3. Compromisso com uma cultura da tolerância e uma vida de veracidade
Inúmeras pessoas, em todas as regiões e religiões, esforçam-se por viver também em nosso tempo uma vida de honestidade e veracidade. Ainda assim, há no mundo de hoje muito engodo e mentira, embuste e hipocrisia, ideologia e demagogia:
• políticos e homens de negócios que usam a mentira como instrumento de política e de êxito;
• meios de comunicação de massa que veiculam propaganda ideológica ao invés de informação veraz, que propagam desinformação e não informação, que rendem tributo a um cínico interesse comercial, ao invés de se manterem fiéis à verdade;
• cientistas e pesquisadores que se entregam a programas ideológicos ou políticos moralmente questionáveis ou a grupos de interesse econômico, e que justificam pesquisas lesivas a valores éticos fundamentais;
• representantes de religiões que degradam pessoas de outras religiões a uma condição de inferioridade e que propagam fanatismo e intolerância ao invés de respeito, compreensão mútua e tolerância.
A. Das grandes e antigas tradições éticas e religiosas da humanidade, porém, acolhemos o preceito: Não mentirás! Ou, dito de forma positiva: Fala e aje com veracidade! Recordemos uma vez mais as conseqüências desse antigo preceito: pessoa alguma, nem nenhuma instituição, estado, igreja ou comunidade religiosa têm o direito de dizer inverdades às pessoas.
B. Isso vale em especial:
• para os meios de comunicação de massa, aos quais felizmente se garante liberdade de informação, para que a verdade seja dita, e aos quais se atribui, portanto, em cada uma das sociedades, um posto de guarda: eles não estão acima da moral, mas permanecem comprometidos, em sua objetividade e honestidade, com a dignidade humana, os direitos humanos e os valores fundamentais. Eles não têm direito algum de invadir a esfera particular das pessoas, distorcer a realidade, nem manipular a opinião pública.
• para a arte, a literatura e a ciência, às quais se garante com razão a liberdade artística e acadêmica: elas não estão desvinculadas de parâmetros éticos gerais, mas devem se pôr a serviço da verdade.
• para os políticos e partidos políticos: se eles mentem descaradamente ao povo e tornam-se interna e externamente culpados pela manipulação da verdade, pela corrupção ou por uma política irrespeitosa de conquista do poder, põem em jogo a própria credibilidade e merecem a perda de seus postos e de seus eleitores.
Ao contrário, a opinião pública deve apoiar os políticos que ousam sempre dizer a verdade ao povo.
• finalmente, para os representantes das religiões: se eles incitam a preconceitos, ódio e hostilidade em relação a quem professa outras religiões, se apregoam o fanatismo, ou se até mesmo dão início ou legitimam guerras motivadas pela fé, então merecem condenação por parte dos seres humanos e a perda de seus seguidores.
Que ninguém se engane: não há paz mundial sem justiça mundial!
C. Por isso, os jovens já deveriam aprender na família e na escola a cultivar veracidade em seu pensamento, sua fala e sua ação. Todo ser humano tem direito à verdade e à veracidade. Tem o direito à informação e formação necessárias para poder tomar decisões fundamentais para sua vida. Sem uma orientação ética básica, a pessoa não logra distinguir entre o que seja importante ou desimportante. Em face da grande quantidade de informações com que a pessoa se defronta nos dias de hoje, parâmetros éticos podem prestar-lhe ajuda quando fatos estiverem sendo distorcidos, interesses, acobertados, quando certas tendências estiverem sendo cortejadas, ou opiniões sendo apresentadas como absolutas.
D. Ser verdadeiramente humano, no espírito de nossas grandes tradições religiosas e éticas, significa o seguinte:
• ao invés de confundir liberdade com arbitrariedade, e pluralismo com falta de critérios, fazer valer a verdade;
• ao invés de viver desonestidade, dissimulação e acomodação oportunista, cultivar o espírito de veracidade, também nas relações quotidianas de pessoa para pessoa;
• ao invés de divulgar meias verdades ideológicas ou partidárias, procurar sempre reiteradamente a verdade, em um espírito incorruptível de veracidade;
• ao invés de render tributo ao oportunismo, e uma vez conhecida a verdade, servi-la com confiança e constância.
