Mostrando postagens com marcador amizade. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador amizade. Mostrar todas as postagens

sábado, 28 de agosto de 2010

As pequenas coisas e os valores

Estamos esquecendo as pequenas coisas e os valores importantes
Escrito por Jorge Alberto Françóia
  
Ter, 05 de Maio de 2009 00:00
Muitas vezes começamos o nosso dia muito atarefados e deixamos de lado algumas palavras que são de vital importância no relacionamento humano como: bom dia, obrigado, como vai, como tem passado, o que tem feito de bom ou um simples oi.

Essas palavras têm que ser parte integrante de nosso vocabulário diário: elas nos aproximam das pessoas, fazem nos sentir melhor, nos ajudam a encontrar novas amizades e a reabastecer as velhas. Sorria e diga palavras gentis, cordiais e que inspiram o grande sentimento de amor que tem em seu coração. Agindo assim, mais pessoas irão querer estar ao seu lado.

Aproveite a oportunidade e libere toda essa cordialidade que está dentro de seu peito e verá, sentirá e ouvirá que seu dia se transformará em um excelente, animado e grandioso momento de felicidade, além de lembrar seu coração o valor da amizade sincera.

A amizade sincera é fonte de amor. O amigo é aquele que ouve as nossas reclamações, chora por nós, nos defende em qualquer circunstância. Na dificuldade é quem nos ampara.

Cultive um amigo verdadeiro e seja um amigo verdadeiro. Muito cuidado com as suas amizades, veja e sinta qual delas é importante para você. Qual delas você têm certeza que lhe ajudará nos momentos de dificuldades.

Nos seus relacionamentos seja você mesmo. Sinta se as pessoas que estão junto de você não estão por algum interesse.

A amizade é muito importante em nossa vida. O amigo verdadeiro não concorda com tudo que fazemos. Critica de forma construtiva os nossos atos inconseqüentes. Presta atenção em nossos sentimentos. Enxuga uma lágrima e observa tudo que temos para falar.

Reflita sobre as suas amizades. Elas estão sendo boas para você? Você também está sendo um bom amigo(a)? É nas horas de desespero, de angústia que conhecemos as verdadeiras amizades.

Hoje, reparando nos jovens, todas as pessoas, para eles, são consideradas amigas. Encontrou alguém na balada, já se torna amiga. É assim que as amizades vão se formando, muitas sem solidez nenhuma, muitas por interesse e poucas por gostar muito do outro, por se compatibilizar com o outro.

Se fizermos uma análise real de nossas amizades veremos que sobram poucos amigos. Amigo, como diz a música, “é coisa para se guardar debaixo de sete chaves, dentro do coração”. Preservar um amigo é como cuidar da saúde, dizia certa pessoa, “nunca damos conta do seu verdadeiro valor até perdermos”.

Aproveite todos os dias de sua vida para fazer uma nova amizade ou reconquistar uma que está perdida.

Jorge Alberto Françóia

Capturado no endereço:

domingo, 1 de agosto de 2010

A importância dos amigos


Amigos fazem probabilidade de sobrevivência aumentar em 50%, diz estudo
Pesquisadores americanos afirmam que ter poucos amigos é tão prejudicial à saúde como fumo ou alcoolismo.
BBC


Uma pesquisa da Universidade Brigham Young, nos Estados Unidos, sugere que ter uma boa rede de amigos e vizinhos pode aumentar as chances de sobrevivência de uma pessoa em 50%.

A pesquisa, publicada na revista especializada PLoS Medicine, chegou a esta conclusão ao analisar dados de cerca de 150 estudos que analisavam as chances de sobrevivência em relação a redes sociais.

Para os pesquisadores americanos, ter poucos amigos pode ser tão prejudicial à sobrevivência de uma pessoa como fumar 15 cigarros por dia ou ser alcoólatra.

Os cientistas acreditam que tomar conta de outras pessoas nos leva a cuidar melhor de nós mesmos.

