Mostrando postagens com marcador água. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador água. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

A água

A ÁGUA! EM ALGUNS LUGARES ELA JÁ NÃO EXISTE MAIS.
Realidade!!!

Delhi - India. Todos querem apenas um pouco de água...


Dois sudaneses bebem água do pântanos com tubos plásticos, especialmente concebidos para este fim, com filtro para filtrar as larvas flutuantes responsáveis pela enfermidade da lombriga de Guiné. O programa distribuiu milhões de tubos e já conseguiu reduzir em 70% esta enfermidade debilitante.


Os glaciais que abastecem a Europa de água potável perderam mais da metade do seu volume no século passado. Na foto, trabalhadores da estação de esquí do glacial de Pitztal, na Austria, cobrem o glacial
com uma manta especial para proteger a neve e retardar seu derretimento durante os meses de verão....


As águas do delta do rio Niger são usadas para defecar, tomar banho, pescar e despejar o lixo.


Água suja em torneiras residenciais, devido ao avanço indiscriminado do desenvolvimento.


Aldeões na ilha de Coronilla, Kenya, cavam poços profundos em busca do precioso líquido, a apenas 300 metros do mar. A água é salobra.


Aquele que foi o quarto maior lago do mundo, agora é um cemitério poeirento de embarcações que nunca mais zarparão...

VALORIZE A ÁGUA! EM ALGUNS LUGARES ELA JÁ NÃO EXISTE MAIS...

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Plantando água


Observar as plantas e copiar a natureza. Esta foi a saída que o agricultor Jurandir Anunciação de Oliveira buscou em seus antepassados para matar a charada proposta por pesquisador que lhe recomendou “plantar água” para conviver com a escassez de água no semi-árido nordestino de Cafarnaum, cidade baiana onde mora. A saída também servirá para amenizar o aquecimento global, segundo entende o pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Antônio Donato Nobre. Ambos estiveram juntos em conferência sobre sistemas agroflorestais e mudanças climáticas realizada nesta quarta-feira (24) em Luziânia (GO).
“Eu planto mil folhas de palma, colho 4.750 litros de água e posso cultivar manga em agosto sem depender de água de barragem ou de chuva”, contou o agricultor durante o seminário que é parte da programação do VII CBSAF, Congresso Brasileiro de Sistemas Agroflorestais, organizado pela Embrapa e parceiros, e que tem objetivo de proporcionar o compartilhamento de experiências.
Oliveira conseguiu driblar os efeitos da seca em sua propriedade compactando folhas de palma sob o solo em que plantaria fruteiras. Mas como essa lógica tem indicado caminhos para salvar a Terra dos efeitos danosos das mudanças climáticas - que são dez vezes mais graves do que dizia o último Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), conforme anunciou Nobre?
Regador do Éden
Segundo o pesquisador, a descoberta de que a “floresta amazônica é o regador do Éden” ou que as árvores transpiram por unidade de área mais do que o oceano ocorreu fora dos modelos matemáticos dos meteorologistas. Pela física os cientistas russos captaram os princípios da natureza que os agricultores captaram pela intuição: as florestas funcionam como uma bomba de água, sendo, portanto essenciais no resfriamento da Terra, disse o Nobre. Segundo ele, cada árvore grande na Amazônia chega a evaporar 300 litros de água por dia.
Segundo o pesquisador, conseqüências do aquecimento global que estavam sendo esperadas para 2050 começaram a ser registradas já em 2007. “O gelo do Ártico derreteu tão rápido que desestimulou os investimentos para a ampliação do canal do Panamá”, aponta Nobre como um dos eventos que estão sendo antecipados pegando meteorologistas de surpresa."
“Ou muda ou morre”
O alerta foi feito pelo agricultor familiar para o contexto da região semiárida onde vive, mas tem a concordância do pesquisador do Inpe que fala da situação do Planeta: “a mordida virá, inesperada e brutal”, sentencia tendo por base dados históricos e não futorológicos, assegura. A saída, segundo entende não estará numa tecnologia que, sozinha, nos salve dos desastres climáticos, mas de uma agenda de colaboração e no conhecimento , defendeu.
Para tanto, o agrônomo está desenvolvendo o projeto Fênix amazônico que tenta a partir do conhecimento acumulado em vários setores, criar uma síntese que seja acessível e que colaborativamente encontre saídas para questões específicas como a fundiária, dos poluentes ou da sustentabilidade. Embora apontasse a necessidade de correção de rotas em diversas áreas Nobre avalia que “não haverá solução sem a Embrapa, sem a ciência e sem o conhecimento intuitivo do produtor”, finalizou.
Original no site:

terça-feira, 31 de março de 2009

Água - o drama!


