domingo, 31 de outubro de 2010

Nulo, branco ou praia

Uma leitora me escreve: “Luciano, sugiro que você esclareça como podemos anular nossos votos para que não seja nem Dilma nem Serra, e que pelo percentual possam ver a indignação de um povo, que só tem a opção do menos pior.”

O comentário da leitora merece uma reflexão que alguns acharão óbvia, mas que pode ser útil. Vamos lá.

Na votação do dia 31 estaremos diante de cinco opções de voto: Dilma, Serra, nulo, branco ou simplesmente não aparecer para votar. Para muita gente as duas primeiras opções exigirão aquilo que a leitora chamou de “escolher o menos pior”.

Já o voto nulo é um voto de protesto: “Não concordo com nada do que está aí, não quero fazer parte desse circo, portanto voto em ninguém”. É uma opção válida, uma opinião que o eleitor dará sobre sua insatisfação com os candidatos e com a política nacional. É o voto da indignação

O voto em branco é diferente. Ele quer dizer: “não sei em quem votar. Fiquei em dúvida e prefiro me abster”. Também é uma opção válida. É o voto da dúvida.

O não comparecimento à votação pode querer dizer que “não vale a pena me deslocar até o local da votação para escolher o menos pior. Vou pra praia”. É o “voto” do desprezo.

Resumo: temos Dilma, Serra, Indignação, Dúvida ou Desprezo.

No primeiro turno tivemos o potencial de comparecimento de 135.804.433 eleitores às urnas. Desse total, 6.124.254 votaram nulo (4,51%); 3.479.340 votaram em branco (2,56%) e 24.610.296 não apareceram para votar (18,12%!).

A soma dos nulos, brancos e abstenções reduziu o potencial de 135 milhões de votos para pouco mais de 101 milhões, que chamamos de “votos válidos”. O candidato que conseguisse mais da metade dos votos válidos teria sido eleito Presidente. Nenhum conseguiu e os dois mais votados foram para o segundo turno.

Agora imaginemos uma situação hipotética. Suponha que a soma dos nulos, brancos e abstenções no segundo turno seja de 135.804.433. Nesse caso os votos válidos serão reduzidos a... 3 (três). E o candidato que obtiver 2 votos será eleito presidente. Não existe essa história que circula de que se tivermos mais de 70% de votos nulos a eleição é anulada. Essa é mais uma lenda que a ignorância perpetua ao longo dos anos.

A opção pela não escolha deixa o eleitor em paz com sua consciência, já que ele sente que não participou do circo. Mas apesar de ser uma opção válida, é egoísta. E o pior, essa sensação de “lavar as mãos” é um engano. Quem opta pelo nulo, branco ou abstenção está ajudando o candidato mais forte ao reduzir a quantidade de votos válidos. Sendo assim, seu “protesto, dúvida ou desprezo” também é uma escolha política, com conseqüências nas eleições. Pensando que não participou, você participou igual...

Portanto, respondendo à leitora: o que você pede é impossível. Apesar dos nulos, brancos ou da praia, será Dilma ou Serra. A reação possível está depois das eleições: transformar a indignação, a dúvida e o desprezo em ações efetivas de cobrança sobre seu vereador, seu deputado, seu senador e sobre o presidente eleito. Não aceitar bovinamente as mentiras, desmascarar a falsidade, ridicularizar os malandros, chamar bandido de bandido e vigarista de vigarista. Defender a lei e deixar claro que punguista eleitoral não tem mais vez.

Coisinhas simples que o brasileiro desaprendeu a fazer.

Bom voto.


Luciano Pires

Tirinhas malucas - XI

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Dia Nacional do Livro

Há 200 anos, mais exatamente em 29 de outubro de 1810, quando a Corte portuguesa encontrava-se no Brasil protegida da guerra imperialista de Napoleão Bonaparte, registrou-se a transferência da Real Biblioteca para o Rio de Janeiro. Nosso país nunca mais foi o mesmo, pois os livros têm o poder de mudar a história, ao preservar memórias, transmitir conhecimento, formar consciências e garantir aos cidadãos o direito essencial da liberdade de expressão, pensamento e da formação de juízo de valores.

O dia 29 de outubro foi escolhido para ser o “Dia Nacional do Livro” por ser a data de aniversário da fundação da Biblioteca Nacional, que nasceu com essa transferência da Real Biblioteca portuguesa para o Brasil.

Seu acervo de 60 mil peças, entre livros, manuscritos, mapas, moedas, medalhas, etc., ficava acomodado nas salas do Hospital da Ordem Terceira do Carmo, no Rio de Janeiro.

Hoje, a Biblioteca Nacional possui um acervo multidisciplinar, constituído de cerca de 9 milhões de peças entre livros, folhetos, periódicos, manuscritos...

O livro tem o poder de agregar valor cultural, educacional, de desenvolver a articulação de idéias e de expressão, de nos levar por mundos desconhecidos, de mobilizar o leitor a traçar suas metas, de transformar nossa vida com paixão. Nenhum meio de comunicação tem uma força tão grande quanto à leitura. Diz-se que todo livro tem seu poder e magia, por isso, deve-se abri-lo com respeito.