Para Julianne Holt-Lunstad, que liderou o estudo, há muitas formas pelas quais amigos, colegas e família podem aumentar a saúde e bem-estar de uma pessoa.

"Quando alguém está conectado a um grupo e se sente responsável por outras pessoas, aquele senso de propósito e significado se traduz com a pessoa tomando conta dela mesma e assumindo menos riscos", afirmou.

Para os pesquisadores, perder o apoio social pode diminuir ainda mais as chances de sobrevivência do que obesidade ou sedentarismo.

Sete anos
Os cientistas analisaram 300 mil pessoas em quatro continentes em um período de sete anos. Segundo esta análise, aqueles com redes sociais mais fortes se saíram melhor em resultados de saúde e expectativa de vida.

A probabilidade de estas pessoas estarem vivas em qualquer idade era quase duas vezes maior do que daqueles considerados solitários.

O estudo incluiu pessoas de todas as idades, sem levar em conta o estado de saúde inicial dos pesquisados.

"O efeito não é isolado em adultos mais velhos. Relacionamentos fornecem um nível de proteção a todas as idades", afirmou Timothy Smith, outro pesquisador que participou do estudo.

Smith, no entanto, alerta que os aparatos modernos e a tecnologia podem levar algumas pessoas a pensar que redes sociais face a face não são mais necessárias.

"Como humanos, nós encaramos relacionamentos como algo garantido, somos como peixes que não notam a água. A interação constante não é apenas um benefício psicológico, mas influencia diretamente nossa saúde física", acrescentou.
______________________
Original no site: 

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Solidariedade... uma palavra que está desaparecendo no mundo de hoje.
E atitude são poucos que ainda tem ....... e os que tem, agem .....

























"A RAZÃO DOS CÃES TEREM TANTOS AMIGOS,

É QUE MOVEM SUAS CAUDAS MAIS
QUE SUAS LÍNGUAS."

Pense nisso...
Se usarmos nosso tempo, dedicação, atenção para proclamar sorrisos, felicidade e amor,
tudo fica melhor, tudo se transforma e assim cumprimos o que Deus nos confiou...
A forma de algumas pessoas levarem a vida, com mais leveza, com um sorriso no rosto
e felicidade estampada em atitudes, não quer dizer que ela seja irresponsável com aquilo
que lhe foi confiado... Dedicação, atenção, responsabilidade, não tem nada a ver com mau
humor ou o fato de não prestarmos atenção nas simples formas de amar.

As pessoas precisam AMAR mais e julgar menos...
Todo mundo é igual, e estamos todos destinados a um mesmo futuro, a morte.
Mas apesar desse destino certo, cabe a cada um a liberdade de escolha, enquanto respira...

Como você decide viver a vida é o que faz diferença nos momentos em que passar por provações.
Vamos AMAR mais e julgar menos!!
Recebi por e-mail tal qual.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Chiquinho e o Loki

