo por meio do cérebro limita as possibilidades da nossa compreensão ou o quanto essa compreensão não passa de um reflexo de nossas próprias estruturas mentais é uma questão sem resposta. Não há uma explicação para o fenômeno da consciência, assim como ainda não há teoria capaz de explicar tudo o que há no universo. Se os dois sonhos são no fundo reflexo da mesma ilusão matemática, nem Tim Maia soube dizer.
Pitágoras (570-497 a.C.)
A "harmonia das esferas" era para os pitagóricos a origem de tudo. Com base na proporção entre os comprimentos das cordas musicais, Pitágoras descobriu os intervalos entre notas existentes até hoje na música. Ele também buscava nos números a explicação para o funcionamento de todo o universo.


Platão (427-348 a.C.)
Para ele, a explicação de como tudo existia estava nos cinco sólidos perfeitos: cubo, tetraedro, octaedro, icosaedro e dodecaedro. Os quatro primeiros estavam por trás dos quatro elementos (terra, fogo, ar e água), e ao dodecaedro correspondia um quinto elemento, a quintessência presente em tudo. Apesar de a teoria de Platão parecer, hoje, fantasiosa, a ciência moderna deve a ele a noção de que existem explicações independentes para as coisas.
Newton (1643-1727)
Fez uma descrição do universo que partia de equações matemáticas para explicar como os corpos se moviam e trocavam energia. Suas principais teorias foram capazes, pela primeira vez, de explicar a força gravitacional e acabaram dando origem a todo o avanço tecnológico por trás da Revolução Industrial.


Einstein (1879-1955)
No século 19, a experimentação mostrou que havia buracos nas teorias newtonianas. Einstein ampliou-as com as teorias da relatividade restrita e geral, postulando que nada poderia ultrapassar a velocidade da luz. Mas ele não conseguiu realizar seu sonho: construir uma teoria capaz de explicar todas as forças do universo por meio de uma única "superforça". A relatividade geral se mostrou contraditória quando aplicada ao mundo das partículas elementares. Hoje, a teoria das supercordas está perto de unir a força gravitacional e a relatividade geral com as demais forças do universo e realizar o sonho de Einstein.
Niels Bohr (1885-1962)
Ao explorar os mistérios do átomo, ele entrou em choque com a visão einsteiniana de que a missão da ciência era desvendar o porquê dos fenômenos naturais. Para Bohr, o máximo que se poderia obter é uma teoria que descreve como as coisas são.


Max Tegmark (1967)
O radical físico americano acredita que: toda teoria matemática tem existência física em algum universo. Mas só em alguns deles haveria vida autoconsciente capaz de explicá-los. "Não somos nós que criamos a matemática", diz Tegmark, " foi a matemática que nos criou".
Original em:
http://super.abril.com.br/superarquivo/2003/conteudo_275105.shtml
Obs.: creio que a revista se equivocou ao dizer que Max Tegmark seja americano. Pelo que sei ele é sueco, inclusive casado com uma brasileira.

sábado, 13 de setembro de 2008

Platão

Platão: importante filósofo grego da antiguidade
Este importante filósofo grego nasceu em Atenas, provavelmente em 427 a.C. e morreu em 347 a.C. É considerado um dos principais pensadores gregos, pois influenciou profundamente a filosofia ocidental. Suas idéias baseiam-se na diferenciação do mundo entre as coisas sensíveis (mundo das idéias e a inteligência) e as coisas visíveis (seres vivos e a matéria).
Filho de uma família de aristocratas, começou seus trabalhos filosóficos após estabelecer contato com outro importante pensador grego: Sócrates. Platão torna-se seguidor e discípulo de Sócrates. Em 387 a.C, fundou a Academia, uma escola de filosofia com o propósito de recuperar e desenvolver as idéias e pensamentos socráticos. Convidado pelo rei Dionísio, passa um bom tempo em Siracusa, ensinando filosofia na corte. Ao voltar para Atenas, passa a administrar e comandar a Academia, destinando mais energia no estudo e na pesquisa em diversas áreas do conhecimento: ciências, matemática, retórica (arte de falar em público), além da filosofia. Suas obras mais importantes e conhecidas são: Apologia de Sócrates, em que valoriza os pensamentos do mestre; O Banquete, fala sobre o amor de uma forma dialética; e A República, em que analisa a política grega, a ética, o funcionamento das cidades, a cidadania e questões sobre a imortalidade da alma.
Idéias de Platão para a educação:
Platão valorizava os métodos de debate e conversação como formas de alcançar o conhecimento. De acordo com Platão, os alunos deveriam descobrir as coisas superando os problemas impostos pela vida. A educação deveria funcionar como forma de desenvolver o homem moral. A educação deveria dedicar esforços para o desenvolvimento intelectual e físico dos alunos. Aulas de retórica, debates, educação musical, geometria, astronomia e educação militar. Para os alunos de classes menos favorecidas, Platão dizia que deveriam buscar em trabalho a partir dos 13 anos de idade. Afirmava também que a educação da mulher deveria ser a mesma educação aplicada aos homens.
Frases de Platão:
"O belo é o esplendor da verdade".
"O que mais vale não é viver, mas viver bem".
"Vencer a si próprio é a maior de todas as vitórias".
"O amor é uma perigosa doença mental".
"Praticar injustiças é pior que sofrê-las".
"A harmonia se consegue através da virtude".
"Teme a velhice, pois ela nunca vem só".
"A educação deve possibitar ao corpo e à alma toda a perfeição e a beleza que podem ter".
Fonte:
http://www.suapesquisa.com/platao/

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