Com todos esses poderes é importante ter um razoável senso crítico, de forma a construir conhecimentos de forma equilibrada e justa com o conjunto de informações absorvidas.
 
E com uma imensidão de possibilidades para viajar através da leitura poderíamos transformar nossas vidas, se esse valor incomensurável fosse aplicado na divulgação e na sensibilização para um aculturamento sadio e transformador do nosso país.
 
Pergunto-me: viverei para ver ao menos nascer esse movimento?
 
Passos e passos...
 
... pegadas!
 
Carlos Roberto Sabbi
   Editor do Blog

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Pesquisador defende ações com empresas por biodiversidade

Amália Safatle
De São Paulo

Imagine um agricultor que, para sobreviver, precisa comer as sementes que tem para plantar. Imagine um banco que não vive mais dos juros que cobra, mas sim consome o capital que teria para emprestar. Ambos estão com os dias contados, pois nesses casos a busca de sobrevivência no curto prazo compromete de modo irreversível o dia amanhã.
Esta é a figura de linguagem que Jason Clay, PhD em Antropologia e Agricultura pela Universidade de Cornell, nos EUA, e vice-presidente sênior da ONG WWF usa para ilustrar o fato de que nós - humanidade - estamos na mesma situação em relação à Terra. Desde 1990, estamos no vermelho, consumindo hoje 1,3 planeta. Onde mais queimamos a linha foi na questão da perda de biodiversidade, protagonizando a única espécie capaz de provocar a extinção em massa e acelerada de todas que existem. E extinção, vale lembrar, é para sempre.
Diante de um quadro de aumento populacional e de consumo, com países emergentes almejando o nível de afluência das nações ricas, as pressões sobre a biodiversidade só tendem a crescer. Ao mesmo tempo, as decisões no âmbito das Nações Unidas para conservar a biodiversidade são lentas, pois exigem consenso de todos países participantes, que possuem interesses divergentes e se estendem em longuíssimas negociações.
Com pouco tempo para revertermos o ritmo de perda da biodiversidade, Jason Clay, defende uma iniciativa de ordem bem prática, específica, quase cirúrgica: atuar junto a algumas empresas escolhidas a dedo, que sejam capazes de mover uma extensa cadeia de valor, trabalhem com produtos de consumo prioritários e atuem em regiões estratégicas em termos de biodiversidade.
Ele mapeou 35 regiões ricas em diversidade biológica e literalmente vitais para o equilíbrio ecológico. E também identificou 15 commodities que, produzidas de maneira insustentável, representam as maiores ameaças a esses lugares devido ao desmatamento, à perda de solo fértil, à exploração da água, ao uso de pesticidas, à sobrepesca, entre outros fatores.
Dados 35 lugares e 15 commodities, Clay perguntou-se como podem ser modificados os modos de produção, de modo a conservar a biodiversidade. Certamente será complicado trabalhar com 6,9 bilhões de consumidores (a população mundial) que falam 7 mil línguas diferentes e conscientizar todos a ponto de mudarem instantaneamente seus modos de consumo. E mesmo que queiram mudar, haveria oferta de produtos mais sustentáveis para todos ao mesmo tempo?Também será difícil lidar com 1,5 bilhão de produtores. Mas com 300 a 500 empresas, que controlam no mínimo 70% do comércio de cada uma das 15 commodities, a ideia começa a se tornar mais factível. "Se mudarmos essas companhias e a maneira como fazem negócios, o restante acontecerá automaticamente", defende Clay, em palestra que pode ser acessada em www.ted.com/talks/jason_clay_how_big_brands_can_save_biodiversity.html.
Em uma visão mais detalhada, Clay descobriu que 100 dessas 300 empresas estão ligadas de alguma a 25% do comércio das 15 commodities. "E com 100 companhias, nós podemos trabalhar". Ainda que 25% não seja um percentual tão alto, o pesquisador explica que essas grandes marcas têm o poder de influenciar a rede de fornecedores com a qual trabalham, e criar um efeito em cadeia.
Companhias podem 'empurrar' produtores mais rapidamente do que os consumidores seriam capazes."
E por que as empresas seriam convencidas a transformar seu modo de operar e fazer negócios levando em conta a conservação da biodiversidade e processos mais sustentáveis. Mais que o risco reputacional, está em jogo a própria existência das commodities, que dependem de um ambiente em equilíbrio.
Clay conta que 100 empresas já foram identificadas nos últimos dois anos. Nos últimos 18 meses, foram assinados acordos com 40 delas. Nos próximos 18 meses, ele acredita que serão firmados acordos com mais 40. Uma das empresas que cita é a Cargill que embora ainda esteja engatinhando nesse processo, ao menos aderiu a ele. É uma empresa chave, responsável por 20% a 25% da produção global de óleo de palma. "Se ela toma essa decisão, pelo menos metade da indústria mundial de palma se mexe", aposta. Outros exemplos que menciona são a Mars e a Coca-Cola.
"Essas companhias começaram a pensar diferente. Tudo o que possa ter sido sustentável em um mundo com 6 bilhões de habitantes não será em um mundo com nove", afirma.
Amália Safatle é jornalista e fundadora da Página 22, revista mensal sobre sustentabilidade, que tem como proposta interligar os fatos econômicos às questões sociais e ambientais.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Vida (im)produtiva

O que é uma vida produtiva? Trabalhar muito. Trabalhar sempre. Acumular bens supérfluos. Nunca tirar férias. E se trabalhar demais tornasse a vida improdutiva? Michel Houellebecq, em "O Mapa e o Território", pensando em gente como Bill Gates e Steve Jobs, faz a pergunta que considera essencial a partir de um certo estágio existencial: por que o homem trabalha? Minha resposta: porque não sabe brincar. Meu amigo Philippe Joron publicou um livro intitulado "A Vida Improdutiva". Não é de hoje que o culto ao produtivismo encontra oposição intelectual de peso. Paul Lafargue, genro de Karl Marx, era a favor do direito à preguiça. Atenção, nada de preconceitos com o cara. Era uma tese.