Fui ao cinema assistir Loki, um delicioso documentário sobre a vida de Arnaldo Batista, um dos componentes do grupo Os Mutantes, que impactou a música popular brasileira no final dos anos sessenta e começo dos setenta. Loki são dois documentários em um. O primeiro trata de dois garotos (Arnaldo e Sérgio) e uma menina (Rita) que formaram Os Mutantes, vinte anos à frente de seu tempo. Quando o conjunto foi dissolvido, Arnaldo mergulhou em depressão, foi tratado como louco e internado em sanatórios até tentar o suicídio atirando-se pela janela de um hospital e entrando em coma. Aí começa o segundo documentário. Uma fã, Lucinha Barbosa, entrega-se a uma missão quase impossível: trazer de volta à vida o loki Arnaldo Batista, que ela amava. Graças à dedicação de Lucinha, Arnaldo recuperou-se e mesmo com sequelas motoras e na fala, voltou a compor e transformou-se em pintor. E participou do retorno triunfal dos Mutantes em 2006 em Londres. Lucinha casou-se com ele e é o anjo da guarda do Loki. Uma emocionante história de amor.
Pois bem... Em 1979, próximo a meu estúdio havia uma escola de música e dança. Eu queria uma atividade física que desse prazer e a dança parecia uma boa idéia. Ao matricular-me conheci o dono da escola: Francisco Florentino Rodrigues, o Chiquinho. Não demorou para eu descobrir que o Chiquinho era um coração com uma pessoa batendo dentro... Desenvolvemos uma amizade de irmãos, chegamos a morar juntos e passamos por momentos inesquecíveis. O Chico, seguindo sua vida como músico, tocando em bandas, fazendo jingles e compondo. E eu tentando virar cartunista.
O tempo e as prioridades nos separaram. Pouco nos víamos, mas temos aquele tipo de amizade que não precisa da proximidade física. Só o fato de saber que “ele está lá” basta para me trazer conforto, sabe como é?
Cerca de um ano e meio atrás o Chico sumiu. O celular não atendia. Então recebi um email de uma amiga comum: “Parece que o Chiquinho está internado num hospital com problemas sérios de saúde”. O Chico é diabético e já tinha sofrido um infarto. Apreensivo, fui atrás e descobri que ele estava saindo de trinta dias numa UTI depois de mais dois infartos que comprometeram 80% de seu coração. O Chico estava mal! Corri para o hospital para visitar o velho amigo e, ao chegar, conheci a Ângela, que se apresentou como “a namorada do Chico”.
Nos últimos 18 meses Chiquinho viveu um calvário, com água no pulmão, insuficiência renal, infecção hospitalar, catarata, feridas nos pés e seguidas internações. Em quase dois anos, deve ter passado a metade do tempo internado. E a Ângela a seu lado.
Ângela tem uma filha cantora e entrou em contato com o Chico em 2007, pois ele produzia jingles e poderia se interessar pelo trabalho da menina. Do Orkut surgiu um namoro. Chico com 56 anos, diabético, enfartado, duro, baixinho, careca e feio. E a Ângela com 37, uma bela mulher cheia de energia e um grande sorriso. Quatro meses depois do início do namoro, os dois infartos deram início ao calvário do Chico pelos hospitais. Muita gente sumiu, mas a Ângela ficou. Colocou sua vida de lado para dedicar-se ao Chiquinho, acompanhando-o em todos os momentos, cuidando dele como cuidamos de quem amamos.
E graças a Ângela o Chiquinho está vivo.
Na manhã de sábado passado em Salto, cidadezinha próxima de São Paulo, num cartório simplesinho, fui padrinho do casamento do Chiquinho com a Ângela. Emocionado vi o velho amigo, com andar frágil, 22 quilos a menos e ossos aparecendo onde sempre havia gordurinhas, mostrar aquele mesmo velho humor. Chico, aos 59 anos, irradiava felicidade. E a Ângela, aos 40, tão feliz quanto.
Quem colocou essa moça na vida do Chico? Na hora exata? Que missão é essa que ela cumpre?
A Ângela veio do mesmo lugar de onde saiu Lucinha. De uma fábrica de anjos.
Luciano Pires
VEJA A FOTO DOS NOIVOS E COMENTE ESTE TEXTO EM:


quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Amigos

A respeito do dia do amigo, no último dia 20/7, recebi um e-mail com esta mensagem.

Santo Agostinho, acerca do tempo, diz que, se não for questionado à respeito, ele sabe o que é, mas, se for perguntado, já não sabe mais.