O drama da água na escala global
182 países participaram de um Fórum Mundial da Água, enfrentando o problema da escassez: mais de 1 bilhão de pessoas já não terem acesso a água de boa qualidade e 2,5 bilhões não disporem de redes de coleta de esgotos

Washington Novaes*
O Estado de São Paulo – 27/03/2009
O Fórum Mundial da Água, encerrado no último fim de semana em Istambul, com a presença de 28 mil delegados de 182 países, trouxe à tona informações dramáticas sobre esse setor no mundo, bem como recomendações para a Convenção do Clima, reuniões do G-8, governos e outras instâncias de decisão. A começar pelo fato de mais de 1 bilhão de pessoas já não terem acesso a água de boa qualidade e 2,5 bilhões não disporem de redes de coleta de esgotos. Como a população mundial continua crescendo à razão de 80 milhões de pessoas por ano, são mais 64 bilhões de metros cúbicos anuais no consumo global de água, diz o relatório Water in a Changing World, de 26 agências da ONU.
Além disso, acentua o documento, as pressões continuam crescendo: as hidrelétricas, que respondem por perto de 20% da energia no mundo, são cada vez mais solicitadas para reduzir as fontes poluidoras derivadas do carvão, do gás e do petróleo - e isso significa mais barragens quando, segundo a Comissão Mundial de Barragens, já existem 45 mil no mundo (só as com pelo menos 15 metros de altura), mais de 80% do fluxo dos rios é interrompido e vários dos grandes rios não chegam mais aos oceanos (Colorado, Amarelo e outros). A agropecuária, que usa cerca de 70% da água, aumenta seu consumo com a demanda de alimentos (1 quilo de trigo exige de 400 litros a 1 mil litros para ser produzido, diz o documento; 1 quilo de carne, entre 1 mil e 20 mil litros; 1 litro de combustível "verde", cerca de 2,5 mil litros). Não é só. A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) lembra que, se um ser humano precisa de apenas 3 litros diários para beber, precisará de cerca de 3 mil litros por dia para produzir sua alimentação - o que pode elevar o consumo total, em casa e fora dela, para 4 mil litros por dia por pessoa.
Tem mais. Doenças veiculadas pela água são a segunda causa de morte de crianças com menos de 5 anos: 4,2 mil por dia. Dessas crianças, 125 milhões vivem em casas sem água potável de boa qualidade; 23% da população mundial defeca ao ar livre, porque não dispõe de instalações sanitárias nem de redes de esgoto - o que leva a ONU a concluir que, se o saneamento fosse universalizado, seriam reduzidas em 32% as doenças diarreicas, que matam, junto com outras veiculadas pela água, 1,7 milhão de pessoas por ano (no Brasil, perto de 80% das internações pediátricas e das consultas na rede pública se devem a essas doenças).
Reduzir esses dramas e caminhar em direção aos Objetivos do Milênio exigirá enfrentar muitos condicionantes: o aumento da população; as regras para compartilhamento dos aquíferos pelos vários países; impedir que mudanças do clima façam ainda mais vítimas entre os pobres e continuem a derreter os gelos das montanhas, que abastecem centenas de milhões de pessoas; a crise econômica global, que restringe recursos. Também exigirá novas tecnologias, mudanças no padrão de consumo e no mercado de alimentos e mais planejamento, controle da poluição, regras para expansão urbana desordenada e redução do desmatamento.
A situação brasileira, nesse quadro, poderia ser até privilegiada, já que dispomos de 12% do fluxo superficial de água no mundo, além de grandes depósitos subterrâneos. Mas além da distribuição geográfica da água ser muito desigual (72% na Amazônia, 6% no Sudeste), diz a Agência Nacional de Águas, há anos que todas as nossas bacias hidrográficas, da Bahia ao Sul do País, estão em "situação crítica" por causa de poluição, desperdício ou conflitos pelo uso.
E a situação do abastecimento de água e saneamento continua dramática. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), são 34,5 milhões de pessoas (28,6% da população urbana) que não dispõem de redes de coleta de esgotos, mas se a elas se acrescentarem os que contam apenas com fossas, chega-se perto de 50%. Quase 10% não têm suas casas ligadas a redes de abastecimento de água. Mas a "universalização" das redes de esgotos e de água só acontecerá em 20 anos. Apesar disso, estamos devolvendo R$ 202 milhões ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) porque não fomos capazes de fazer licitações e cumprir outras exigências. E tudo isso sem entrar no terreno do tratamento de esgotos, já que apenas pouco mais de 20% dos esgotos coletados recebem algum tratamento (em geral, apenas primário, que devolve 50% da carga orgânica aos rios, onde são a causa principal de poluição). Ou no terreno da perda de água, que está acima de 40% nas maiores cidades brasileiras.
Pode haver encaminhamentos, claro. Os recursos para o saneamento têm de aumentar. É possível ampliar as redes de coleta com menos gastos se se adotar em maior escala o sistema de ramais condominiais (que já atendem a 15 milhões de pessoas, inclusive grande parte de Brasília). Para reduzir as perdas de água, é indispensável criar nos bancos públicos sistemas de financiamento para recuperação e manutenção das redes (hoje só se financiam novas barragens, adutoras e estações de tratamento, muitas vezes mais caras). Urge implantar os comitês de gestão de bacias em todo o País (só dois funcionam hoje) e a exigência de pagamento pelo uso da água (com os recursos daí advindos aplicados na própria bacia). Deixar, o Tesouro Nacional, de contingenciar recursos dos comitês. Disciplinar o uso de águas por pivôs centrais, que em grande parte desperdiçam metade do que retiram dos mananciais. Reciclagem e reúso da água têm de se tornar rotina. Nas cidades, é fundamental exigir a retenção de água de chuva em cada imóvel e usá-la inclusive nos sistemas sanitários (ajudando também a reduzir as enchentes). Ampliar para todo o País o sistema adotado em São Paulo, de individualizar as contas nas habitações coletivas, para estimular a economia (é preciso ter também faixas mais diferenciadas para o consumo, pelo mesmo motivo).
Enfim, são muitos caminhos. Não se pode perder mais tempo diante da gravidade do quadro.
*Artigo publicado no Jornal o Estado de São Paulo, em 27/03/2009, na página A-2.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Um dia com o mínimo possível de água