Tentar definir o homem é uma velha ambição. Já se disse que o homem era antes de tudo faber, homo faber. Homem da produção, do trabalho, da labuta. O historiador holandês Johan Huizinga saiu por outro caminho. Para ele, o homem é ludens. Homem do jogo, do lúdico, da brincadeira, da festa. Passamos a vida esperando as horas livres do trabalho para gozar. Daí nossa paixão pelos jogos e pelos que trabalham jogando. Alguns fazem do trabalho o seu jogo. Mas aí pode ser um jogo perverso, um jogo que devora o jogador. Edgar Morin meteu o pé na porta: o homem nunca é uma coisa só. Nem faber nem ludens. Mas faber, ludens e demens. Como já diz Caetano Veloso, de perto ninguém é normal. Foi isso que ele disse, não? Não venham me dizer, por favor, que estão achando esta conversa difícil por causa de umas palavrinhas em latim e uns nomes de pensadores. 

É barbada. Até os eleitores do Tiririca podem entender. Faça o teste para saber se você é faber, ludens ou demens. Você vive para trabalhar ou trabalha para viver? Sente taquicardia domingo à tarde de saudade do escritório? Sente falta de preencher formulários e de fazer reuniões de trabalho sábados à tarde? Vibra quando o despertador toca na segunda às 6h da manhã? Sente-se nu quando está sem o seu crachá? Define-se pela sua posição socioprofissional? Vê no seu chefe um modelo a ser seguido? Inventa desculpas para não tirar férias? Leva trabalho para fazer na praia? Pensa nas suas planilhas quando está folheando a Playboy com a Cléo Pires nua? Considera que trabalhar menos de 12 horas por dia é coisa de preguiçoso? Veste a camisa da empresa?

A resposta é definitiva e cristalina. Se respondeu sim a todas as questões acima, você não é ludens. Nem será. Caso perdido. Divertimento para você é perda de tempo. Salvo como negócio. Você é daqueles que só leram um romance na vida e viram alguns filmes porque caía no vestibular. Tudo precisa ser útil. Sexo só para reprodução ou para recuperar a energia produtiva. Aposto que está pensando que é faber. Não. O diagnóstico é irrefutável. Você é demens. Uma vida só pode ser produtiva se tiver muitos momentos de "improdutividade". É preciso saber consumir. Mais importante ainda é saber "se consumir". Seja produtivo na vida: caia na gandaia.

Juremir Machado da Silva | juremir@correiodopovo.com.br


terça-feira, 26 de outubro de 2010

Torradas queimadas

Quando eu ainda era um menino, ocasionalmente, minha mãe gostava de fazer um lanche, tipo café da manhã, na hora do jantar. E eu me lembro especialmente de uma noite, quando ela fez um lanche desses, depois de um dia de trabalho, muito duro.
Naquela noite longínqua, minha mãe pôs um prato de ovos, linguiça e torradas bastante queimadas, defronte ao meu pai. Eu me lembro de ter esperado um pouco, para ver se alguém notava o fato. Tudo o que meu pai fez, foi pegar a sua torrada, sorrir para minha mãe e me perguntar como tinha sido o meu dia, na escola.
Eu não me lembro do que respondi, mas me lembro de ter olhado para ele lambuzando a torrada com manteiga e geléia e engolindo cada bocado.
Quando eu deixei a mesa naquela noite, ouvi minha mãe se desculpando por haver queimado a torrada. E eu nunca esquecerei o que ele disse:
" - Amor, eu adorei a torrada queimada... só porque veio de suas mãos"
Mais tarde, naquela noite, quando fui dar um beijo de boa noite em meu pai, eu lhe perguntei se ele tinha realmente gostado da torrada queimada.
Ele me envolveu em seus braços e me disse:
" - Companheiro, sua mãe teve um dia de trabalho muito pesado e estava realmente cansada... Além disso, uma torrada queimada não faz mal a ninguém. A vida é cheia de imperfeições e as pessoas não são perfeitas. E eu também não sou o melhor marido, empregado, ou cozinheiro!"
O que tenho aprendido através dos anos é que saber aceitar as falhas alheias, escolhendo relevar as diferenças entre uns e outros, é uma das chaves mais importantes para criar relacionamentos saudáveis e duradouros.
Desde que eu e sua mãe nos unimos, aprendemos, os dois, a suprir um as falhas do outro.
Eu sei cozinhar muito pouco, mas aprendi a deixar uma panela de alumínio brilhando, ela não sabe usar a furadeira, mas após minhas reformas, ela faz tudo ficar cheiroso, de tão limpo. Eu não sei fazer uma lasanha de frios como ela, mas ela não sabe assar uma carne como eu. Eu nunca soube fazer você dormir, mas comigo você tomava banho rápido, sem reclamar e brincávamos juntos durante este tempinho, com sua mãe você chorava, pelo shampoo, pelo pentiar, etc.
A soma de nós dois monta o mundo que você recebeu e que te apoia, eu e ela nos completamos. Nossa família deve aproveitar este nosso universo enquanto temos os dois presentes. Não que mais tarde, o dia que um partir, este mundo vá desmoronar, não vai, novamente teremos que aprender e nos adaptar para fazer o melhor.
De fato, poderíamos estender esta lição para qualquer tipo de relacionamento: entre marido e mulher, pais e filhos, irmãos, colegas e com amigos.
Não ponha a chave de sua felicidade no bolso de outra pessoa, mas no seu próprio. Veja pelos olhos de Deus e sinta pelo coração dele; você apreciará o calor de cada alma, incluindo a sua.
As pessoas sempre se esquecerão do que você lhes fez, ou do que lhes disse. Mas nunca esquecerão o modo pelo qual você as fez se sentir.
(autor desconhecido)