Esta afirmação significa que, de uma forma intuitiva, vivenciamos e sabemos o que é o tempo, porém, quando somos questionados e temos que formular uma resposta, notamos que o seu sentido, aparentemente compreendido como algo natural, foge à nossa razão, nos obrigando a procurá-lo sabe-se lá em quais profundas reflexões.
Creio que definir o que é um amigo é mais ou menos como isso. Não se descreve as qualidades de um amigo como quem fala de uma banana. Não dá para dizer que um amigo possua este ou aquele tamanho, se porte desta ou daquela maneira.
Em outras palavras, não existe nem perfil para o enquadrarmos, nem manual que nos ensina a ser amigos dos outros.Amigo é a família que escolhemos. É um monte de risadas, choros, ansiedades, medos, frustrações e vitórias, compartilhadas e divididas de forma desigual. Isto mesmo, desigual!
Com os amigos não existem princípios de justiça ou eqüidade, eles não são necessários. Às vezes se come o pedaço maior, às vezes não. Umas vezes entramos com as lágrimas, outras com o ombro. Às vezes se dá a vida inteira para se receber uma só vez, justamente naquela hora que era mais preciso.
Com amigos não existe contabilidade, todo mundo é meio pai, meio mãe, meio irmão e meio aquele cunhado chato.
Ninguém faz poupança da amizade, tudo é na hora. Amizade é coisa do presente. Amigo no passado é saudade. Amigo no futuro é outra coisa, mas não amigo.
Amizade é aquela capacidade de quebrar o maior dos paus para depois de algum tempo juntar os caquinhos e esquecer, pensando que era tudo bobagem mesmo.
É ficar anos sem se ver e parecer que nunca estivemos separados. É contar e recontar dúzias de vezes aquelas velhas histórias e achar isto o máximo. É vibrar quando as coisas dão certo e não é com a gente. É comprar a briga que não é nossa. É admirar, respeitar e, nem por isso, perdoar quando o outro deixa a bola quicando. É saber entender mesmo quando não se entende nada do que está acontecendo. É carregar o outro quando ele bebe demais e ainda dar risada. É xingar e falar as verdades, por mais que elas doam.
Amizade não é troca, não é escambo, não é negócio. É uma plantinha que devemos regar e cuidar. Dar sol, conversar, trocar de vaso de vez em quando, elogiá-la, botar uma música para ela e, no final das contas, reconhecer que o maior bem que ela nos faz é que quando a contemplamos um sorriso brota nos nossos lábios.
Feliz Dia do Amigo
Robledo

sábado, 14 de março de 2009

O laço e o abraço



Nunca tinha reparado pronto: está dado o laço.
Como é curioso um laço... Um fita dando voltas que se enrosca... Mas não se embola. Vira, revira, circula e... Assim como um abraço: coração com coração.
Tudo isso cercado de muito braço. É assim que é o laço: Um abraço no presente... No cabelo... No vestido... Em qualquer coisa que faço.
E quando puxo uma ponta, o que é que acontece? Vai escorregando... devagarzinho... desmancha... desfaz o abraço. Solta o presente, o cabelo... E na fita que curioso, não faltou nenhum pedaço.
Ah! Então é assim o amor, a amizade. Tudo o que é sentimento? Como um pedaço de fita? Enrosca, segura um pouquinho, mas pode desfazer a qualquer hora, deixando livre as duas pontas do laço.
Recebi por email sem a citação do autor.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Árvores Generosas