Um dia com o mínimo possível de água: você conseguiria?
O balde cheio d'água dançava em minhas mãos. Levantei com dificuldade e despejei uma boa parte sobre a cabeça. Dever cumprido, um banho digno. E ainda restava um fiozinho de água para terminar o dia.

O sacrifício de tomar banho a baldes de água fria foi movido por um desafio: passar um dia completo com apenas 20 litros de água.

A quantidade, definida por normas internacionais da Organização Mundial de Saúde e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), é o mínimo de que o ser humano precisa para preservar seu bem-estar físico e dignidade referente à higiene pessoal. Na prática, porém, a história é outra.

Enquanto eu controlava um dos últimos baldes da minha cota diária, um norte-americano acionava mais uma vez o botão da descarga, em seu apartamento em Manhattan. Ao final do dia, ele terá gasto 50 litros gastos só com descarga - dois dias e meio do meu desafio indo ralo abaixo!

O gasto do cidadão norte-americano médio é de incríveis 575 litros de água por dia, segundo informa o Relatório de Desenvolvimento Humano, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), de 2006, que trata da escassez de água. A média européia fica entre 200 e 300 litros e, aqui no Brasil, gastamos, em média, 180 litros.

A situação na África Subsariana, claro, é bem diferente. Em Moçambique, a população tem acesso a menos de 10 litros diariamente. No Quênia, as pessoas precisam andar quilômetros para conseguir de 12 a 14 litros ao dia. Em época de seca, quando os rios encolhem, esse número cai bastante.

A falta de água é problema sério em um planeta sedento e desigual. Ao fim do dia do meu desafio, 4.900 crianças menores de 5 anos morreram de diarreia no Quênia. A doença, segunda maior assassina de crianças em todo mundo, tira a vida de 112 bebês quenianos a cada mil que nascem.

A relação acesso à água e doenças é bastante clara. "Com o aumento da oferta de água no Nordeste brasileiro, a mortalidade infantil caiu drasticamente na região", confirmou o coordenador de Ciências Naturais da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco/Brasil), Celso Schenkel. Segundo ele, 1,1 bilhão de pessoas em todo o mundo ainda não contam com o fornecimento de água potável e estão sujeitas a enfrentar doenças mortais ou viver sem a dignidade de um banho.