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Precipitação

Malcolm Forbes conta que uma senhora, usando um vestido de algodão já desbotado, e seu marido, trajando um velho terno feito à mão, desceram do trem em Boston, EUA, e se dirigiram timidamente ao escritório do presidente da Universidade Harvard. Eles vinham de Palo Alto, Califórnia e não haviam marcado entrevista.
A secretária, num relance, achou que aqueles dois com aparência de caipiras do interior, nada tinham a fazer em Harvard.
– Queremos falar com o presidente – disse o homem em voz baixa.
– Ele vai estar ocupado o dia todo – respondeu rispidamente a secretária.
– Nós vamos esperar.
A secretária os ignorou por horas a fio, esperando que o casal finalmente desistisse e fosse embora.
Mas eles ficaram ali, e a secretária, um tanto frustrada, decidiu incomodar o presidente, embora detestasse fazer isso.
– Se o senhor falar com eles apenas por alguns minutos, talvez resolvam ir embora – disse ela.
O presidente suspirou com irritação, mas concordou.
Alguém da sua importância não tinha tempo para atender gente desse tipo, mas ele detestava vestidos desbotados e ternos puídos em seu escritório.
Com o rosto fechado, ele foi até o casal.
– Tivemos um filho que estudou em Harvard durante um ano – disse a mulher. Ele amava Harvard e foi muito feliz aqui, mas, um ano atrás ele morreu num acidente e gostaríamos de erigir um monumento em honra a ele em algum lugar do campus.
– Minha senhora – disse rudemente o presidente –, não podemos erigir uma estátua para cada pessoa que estudou em Harvard e morreu, se o fizéssemos, este lugar pareceria um cemitério.
– Oh, não – respondeu rapidamente a senhora. Não queremos erigir uma estátua. Gostaríamos de doar um edifício à Harvard.
O presidente olhou para o vestido desbotado da mulher e para o velho terno do marido, e exclamou:
– Um edifício! Os senhores têm sequer uma pálida ideia de quanto custa um edifício? Temos mais de sete milhões e meio de dólares em prédios aqui em Harvard.
A senhora ficou em silêncio por um momento, e então disse ao marido:
– Se é só isso que custa para fundar uma universidade, por que não termos a nossa própria?
O marido concordou.
O casal Leland Stanford levantou-se e saiu, deixando o presidente confuso.
Viajando de volta para Palo Alto, na Califórnia, eles estabeleceram ali a Universidade Stanford, em homenagem a seu filho, ex-aluno da Harvard.
_____________________
Recebido por e-mail, tal qual

sábado, 23 de outubro de 2010

As cidades têm solução?