A gratidão é uma rara virtude. É comum as pessoas guardarem mágoas por muitos anos de coisas desagradáveis que vivenciaram. Mas se esquecem, com rapidez, das dádivas que lhes foram ofertadas, ao longo da vida.
Isso nos recorda de uma história simples e fantasiosa, que chegou a ser tema de um filme de curta-metragem, chamado A árvore generosa.
É a história de uma árvore que se apaixona por um garoto. Moleque, ele se balançava nos seus galhos. Colocou um balanço e imaginava voar, balançando-se sempre mais alto, mais alto. Subia nela, até o topo, para ver à distância, imaginando que a árvore era um navio e ele estava em alto mar, à busca de terras a serem descobertas.
Na temporada das frutas, ele se servia das maçãs, deliciando-se com elas. Cansado, dormia à sua sombra. Eram dias felizes e sem preocupações. A árvore gostava muito dessa época.
O menino cresceu e se tornou um rapaz. Agora, por mais que a árvore o convidasse para brincar, ele não ouvia. Seu interesse era angariar dinheiro, muito dinheiro. A árvore generosa lhe disse, um dia: Apanhe minhas maçãs e as venda. O jovem aceitou a sugestão e a árvore ficou feliz.
Por um largo tempo, ela não o viu. Ele se transferiu para outros lugares, viajou, angariou fama e fortuna. Quando ela o viu, outra vez, sorriu, feliz e o convidou para brincar. Contudo, ele agora era um homem maduro. Estava cansado do mundo. Preocupações lhe enrugavam a testa. Tantos eram os problemas que nem ouviu o coração da árvore bater mais forte quando ele se encostou, de corpo inteiro, à sua sombra, para pensar. Queria sumir, desaparecer, desejando em verdade fugir dos problemas.
A árvore generosa lhe sussurrou aos ouvidos e agora ele ouviu: Derrube-me ao chão, pegue meu tronco e faça um barco para você. Faça uma viagem, navegando nele. Ele aceitou a sugestão e a árvore tornou a se sentir feliz.
Muitos anos se passaram. Verões de intenso calor, primaveras de flores, invernos de ventos e noites solitárias. Finalmente, o homem retornou. Estava velho e cansado demais para brincar, para sair em busca de riqueza ou para navegar pelos mares. A árvore lhe sugeriu: Amigo, fui cortada, já não tenho sombra. Sou somente um toco. Que tal sentar e descansar? O velho aceitou a sugestão e a árvore ficou feliz.
Fazendo uma retrospectiva de nossas vidas, comparando-as com a da árvore e do menino, é possível que nos identifiquemos em alguns pontos. Quantas árvores generosas tivemos na vida? Quantas nos deram parte delas para que crescêssemos e pudéssemos alcançar nossos objetivos? Quantas árvores generosas nos sustentaram nas horas difíceis, alimentando-nos com seus recursos? Foram muitas, muitas mesmo. Se as fôssemos enumerar todas, talvez não coubessem seus nomes em uma só folha de papel: pais, amigos, irmãos, vizinhos, colegas.
Por isso, essa é uma homenagem de gratidão a todas as árvores generosas dos nossos caminhos. A todos os que foram sustento, abrigo, aconchego, fortaleza.
Obrigado, amigos. Obrigado, Senhor da Vida.
________________________________________________________

Como muitos, recebo diariamente mensagens via email, até mais que o normal, até porque muitos amigos sabendo do meu blog, procuram colaborar. O maior problema é que a maioria vem sem o autor. Normalmente faço uma pesquisa para descobrir e, poucas vezes obtenho sucesso.

Desta vez, porém, encontrei a origem do texto, ou no que ele se inspirou. Trata-se da obra "A árvore generosa", de Shel Siverstein. Clássico da literatura infantil, reeditado no mundo inteiro há 40 anos, ressurge no Brasil, na tradução do escritor Fernando Sabino.

É a imagem que postei junto com o texto.

Espero que tenham apreciado.

Carlos Roberto.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Conselho de pai