Inúmeras pessoas, em todas as regiões e religiões, esforçam-se por viver também em nosso tempo uma vida de honestidade e veracidade. Ainda assim, há no mundo de hoje muito engodo e mentira, embuste e hipocrisia, ideologia e demagogia:
• políticos e homens de negócios que usam a mentira como instrumento de política e de êxito;
• meios de comunicação de massa que veiculam propaganda ideológica ao invés de informação veraz, que propagam desinformação e não informação, que rendem tributo a um cínico interesse comercial, ao invés de se manterem fiéis à verdade;
• cientistas e pesquisadores que se entregam a programas ideológicos ou políticos moralmente questionáveis ou a grupos de interesse econômico, e que justificam pesquisas lesivas a valores éticos fundamentais;
• representantes de religiões que degradam pessoas de outras religiões a uma condição de inferioridade e que propagam fanatismo e intolerância ao invés de respeito, compreensão mútua e tolerância.
A. Das grandes e antigas tradições éticas e religiosas da humanidade, porém, acolhemos o preceito: Não mentirás! Ou, dito de forma positiva: Fala e aje com veracidade! Recordemos uma vez mais as conseqüências desse antigo preceito: pessoa alguma, nem nenhuma instituição, estado, igreja ou comunidade religiosa têm o direito de dizer inverdades às pessoas.
B. Isso vale em especial:
• para os meios de comunicação de massa, aos quais felizmente se garante liberdade de informação, para que a verdade seja dita, e aos quais se atribui, portanto, em cada uma das sociedades, um posto de guarda: eles não estão acima da moral, mas permanecem comprometidos, em sua objetividade e honestidade, com a dignidade humana, os direitos humanos e os valores fundamentais. Eles não têm direito algum de invadir a esfera particular das pessoas, distorcer a realidade, nem manipular a opinião pública.
• para a arte, a literatura e a ciência, às quais se garante com razão a liberdade artística e acadêmica: elas não estão desvinculadas de parâmetros éticos gerais, mas devem se pôr a serviço da verdade.
• para os políticos e partidos políticos: se eles mentem descaradamente ao povo e tornam-se interna e externamente culpados pela manipulação da verdade, pela corrupção ou por uma política irrespeitosa de conquista do poder, põem em jogo a própria credibilidade e merecem a perda de seus postos e de seus eleitores.
Ao contrário, a opinião pública deve apoiar os políticos que ousam sempre dizer a verdade ao povo.
• finalmente, para os representantes das religiões: se eles incitam a preconceitos, ódio e hostilidade em relação a quem professa outras religiões, se apregoam o fanatismo, ou se até mesmo dão início ou legitimam guerras motivadas pela fé, então merecem condenação por parte dos seres humanos e a perda de seus seguidores.
Que ninguém se engane: não há paz mundial sem justiça mundial!
C. Por isso, os jovens já deveriam aprender na família e na escola a cultivar veracidade em seu pensamento, sua fala e sua ação. Todo ser humano tem direito à verdade e à veracidade. Tem o direito à informação e formação necessárias para poder tomar decisões fundamentais para sua vida. Sem uma orientação ética básica, a pessoa não logra distinguir entre o que seja importante ou desimportante. Em face da grande quantidade de informações com que a pessoa se defronta nos dias de hoje, parâmetros éticos podem prestar-lhe ajuda quando fatos estiverem sendo distorcidos, interesses, acobertados, quando certas tendências estiverem sendo cortejadas, ou opiniões sendo apresentadas como absolutas.
D. Ser verdadeiramente humano, no espírito de nossas grandes tradições religiosas e éticas, significa o seguinte:
• ao invés de confundir liberdade com arbitrariedade, e pluralismo com falta de critérios, fazer valer a verdade;
• ao invés de viver desonestidade, dissimulação e acomodação oportunista, cultivar o espírito de veracidade, também nas relações quotidianas de pessoa para pessoa;
• ao invés de divulgar meias verdades ideológicas ou partidárias, procurar sempre reiteradamente a verdade, em um espírito incorruptível de veracidade;
• ao invés de render tributo ao oportunismo, e uma vez conhecida a verdade, servi-la com confiança e constância.
Nenhum comentário:
Postar um comentário