Cientista diz que precisamos conhecer a natureza e respeitar as culturas locais para conseguirmos lidar com os problemas ambientais.
Furacão Catarina destruiu casas em SC
Por Danuza Facco Mattiazzi - jornalista participante do Curso de Jornalismo Ambiental NEJ-RS.
Estamos distantes da natureza e cegos, confiamos excessivamente na ciência e acreditamos que a tecnologia pode resolver todos os problemas que as cidades enfrentam hoje. Esse é o diagnóstico do professor Rualdo Menegat, doutor em Ecologia de Paisagem, sobre a sociedade atual.
Ele propõe algumas mudanças que podem soar estranhas, como a instalação de chiqueiros nas cidades e a manutenção dos carroceiros. Ele defende a integração com o ambiente natural e a manutenção das diferentes culturas, no caminho inverso da homogeneização e urbanização em um “xadrez perfeito”.
A temática ambiental ficou popular recentemente no Hemisfério Sul.
Na década de 90, países do Hemisfério Norte já sofriam com catástrofes ambientais agravadas pelo aquecimento global já anunciado pelos cientistas.
Já no Hemisfério Sul, Menegat diz que a atenção às mudanças climáticas começou no início do século 21, especialmente com o ciclone Catarina, que atingiu os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, em março de 2004. O fenômeno vitimou e feriu dezenas de habitantes, destruiu casas e causou prejuízos à agricultura.
– Foi o mais importante evento climático da década, pois de fato mostrou  algo em ação no clima da Terra para o Hemisfério Sul – esclarece o doutor.
O aquecimento global contribui com o agravamento das catástrofes ambientais.  Conforme explica Menegat, o aumento da concentração de CO2 na atmosfera, devido à poluição, combinado com a diminuição da umidade do ar, faz com que as precipitações sejam mais concentradas e intensas em determinadas áreas menos frequentes em outras, aumentando nestas a ocorrência de incêndios.
Ao citar eventos ambientais do último ano – como fortes nevascas na Inglaterra, deslizamentos de terra em Santa Catarina e inundações pelo Brasil – o pesquisador defende que a população esquece muito rápido dos desastres. “Os humanos não estão sabendo ter a leitura do mundo em que vivem. Não conseguem mais interpretar a paisagem”, diz ele, ao mostrar uma foto em que mãe e filho caminham indiferentes aos destroços de uma cidade destruída por enchentes.
Outra imagem que ilustra a falta de compreensão da sociedade sobre os desastres ambientais é a foto de dezenas de pessoas sendo alcançadas pelo tsunami que atingiu a ilha de Sumatra, na Indonésia, vitimando 230 mil pessoas em dezembro de 2004. Segundo Menegat, muitas pessoas assistiram à invasão da onda gigante até o momento em que foram engolidas pela força da água. “Tiravam fotos, gravavam. Achavam que não seriam atingidas? As pessoas não têm consciência da força da natureza. O tsunami de Sumatra é o signo da cegueira da atual civilização perante a natureza”.

Natureza e cultura
Menegat discute a relação entre a natureza e a cultura dos povos, ou seja, de que forma a humanidade se insere no meio natural. Com a construção das cidades, foram criados grandes centros urbanos que limitam a visão de mundo de seus habitantes. “Quem mora aqui dentro [em referência a uma grande cidade], está enclausurado, encapsulado por esses centros urbanos. A cidade não oferece ao cidadão informações fundamentais para que ele olhe a paisagem e a leia”.
As metrópoles já evoluíram para mega-cidades, como São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre. E, para que consigamos viver sem o caos do ritmo acelerado e da poluição nesses espaços, o doutor diz que é necessário tornarmos as cidades mais sustentáveis e buscarmos o contato com o meio natural e o respeito aos limites que a natureza impõe.
Para exemplificar a ideia, Menegat cita o problema enfrentado pela cidade de Arequipa, no Peru. Com 850 mil habitantes, a cidade se expandiu até a saia de um vulcão. O prefeito pediu a ajuda de Menegat para solucionar o problema. “A ciência pode desenvolver uma enorme rolha e tapar o vulcão, que tal?”, brinca o cientista. A colocação irônica de Menegat ilustra a maneira com que os seres humanos confiam na ciência. Ocupam territórios com alto risco de acidentes ambientais sem se preocupar com os riscos e, assim, se prevenir.
Mas, depois, querem que a tecnologia solucione a questão. “Nosso problema não é o vulcão, e sim, a cidade. É o peso urbano sobre nós, é a cidade que nos pesa, não a natureza”. Por isso, a resposta do cientista ao governante peruano foi a sugestão de reunir as comunidades, esclarecer sobre os riscos de se morar próximo a um vulcão que pode entrar em erupção a qualquer momento e desenvolver estratégias segundo a cultura local e consenso da população.

Presos no xadrez urbano
Um dos principais problemas das megalópoles, segundo Menegat, é a geometria urbana.  A imposição do desenho de um “xadrez perfeito” para as cidades compromete a integração com o ambiente natural. O modelo predominante desde a era das colonizações pôs fim ao ideal de cidade ecológica – posto em prática na cidade Ur, da antiga Mesopotâmia. Ur foi construída segundo o curso do rio Eufrates, respeitando o caminho da água e tentando somente proteger os habitantes das enchentes.
Com o estabelecimento do modelo de tabuleiro, não se pensou mais na natureza. “Segundo o ‘xadrez perfeito’, o rio não pertence à geometria da cidade. Ele só atrapalha. Aí todo mundo larga o lixo ali, já que aquilo não pertence ao tabuleiro urbano perfeito. O mesmo acontece com algum morro que impede a linha reta das ruas. O que fazer? Destruir o morro. Nada pode atrapalhar a geometria urbana”, aponta Menegat.
Ele defende ações locais para inclusão de atitudes ecológicas e ampliação da visão de mundo das pessoas. A proposta é unir cientistas, estudantes, políticos e habitantes das comunidades para discutir soluções inteligentes e que respeitem a cultura de cada grupo.