CONSELHO DO PAI: NUNCA SE ESQUEÇA DOS AMIGOS E AMIGAS!
Um jovem recém casado estava sentado num sofá num dia quente e úmido, bebericando chá gelado durante uma visita ao seu pai. Ao conversarem sobre a vida, o casamento, as responsabilidades da vida, as obrigações da pessoa adulta, o pai remexia pensativamente os cubos de gelo no seu copo e lançou um olhar claro e sóbrio para seu filho.
- Nunca se esqueça de seus amigos, aconselhou! Serão mais importantes na medida em que você envelhecer. Independentemente do quanto você ame sua família, os filhos que porventura venham a ter, você sempre precisará de amigos. Lembre-se de ocasionalmente ir a lugares com eles; faça coisas com eles; telefone para eles...
Que estranho conselho! Pensou o jovem. Acabo de casar.Sou adulto. Com certeza minha esposa e a família que iniciaremos serão tudo que necessito para dar sentido à minha vida!
Contudo, ele obedeceu ao pai. Manteve contato com seus amigos e anualmente aumentava o número de amigos. Com o passar dos anos, ele foi compreendendo que seu pai sabia do que falava. Na medida em que o tempo e a natureza realizam suas mudanças e mistérios sobre um homem, amigos são baluartes de sua vida. Passados mais de 50 anos, eis o que ele nos relata:
O Tempo passa.
A vida acontece.
A distância separa.
As crianças crescem.
Os empregos vão e vêem.
O amor fica mais frouxo.
As pessoas não fazem o que deveriam fazer.
O coração se rompe.
Os pais morrem.
Os colegas esquecem os favores.
As carreiras terminam.
MAS... os verdadeiros amigos estão lá, não importa quanto tempo e quantos quilômetros estão entre vocês.
Um amigo nunca está mais distante do que o alcance de uma necessidade, torcendo por você, intervindo em seu favor e esperando você de braços abertos, abençoando sua vida! Quando iniciamos esta aventura chamada VIDA, não sabíamos das incríveis alegrias ou tristezas que estavam adiante. Nem sabíamos o quanto precisaríamos uns dos outros.
Recebido pelo email sem a citação do autor
.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Do mundo virtual ao espiritual