Pensei nisso ao enfrentar 24 horas com meros 20 litros de água. Separei minha cota em um engradado, para ter o controle exato. Reservei em uma garrafa pet dois litros exclusivos para minha hidratação e fui à luta.
(Fonte: Murilo Alves Pereira/ UOL Notícias)

Fonte: Ambiente Brasil, Brasília, DF - 08 01 2009
Site: www.ambientebrasil.com.br
.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

A água


Deu no Ponto de Vista do Diário Popular

Por RENATO BRITO

Todo mundo sabe que a Terra é formada por muita água, mas 97% dessa água toda está nos oceanos e mares e é salgada, 2% estão armazenadas nas geleiras, em lugares quase inacessíveis. Apenas 1% de toda a água do planeta está disponível para uso, armazenada nos lençóis subterrâneos, lagos, rios e na atmosfera.
Mesmo assim, durante milênios a água foi considerada um recurso infinito. A generosidade da Natureza fazia crer em inesgotáveis mananciais, abundantes e renováveis. Porém este quadro está mudando e atualmente 11 países da África e nove do Oriente Médio já não têm água. A situação também é crítica no México, Hungria, Índia, China, Tailândia e Estados Unidos. Preocupados com a situação alguns países tentam reverter o problema, como Israel que está reciclando 70% do esgoto para irrigação, ou seja, é o país com o melhor índice de aproveitamento de água na agricultura cuja eficiência chega a 90%; os Estados Unidos, desde 1950 diminuíram 36% o consumo de água pelas indústrias.
O Brasil tem 8% de toda a água doce existente no planeta. Esse é um dado impressionante mas, na verdade, todo esse recurso está mal distribuído; a água é abundante na região amazônica, que tem 80% da disponibilidade total e em outras regiões, como o semiárido nordestino, é escassa; seria esse também um bom motivo pelo interesse da Internacionalização da Amazônia?

Além da distribuição desigual da água, estamos enfrentando ainda, a poluição dos rios e nascentes, a destruição das matas de topo, de cobertura e ciliares e o crescimento da demanda pelo recurso. Uma população maior aliada à crescente industrialização do País, à irrigação para produção de alimentos e à geração de energia por exemplo. E a Natureza já não está respondendo os recursos na mesma velocidade em que são gastos.
Também no Brasil, a água vem escasseando. A cada ano que passa quem vive nas zonas rurais está vendo secar nascentes antes consideradas perenes. Enquanto isso, nas cidades, água suja tem sido veículo de doenças que atingem principalmente às populações mais pobres, produzindo números impressionantes:
- A cada 100 crianças internadas em hospitais, 60 adoecem por consumir água suja;
- A cada 100 crianças que morrem antes de completar um ano, 30 foram vitimadas pela diarréia (doença transmitida por água suja).
Então por que não cuidamos da água como cuidamos uma árvore, por exemplo?
Todos sabem que a Terra não pode viver sem as árvores e por isso as pessoas têm o maior cuidado com elas. Todas as escolas comemoram o Dia da Árvore. Uma árvore é muito fácil de desenhar.
Mas e a água, todas as pessoas adoram uma água bem clarinha e fria na hora da sede. Todo mundo adora mergulhar num lago de águas claras, num rio cristalino. Todos sabem que o ser humano não pode viver sem água limpa. Todo mundo sabe que a água é tão importante quanto o ar. Até mesmo uma árvore, sem água, não pode viver. Poucas escolas sabem que existe o Dia da Água (22 de março).
Ninguém sabe desenhar a água. Vai ver é por isso que ninguém cuida da água com o mesmo carinho que cuida da árvore.
A questão da água não pode ser apenas responsabilidade do Governo que pouco pode fazer sem a efetiva participação de cada cidadão, usuário da água. Somente uma mudança de atitude de todos e de cada pessoa como ser humano e cidadão pode assegurar o futuro da qualidade e quantidade de água necessária ao bem-estar das populações e ao equilíbrio ambiental. A gestão da água precisa ser compartilhada pelo Governo e sociedade, cabendo a responsabilidade a todos os seus usuários.


Original em:

Seguidores

Visualizações nos últimos 30 dias

Visitas (clicks) desde o início do blog (31/3/2007) e; usuários Online:

Visitas (diárias) por locais do planeta, desde 13/5/2007:

Estatísticas