Chiqueiros urbanos
Uma das alternativas para uma cidade sustentável é a criação de animais no meio urbano. Menegat defende que chiqueiros e aviários podem contribuir com o metabolismo das cidades – ao consumirem os restos de comida da população – e gerar renda a famílias que sofrem com o desemprego.
Outra proposta de Menegat é a manutenção das favelas. “Temos que criar condições de vida nesses locais e não removê-los”, defende ele, ao dizer que os moradores de áreas pobres construíram uma sociedade organizada segundo seus padrões culturais, só precisam de saneamento, segurança e boas escolas para que vivam com qualidade.
“Remover um grupo de catadores de materiais recicláveis, por exemplo, e colocá-los em apartamentos é um grande erro. Eles precisam de casas, um galpão onde possam guardar os materiais que recolhem e um estábulo para cuidar dos cavalos que puxam suas carroças”. A retirada dos carroceiros das ruas de Porto Alegre – ação que deve ser concluída pela prefeitura até 2011 – é condenada pelo cientista. “Essas pessoas, excluídas do mercado de trabalho, criaram uma profissão por elas mesmas. E, agora, vamos tirar isso delas?”.
Uma das alternativas consiste em dar melhores condições de trabalho para esses profissionais, como carroças elétricas já em funcionamento em Curitiba, no Paraná. Menegat defende que os catadores precisam de uma política pública que respeite o ritmo de trabalho que construíram, sem retirar deles o que têm de mais genuíno, uma profissão que criaram segundo a sua cultura e suas necessidades. O ideal brasileiro de cidades melhores, segundo Menegat, tem que respeitar a cultura local. “Não somos a Europa e nunca seremos. Temos que lidar com os nossos problemas”.
 ________________________________________
Realizado nos dias 20 e 21 de agosto, em Porto Alegre, o curso de Jornalismo Ambiental promovido pelo Núcleo dos Ecojornalistas, NEJ-RS, teve como palestrantes os professores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
Fernando Antunes (Mestre em Comunicação Social) e Rualdo Menegat (Doutor em Ciências),  que abordou o tema Cegueira e civilização, onde está a natureza?, além do jornalista Hernán Sorhuet, colunista do jornal uruguaio El Pais, que palestrou sobre o tema Desafios da cobertura jornalística dos temas ambientais.

Fonte: EcoAgência de Notícias


sexta-feira, 22 de outubro de 2010

O outro lado dos fatos

REFLEXÃO

Um amigo meu, de quem tenho muita admiração, pois mesmo sendo uma pessoa jovem com menos de 40 anos, já conseguiu ter uma boa segurança financeira em seus negócios, graças a sua competência e trabalho e também, no meu ponto de vista, ajudado pelo momento econômico que o Brasil esta vivendo.

Pois bem, este meu amigo me fez a seguinte pergunta:
- “em quem você vai votar para Presidente?”
- Respondi: na Dilma.
– ele me olhou com cara de reprovação e me disse: “por quê?”
– Eu respondi: pelo reconhecimento do momento que estamos vivendo, olhe os seus negócios, estão indo muito bem, os meus, não tenho do que me queixar, e todas as pessoas que conhecemos melhoraram de vida. 
Ele então me disse: “é bom mudar, o Serra esta mais bem preparado”.
Respondi a ele: Preparado depende para que, pois segundo o Serra, na eleição de 2002 o Lula não estava preparado para ser Presidente.
- Porque Lula não entendia de sociologia. Levou 28 milhões de miseráveis e pobres a condição de consumidores.
- Lula não entendia de educação. Criou mais escolas e universidades que os seus antecessores juntos e ainda criou o pro uni que leva o filho do pobre à universidade.
Lula não entendia de economia. Pagou as contas do FHC, pagou a divida com o FMI e ainda empresta alguns aos ricos.
- Lula não entendia de finanças nem de contas publicas. Elevou o salário mínimo de 64 dólares para 300 dólares e não quebrou a previdência, como dizia FHC.
- Lula não entendia de psicologia. Levantou a moral da nação e disse que o Brasil esta melhor do que o mundo.
- Lula não entendia de engenharia de projetos, nem de nada. Reabilitou o Proálcool, acreditou no biodiesel e levou o País a liderança mundial de combustíveis renováveis (o maior programa de energia alternativa ao petróleo do planeta). E tornou o Brasil auto-suficiente em petróleo e a Petrobrás uma das maiores empresas do mundo, Serra provavelmente a teria vendido, e junto com o pré-sal estaria na mão de grupos estrangeiros.
- Lula que não entendia de política. Mudou os paradigmas mundiais e colocou o Brasil na liderança dos países emergentes, passou a ser respeitado, enterrou o G-8 (criou o G-20).
- Lula que não entendia de política externa, nem de conciliação, pois foi sindicalista brucutu. Acabou com a ALCA, olhou para os parceiros do sul, especialmente para os vizinhos da América Latina onde exerce liderança absoluta sem ser imperialista.
- Lula que não entendia de mulher nem de negro. Colocou o primeiro negro no supremo, e uma mulher no cargo de primeira ministra e que pode inclusive fazê-la sua sucessora, e sem entender de etiqueta, sentou ao lado da Rainha (a convite dela).
- Lula que não entendia de desenvolvimento. Criou o PAC antes mesmo que o mundo inteiro dissesse que é hora de o Estado investir, hoje o PAC é o maior amortecedor da crise.
- Lula que não entendia de crise. Mandou baixar o IPI e levou a indústria automobilística bater Recorde de produção, como também a linha branca de eletrodomésticos e materiais de construção.
- Lula que não entendia de inglês e nem de outra língua. Tem influência em outros líderes mundiais, é respeitado e citado entre as pessoas mais poderosas e influentes do mundo atual (o melhor do mundo para o Le Monde, Times, News Week, Financial Times e outros...).

