“Que se dê ao mestre o que ele precisa e merece.”
Apoio integralmente a campanha pela valorização do professor. Na selva competitiva de hoje, nenhum país tem chance de conquistar índices de desenvolvimento econômico, condizentes com uma perene autonomia política, sem universalizar o acesso ao ensino de qualidade, que só se alcança com um sistema educacional em constante evolução.
De outro modo, se restabelece a escravidão, e em um nível não menos perverso que no passado, porque não haverá um dominador contra o qual se possa lutar. Seremos escravos de nossa própria ignorância. Uma ameaça que não é abstrata, ela está aí, assombrando a nossa realidade de hoje.
Chegamos ao limite. Ou se faz agora a única revolução democrática possível, em sala de aula, ou perderemos de vista a história, que não caminha, mas corre, numa velocidade cada vez menos recuperável.
Neste contexto, tanto quanto a formação acadêmica – da aritmética à econometria, da ortografia à filologia -, é indispensável que o mestre esteja apto a ensinar o aluno a se tornar um cidadão, com instrução completa, nela incluído o aprendizado de seus direitos e deveres perante a sociedade. Sem isso, não conseguiremos nos emparelhar com o nível cultural da era cibernética em que vivemos.
Mas, para escalar os estágios ascendentes desta corrida contra o tempo, exige-se do magistério uma dedicação integral; e quem consegue doar-se dessa maneira se estiver despojado das condições elementares de sobrevivência, a um passo da marginalidade social? Para prover o formador de mentes dos meios materiais e teóricos que lhe propiciem um conhecimento dinâmico, em constante reciclagem, permitindo-lhe repassá-lo às gerações encarregadas de construir uma nova Nação, salário digno é o mínimo, mas o mínimo não é um salário digno, como atualmente.
Trata-se, aqui, de mobilizar os que não se conformam com a escravatura da mediocridade, e que topam assumir a cota de responsabilidade na construção do momento, sem adiá-lo para quando não for mais possível, começando já, com o reconhecimento público de uma profissão que vê seu conceito de missão deteriorar-se em maldição.
Que se dê ao mestre o que ele precisa e merece.” (Ricardo Gontijo, Jornalista e Escritor)
*Acredito que as novas tecnologias e redes sociais nos ajudem não só com aproximações antes não efetivadas, mas também na busca da mobilização pacífica e com argumento de direitos perante deveres cumpridos de nossa classe, os professores…
Original em http://goo.gl/7KIcf
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