Frei Betto , 06-Jun-2008


Ao viajar pelo Oriente, mantive contatos com monges do Tibete, da Mongólia, do Japão e da China. Eram homens serenos, comedidos, recolhidos em paz em seus mantos cor de açafrão. Outro dia, eu observava o movimento do aeroporto de São Paulo: a sala de espera cheia de executivos com telefones celulares, preocupados, ansiosos, geralmente comendo mais do que deviam. Com certeza, já haviam tomado café da manhã em casa, mas como a companhia aérea oferecia um outro café, todos comiam vorazmente. Aquilo me fez refletir: 'Qual dos dois modelos produz felicidade?'
Encontrei Daniela, 10 anos, no elevador, às nove da manhã, e perguntei: 'Não foi à aula?' Ela respondeu: 'Não, tenho aula à tarde'. Comemorei: 'Que bom, então de manhã você pode brincar, dormir até mais tarde'. 'Não', retrucou ela, 'tenho tanta coisa de manhã...' 'Que tanta coisa?', perguntei. 'Aulas de inglês, de balé, de pintura, piscina', e começou a elencar seu programa de garota robotizada. Fiquei pensando: 'Que pena, a Daniela não disse 'tenho aula de meditação'!
Estamos construindo super-homens e super-mulheres, totalmente equipados, mas emocionalmente infantilizados. Por isso, as empresas consideram agora que, mais importante que o QI, é a IE, a Inteligência Emocional. Não adianta ser um super-executivo se não consegue se relacionar com as pessoas. Ora, como seria importante os currículos escolares incluírem aulas de meditação! Uma progressista cidade do interior de São Paulo tinha, em 1960, seis livrarias e uma academia de ginástica; hoje, tem sessenta academias de ginástica e três livrarias! Não tenho nada contra malhar o corpo, mas me preocupo com a desproporção em relação à malhação do espírito. Acho ótimo, vamos todos morrer esbeltos: 'Como estava o defunto'? 'Olha, uma maravilha, não tinha uma celulite'! Mas como fica a questão da subjetividade? Da espiritualidade? Da ociosidade amorosa?
Outrora, falava-se em realidade: análise da realidade, inserir-se na realidade, conhecer a realidade. Hoje, a palavra é virtualidade. Tudo é virtual. Pode-se fazer sexo virtual pela internet: não se pega Aids, não há envolvimento emocional, controla-se no mouse. Trancado em seu quarto, em Brasília, um homem pode ter uma amiga íntima em Tóquio, sem nenhuma preocupação de conhecer o seu vizinho de prédio ou de quadra!
Tudo é virtual, entramos na virtualidade de todos os valores, não há compromisso com o real! É muito grave esse processo de abstração da linguagem, de sentimentos: somos místicos virtuais, religiosos virtuais, cidadãos virtuais. Enquanto isso, a realidade vai por outro lado, pois somos também eticamente virtuais.
A cultura começa onde a natureza termina. Cultura é o refinamento do espírito. Televisão, no Brasil - com raras e honrosas exceções - é um problema: a cada semana que passa temos a sensação de que ficamos um pouco menos cultos. A palavra hoje é 'entretenimento'; domingo, então, é o dia nacional da imbecilização coletiva. Imbecil o apresentador, imbecil quem vai lá e se apresenta no palco, imbecil quem perde a tarde diante da tela. Como a publicidade não consegue vender felicidade, passa a ilusão de que felicidade é o resultado da soma de prazeres: 'Se tomar este refrigerante, vestir este tênis, usar esta camisa, comprar este carro, você chega lá!' O problema é que, em geral, não se chega! Quem cede, desenvolve de tal maneira o desejo que acaba precisando de um analista. Ou de remédios. Quem resiste, aumenta a neurose.
Os psicanalistas tentam descobrir o que fazer com o desejo dos seus pacientes. Colocá-los aonde? Eu, que não sou da área, posso me dar o direito de apresentar uma sugestão. Acho que só há uma saída: virar o desejo para dentro. Porque para fora ele não tem aonde ir! O grande desafio é virar o desejo para dentro, gostar de si mesmo, começar a ver o quanto é bom ser livre de todo esse condicionamento globalizante, neoliberal, consumista. Assim, pode-se viver melhor. Aliás, para uma boa saúde mental três requisitos são indispensáveis: amizades, auto-estima, ausência de estresse.
Há uma lógica religiosa no consumismo pós-moderno. Se alguém vai à Europa e visita uma pequena cidade onde há uma catedral, deve procurar saber a história daquela cidade - a catedral é o sinal de que ela tem história. Na Idade Média, as cidades adquiriam status construindo uma catedral; hoje, no Brasil, constrói-se um shopping center. É curioso: a maioria dos shopping centers tem linhas arquitetônicas de catedrais estilizadas; neles não se pode ir de qualquer maneira, é preciso vestir roupa de missa de domingo. E ali dentro sente-se uma sensação paradisíaca: não há mendigos, crianças de rua, sujeira pelas calçadas...
Entra-se naqueles claustros ao som do gregoriano pós-moderno, aquela musiquinha de esperar dentista. Observam-se os vários nichos, todas aquelas capelas com os veneráveis objetos de consumo, acolitados por belas sacerdotisas. Quem pode comprar à vista, sente-se no reino dos céus. Se deve passar cheque pré-datado, pagar a crédito, entrar no cheque especial, sente-se no purgatório. Mas se não pode comprar, certamente vai se sentir no inferno... Felizmente, terminam todos na eucaristia pós-moderna, irmanados na mesma mesa, com o mesmo suco e o mesmo hambúrguer do McDonald's…
Costumo advertir os balconistas que me cercam à porta das lojas: *'Estou apenas fazendo um passeio socrático.' Diante de seus olhares espantados, explico: 'Sócrates, filósofo grego, também gostava de descansar a cabeça percorrendo o centro comercial de Atenas. Quando vendedores como vocês oassediavam, ele respondia:
''Estou apenas observando quanta coisa existe de que não preciso para ser feliz''.

Seguidores

Visualizações nos últimos 30 dias

Visitas (clicks) desde o início do blog (31/3/2007) e; usuários Online:

Visitas (diárias) por locais do planeta, desde 13/5/2007:

Estatísticas