Se Lula que não entendia de nada, se tornou o melhor e mais importante Presidente do Brasil e diz que a Dilma é a mais preparada para governar, quem vai duvidar dele agora?

Tem que ser DILMA!

Luiz Airton da Costa
Cidadão com muito orgulho deste País.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Um lado dos fatos

Porque votarei em José Serra - RUY CÂMARA
O ESTADO DE SÃO PAULO - 10/10/10

O Brasil vai bem, obrigado. O desemprego é um dos mais baixos da História recente. O salário mínimo está recuperando o valor de compra. Milhões de brasileiros saíram da extrema pobreza nos últimos 16 anos. E o Brasil passou quase incólume pela crise financeira internacional que, em 2008, foi um tsunami no mundo. Devemos crescer até 7% este ano.

Só que, ao contrário do que apregoa o PT, nada disso se deve a Lula.

Ele só está surfando em cima da herança bendita que recebeu de Itamar Franco e Fernando Henrique e da qual se apossou sem pagar direitos autorais.

Lula encontrou o Brasil com a economia saneada pelo Plano Real que, em 1994, quebrou a espinha dorsal da hiperinflação.

A inclusão social começou aí. A hiperinflação era o imposto mais cruel que caía sobre os pobres e os trabalhadores, que, até então, viam cada vez mais dias sobrarem ao final dos seus salários.

Lula e o PT ficaram contra o Plano Real, mesmo sabendo que ele era aprovado pelos brasileiros que elegeram FHC, já no primeiro turno, em 94 e 98.

FHC criou a Rede de Proteção Social que desenvolveu cinco programas sociais, entre outros: o Bolsa-Escola, o Bolsa-Alimentação (iniciativa de Serra quando ministro da Saúde), o Vale-Gás, o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil e o Programa para Jovens em Situação de Risco.

Em 2002, essa rede beneficiava 37,6 milhões de brasileiros, com investimento de R$ 30 bilhões.

Lula pegou esses cinco programas sociais e os juntou num só, "inventando" o Bolsa-Família, sem pagar direitos autorais, de novo.

Contra o voto do PT, FHC criou o Fundef, que colocou 97% das crianças entre 7 e 14 anos da sala de aula e aumentou os salários dos professores, principalmente no Norte e Nordeste.

No Planalto, Lula esqueceu o que dissera sobre o Fundef e "criou" o Fundeb, também sem pagar direitos autorais.

Lula e o PT se opuseram à Lei de Responsabilidade Fiscal, que acabou com a gastança de prefeitos e governadores. Entraram inclusive no STF com questionamento de inconstitucionalidade.

Ao assumir o Ministério da Fazenda, Antônio Palocci tratou de anunciar que respeitaria essa lei.

Lula e Palocci também anunciaram que haveria um prazo de dois anos para permitir a transição da política econômica de FHC para uma "política dos trabalhadores". A política de FHC continua sendo executada até hoje, oito anos depois...

E ainda acusam FHC de ser "neoliberal"...

Os petistas dizem que FHC quebrou o monopólio do petróleo. É mentira.

O monopólio passou para a competência da União e a Petrobrás ficou liberada para firmar parceria com empresas estrangeiras. Foi a atuação da Petrobrás com a British Petroleum e a portuguesa Galp que permitiu a descoberta do megacampo de Tupi e do petróleo do pré-sal. Com a necessidade da competição, a empresa avançou mais ainda em sua gestão, tornando-se uma das maiores empresas do mundo, antes mesmo de o Lula tomar posse.

O PT foi contra a privatização das telecomunicações. Com o monopólio da Telebrás, telefone era item de declaração obrigatória no Imposto de Renda. Depois da privatização, o telefone celular anda no bolso até das faixas mais pobres da população. Hoje existem mais celulares no País do que brasileiros...

O PT condenou, até com pontapés, a privatização da Vale do Rio Doce. Entre 1943, ano da fundação, e 1997, quando foi privatizada, a Vale investiu, em média, US$ 481 milhões por ano e teve lucro líquido de US$ 192 milhões.

De 1998 até 2009, a CVRD investiu US$ 6,1 bilhões e teve lucro de US$ 4,6 bilhões. O recolhimento de impostos saltou de US$ 31 milhões para US$ 1,093 bilhão por ano.

Embora tivesse denunciado essas privatizações como "neoliberais", Lula não mexeu nelas. Então, Lula também é neoliberal. Ah, na campanha de 2002, ele chegou a apontar a privatização da Embraer como modelo.

FHC saneou o sistema financeiro. Depois do Plano Real, grandes bancos perderam receita inflacionária e quebraram. FHC criou o Proer e restabeleceu a confiança dos depositantes.

Quando a crise internacional de 2008 bateu aqui, os bancos estavam saneados e não houve a quebradeira que aconteceu nos EUA e na Europa.

Nessa ocasião, Lula anunciou que mandaria uma cópia do Proer para ajudar a sanear os bancos dos EUA... De novo, não pagou os direitos autorais.

Lula extinguiu, em 2006, os mutirões criados por José Serra e que atendiam os mais idosos e pobres, operando-os de catarata, varizes, próstata, câncer de mama e colo de útero. A consequência foi a explosão dos casos de cegueira por catarata entre os brasileiros mais pobres. A fila de espera por uma cirurgia de catarata não é de menos de seis meses.

