Conceitos de Saúde numa Visão Energética
A grande maioria das pessoas procura o consultório do profissional da área de saúde por não se sentir bem com aqueles sinais e/ou sintomas que estão apresentando há muito ou pouco tempo. O mal-estar, a sensação do desconforto, a dor mobilizam o indivíduo a fazer algo para recuperar a harmonia, o bem-estar, o ficar curado; cura esta que, tanto para o terapeuta quanto para o cliente, seria não apresentar mais aqueles sinais ou sintomas de ordem física, mental ou emocional; isto significa, simplesmente, voltar ao estado anterior à doença: ficar assintomático.
De uma maneira geral, a saúde é encarada como se fosse um estado de não-doença, de não mal-estar ou dor, quando o indivíduo pode continuar a levar a sua vida sem grandes alterações ou questionamentos. É muito mais fácil tomar um medicamento para aliviar uma dor de cabeça, do que compreender a mensagem que o organismo está sinalizando. Somos muito imediatistas, tratamos apenas das aparências, não buscamos a origem ou as causas de nossas doenças.
Será que saúde é algo estático? É simplesmente não apresentar qualquer sintoma? Se o homem fosse uma máquina e todas as suas engrenagens funcionassem perfeitamente, independente de fatores externos ou internos, provavelmente, a resposta a essas perguntas seria sim. Se assim fosse, uma mesma doença apresentaria sempre os mesmos sinais e sintomas, o tratamento seria sempre o mesmo, independente do indivíduo, e, rapidamente, teríamos o restabelecimento das funções normais.
Como podemos analisar saúde-doença, essas duas polaridades, numa perspectiva energética?
O universo, segundo a visão da medicina chinesa, encontra-se em um estado de equilíbrio dinâmico, com todos os seus elementos oscilando entre duas forças opostas, interdependentes e complementares, conhecidas como yin e yang. Dentro dessa abordagem, o corpo humano é um microcosmo do universo, uma célula é um microcosmo do organismo, portanto, funcionam segundo o mesmo princípio.
No jogo das forças, o yin só existe porque existe o yang e vice-versa; dentro do aspecto yin encontram-se aspectos yang e não há comover um sem o outro. Melhor dizendo, não existe nada absoluto, nada que não esteja em interação - em troca. O bom exemplo disso se refere ao fato de que, embora o homem demonstre a força yang e a mulher a yin, ambos apresentam correspondentemente seus aspectos femininos e masculinos.
O corpo humano possui uma inteligência fisiológica cuja função básica é manter a homeostase do organismo diante de todos os estímulos do mundo exterior e interior. O equilíbrio é conseguido através da livre circulação de energia no organismo, assim como através das trocas contínuas entre o corpo e o meio ambiente. Esse fluxo contínuo de energia nos mantém vivos. Quando a circulação de energia não ocorre de uma maneira adequada surgem as doenças.
Nosso corpo vai sinalizando, com muita antecedência, o desequilíbrio através de pequenas alterações funcionais sem substrato físico; isto é, não há nada a nível orgânico que justifique aqueles sinais ou sintomas. Com a não valorização desses sinais e a manuntenção do mesmo padrão de vida, as alterações físico-químicas vão-se cronificando, se solidificando até atingirem o segmento físico; a doença passa a se expressar em algum tecido, órgão ou víscera, acompanhada de padrões mentais e emocionais bem determinados. Saúde e doença são aspectos de um mesmo movimento. Através do desequilíbrio atingimos novo equilíbrio, uma nova freqüência, um novo patamar energético. No período de transição para esse novo padrão, vivencia-se a doença. Ela não é considerada como algo estranho mas, sim, a conseqüência de um conjunto de fatores que culminam em desarmonia e desequilíbrio.
É através da doença que alcançamos saúde. Verifica-se, com uma certa freqüência, em pacientes com doenças graves ou terminais, relatos acerca de estarem vivendo melhor ou mais saudavelmente, a partir do momento em que se conscientizaram de sua doença.
Para vivermos em harmonia, precisamos ter flexibilidade e disposição para um grande número de opções de interação para com o meio ambiente. Sem flexibilidade não há equilíbrio. Períodos de saúde precária são estágios naturais na interação contínua entre o indivíduo e o meio onde ele está inserido. Estar em desequilíbrio significa passar por fases temporárias de doença, nas quais se pode aprender a crescer.
A doença é uma oportunidade para a introspecção, de modo que o problema original e as razões para a escolha de uma certa via de fuga possam ser levadas a um nível consciente onde o problema possa ser resolvido.