José Serra tem 40 anos de história. Foi presidente da UNE, quando ela era, ainda, a União Nacional dos Estudantes, e não um covil de pelegos. Exilou-se no Chile, em 1964.

Foi secretário do Planejamento do governador Franco Montoro e coordenou a organização do plano de governo de Tancredo Neves.

Lula e o PT dizem que lutaram pela redemocratização. Eles mentem, de novo, pois ficaram contra a eleição de Tancredo Neves no colégio eleitoral, tendo expulsado os seus três deputados federais (Beth Mendes, José Euler e Airton Soares) que desobedeceram ao partido e votaram em Tancredo.

Em 1988, recusaram-se a assinar a nova Constituição, com o argumento de que era uma Constituição conservadora, não entendendo a sua importância para a construção e o aprofundamento da democracia, novamente conquistada depois de mais de 20 anos de ditadura militar.

Em 1992, após o impeachment de Collor, com medo de as dificuldadades da luta contra a inflação atingirem o favoritismo de Lula para a sucessão presidencial de 1994, recusaram participar do governo democrático de Itamar Franco. Luiza Erundina, inclusive, teve de pedir licença ao partido para ser ministra de Itamar. Mais tarde, acabou saindo definitivamente do PT.

Como deputado, Serra tirou do papel o FAT, que hoje dá um oxigênio ao trabalhador que fica desempregado.

Ministro da Saúde, Serra criou os genéricos. Anunciou que as patentes de remédios não poderiam prevalecer sobre a saúde e conquistou o apoio da Organização Mundial da Saúde. Desde então, as patentes dos medicamentos podem ser quebradas em caso de risco de pandemias ou emergências.

Serra multiplicou por 9 as equipes do Programa de Saúde da Família. Criou também os mutirões de saúde. E promoveu campanhas de vacinação para os idosos.

Já Dilma Rousseff faliu como dona de uma lojinha que vendia produtos a R$ 1,99 em Porto Alegre. Secretária das Finanças de Porto Alegre, deixou a Prefeitura falida, como denunciou o seu sucessor, Políbio Braga.

Ministra das Minas e Energia, Dilma apagou do site do MME as realizações do Luz no Campo, criado por FHC. Depois, "inventou" o Luz para Todos, também sem pagar direitos autorais.

Escolhida candidata, indicou Erenice Guerra para substituí-la na Casa Civil. Erenice tratou logo de arrumar "bolsas-família" e confortáveis sinecuras para o maridão, os filhos, os irmãos, os cunhados, os namorados e as namoradas dos filhos e velhos amigos.

Votar nela é escolher Dunga - que nunca treinou um time de várzea - para ser o técnico da seleção brasileira. Deu no que deu.

Dilma é uma cristã-nova no PT. Vai ser refém de petistas como José Dirceu, que domina a máquina, foi o chefe do mensalão, que realizou o maior ataque à nossa democracia, com o pagamento de propinas mensais para conquistar o apoio de parlamentares corruptos às propostas do governo.

Dilma será uma nova Isabelita Perón, que, ao suceder ao marido, Juan Domingo Perón, como presidente da Argentina, na década de 70, não conhecia o país (vivera na Espanha) nem o Partido Peronista. Tornou-se refém do ministro da Previdência, José López Rega, que era um fascista, e iniciou uma guerra de extermínio contra os peronistas de esquerda.

O país mergulhou numa guerra civil não declarada e na hiperinflação. Os militares deram um golpe e enfiaram a Argentina nas trevas da ditadura e da "guerra suja", das quais não se recuperou até hoje.

José Dirceu já percebeu as fraquezas de Dilma. Quando anunciou que a sua eleição seria o fortalecimento do PT, estava se candidatando a ser o López Rega de Dilma. O plano de José Dirceu, acusado formalmente e processado com o chefe da quadrilha do mensalão é avermelhar o Brasil, ou seja, implantar o regime leninista-stalinista-chavista-castrista, que significa, de início, o seguinte:

1. Anular a CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA.

2. Aprovar a CONSTITUINTE PETISTA - Todos submissos à cartilha populista do PT.

3. Instauração do REGIME SOCIALISTA sob comando dos delinquentes de estimação do PT.

4. Fomento do CONFLITO DE CLASSES para consolidar o regime, a tirania e OPRESSÃO.


A 2ª FASE do PLANO, que já faz parte do programa de desgoverno da Dilma e do Zé Dirceu é:

1. Suprimir da Constituição as GARANTIAS INDIVIDUAIS

2. Acabar com o SIGILO FISCAL

3. Eliminar o DIREITO DE PROPRIEDADE

4. Acabar com a LIBERDADE DE IMPRENSA.

Por tudo isso, no dia 31, votarei em José Serra para presidente do Brasil.

Ruy Câmara
__,_._,___
________________________________
Recebido por e-mail, tal qual

Seguidores

Visualizações nos últimos 30 dias

Visitas (clicks) desde o início do blog (31/3/2007) e; usuários Online:

Visitas (diárias) por locais do planeta, desde 13/5/2007:

Estatísticas