A função básica do terapeuta está em espelhar a verdade para o paciente, ajudá-lo a desenvolver uma consciência do processo de vida e dos mecanismos (obstáculos e ilusões) que se criam para gerar a doença; e, também, poder ajudá-lo a entrar em sintonia com seus próprios recursos de cura, possibilitando o resgate da auto-estima, da aceitação e do perdão.
Como diz a música de Milton Nascimento e Fernando Brandt, "o quei mporta é ouvir a voz que vem do coração", curar-se é abrir o canal de comunicação, é fazer-se entrar em contato com a própria essência, é despertar para a capacidade de ser, estar, criar e descriar, sonhar e realizar. Essa auto-descoberta é o caminho da auto-cura, que nada mais é do que resgatar o amor próprio.
Referências Bibliográficas
1 - REICH, W. - "A função do Orgasmo" - Editora Brasiliense, 11a edição, São Paulo, 1985.
2 - NAVARRO, F. - "Somatopsicodinâmica das Biopatias" - EditoraRelume Dumará, 1a edição, Rio de Janeiro, 1991.
1 - REICH, W. - "A função do Orgasmo" - Editora Brasiliense, 11a edição, São Paulo, 1985.
2 - NAVARRO, F. - "Somatopsicodinâmica das Biopatias" - EditoraRelume Dumará, 1a edição, Rio de Janeiro, 1991.
3 - BOADELLA, D. - "Correntes da Vida - Uma introdução à Biossíntese"Summus Editorial, São Paulo, 1992.
4 - SONTAG, S. - "A Doença como Metáfora" - Edições Graal, Rio de Janeiro, 1984.
5 - LEVINE, S. - "Healing into Life and Death" - Doubleday, New York, 1987.
6 - KUBLER-ROSS, E. - "Friends of Shanti Nilaya" (magazine) - Londres, 1990.
Resumo do currículo dos autores:
Humbertho Oliveira - Médico, Psicoterapeuta Somático, Fundador e Coordenador do Grupo Quiron - Centro de Estudos e Práticas Transomáticas, Psicoterapeuta da Associação de Apoio à Criança com Câncer.
Mauricio Tatar - Médico, com formação em Medicina Chinesa e Homeopatia, participação em cursos, palestras e grupos de estudo em Terapia Floral, Cromoterapia, Fitoterapia, Dietoterapia e Oligoelementos. Ministra cursos desde 1989 sobre estes temas.
Susana Hertelendy - Psicóloga formada pela Columbia University, New York, EUA em 1975; Revalidação pela UFRJ, Rio de Janeiro, 1980; Psicoterapeuta Somática; Guest Trainer internacional do grupo Transformational Energetics, New York, EUA; Fundadora e Membro do Quiron-Centro de Estudos e Práticas Transomáticas, RJ.
Vania Didier - Psicóloga, Psicoterapeuta Somática, Fundadora e Coordenadora do Grupo Quiron - Centro de Estudos e Práticas Transomáticas.
Original: em: http://www.fw2.com.br/clientes/artesdecura/REVISTA/psico/doenca_como_caminho.htm
6 - KUBLER-ROSS, E. - "Friends of Shanti Nilaya" (magazine) - Londres, 1990.
Resumo do currículo dos autores:
Humbertho Oliveira - Médico, Psicoterapeuta Somático, Fundador e Coordenador do Grupo Quiron - Centro de Estudos e Práticas Transomáticas, Psicoterapeuta da Associação de Apoio à Criança com Câncer.
Mauricio Tatar - Médico, com formação em Medicina Chinesa e Homeopatia, participação em cursos, palestras e grupos de estudo em Terapia Floral, Cromoterapia, Fitoterapia, Dietoterapia e Oligoelementos. Ministra cursos desde 1989 sobre estes temas.
Susana Hertelendy - Psicóloga formada pela Columbia University, New York, EUA em 1975; Revalidação pela UFRJ, Rio de Janeiro, 1980; Psicoterapeuta Somática; Guest Trainer internacional do grupo Transformational Energetics, New York, EUA; Fundadora e Membro do Quiron-Centro de Estudos e Práticas Transomáticas, RJ.
Vania Didier - Psicóloga, Psicoterapeuta Somática, Fundadora e Coordenadora do Grupo Quiron - Centro de Estudos e Práticas Transomáticas.
Original: em: http://www.fw2.com.br/clientes/artesdecura/REVISTA/psico/doenca_como_caminho.htm
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