A resposta mais tangível para a real função da humanidade é encontrada quando seguirmos as pistas de Hermes Trimegistos.
Com o advento do cd, muitos trabalhos musicais foram relançados, e eu tive a oportunidade de comprar um coletânea de Jorge Ben Jor. Entre tantas canções adoráveis daquele artista, como “Chove Chuva”, “Mas que nada” e “Taj Mahal”, chamava-me a atenção a balanceada, risível e enigmática canção “Os Alquimistas Estão Chegando”. Como de costume, verifiquei os créditos da canção que faziam referência ao álbum Jorge Ben e a Tábua de Esmeraldas. Aquilo me deixou intrigado. Um título como este não poderia ser apenas criatividade ou delírio artístico. A música falava sobre alquimistas, então pensei que a tal Tábua de Esmeraldas pudesse ter algo a ver com alquimia. Na canção, Jorge Ben Jor descreve como os alquimistas se comportam. (...) Afinal, o que o mestre do swing sabia sobre alquimia? Eu não podia falar pessoalmente com Jorge Ben Jor, mas eu podia comprar seu cd, e foi o que eu quis fazer, mas não encontrei nenhum exemplar na loja. Este era o ano de 1999. Já havia internet, mas não havia o hábito das pessoas em procurar alguma coisa na rede. Assim, fui recorrer a alguém mais sábio: Henry Ford, o vendedor da loja de cds. Ele disse que não tinha aquele cd em Porto Velho, mas ele tinha um vinil daquele álbum em casa. Se eu quisesse, ele poderia gravar uma fita k-7 pra mim. Quem não souber o que é fita k-7 pode procurar na internet, agora: certamente que irá encontrar. Henry Ford, me falava que era um disco de canções muito malucas, que a capa do vinil tinha uma ilustração cheia de deuses, fazendo menção a um tal Hermes Trimegistos e com os dizeres “É verdade. Sem mentira. Certo. Muito Verdadeiro.”
Eu sabia que Hermes era um Deus Greco-Romano, atribuído ao comércio em alguns desenhos animados. Puxando assunto com minha irmã, que fazia o curso de Contabilidade, ela mostrava-me que Hermes era o patrono do curso dela, e mostrou-me o que ela chamava de Elmo de Hermes.Analisando o Elmo de Hermes, eu logo percebei as duas serpentes, símbolo da sabedoria. O caduceu podia ser entendido como expressão de poder. Assim, já conseguia ler “O poder do conhecimento” ou “O conhecimento tem poder”, já que as serpentes estavam enroladas no bastão, e não o contrário. Crica, minha irmã, disse-me que o elmo era um capacete, simplesmente. Capacetes protegem cabeças. Segundo a Crica, um professor disse a ela que o elmo do Contador era para proteger contra pensamentos baixos ou antiéticos, por isso as asas. Eu podia compreender o significado do elmo como me foi dito, mas não justificado pelas asas. As asas poderiam significar pensamentos elevados, superiores, conhecimentos superiores, sim, mas nas ilustrações dos desenhos animados, Hermes usava sapatos com asas para viajar e levar mensagens dos deuses. As asas poderiam significar o objetivo de comunicação do conhecimento. Então, eu poderia ler o elmo do curso de Contabilidade como “Comunicação/Transmissão/Ensino de Conhecimentos Protegidos, Superiores e Poderosos.” Imagine o que acontece quando substituímos a palavra “Protegido” por “Escondido”, ou “Oculto”...
Temos, por fim, “Ensino de Conhecimentos Ocultos, Superiores e Poderosos”
Consultando as páginas de revistas de horóscopos eu tomei conhecimento de que Hermes foi sincretizado em Roma com Mercúrio, regente do signo de Gêmeos. Não era simplesmente o deus do comércio ou das matemáticas (razão pela qual seu elmo era usado no curso de Contabilidade). Hermes é o deus do Conhecimento, seu símbolo maior é a Serpente, a qual é usada nos símbolos de diversas profissões, inclusive a Medicina.
Por fim, o disco de Jorge Ben Jor chegava às minhas mãos. As gravuras da capa eram tais como me foram descritas. Agora eu tinha certeza que a referência era mesmo ao Hermes da mitologia greco-romana, e há uma canção de Jorge Ben Jor que diz em seus versos que Hermes Trimegistos escreveu usando diamante em uma lâmina de esmeralda que... o que está embaixo é como está no alto, que todas as coisas provém do um (por adaptação), e... o que ele (Hermes) disse da obra solar está completo. A música deveria ser um resumo, provavelmente, mas aquele conceito de que tudo provinha do um e que o que está em cima é como o que está abaixo eram observações por demais avançadas para terem sido entregues antes mesmo de toda a filosofia grega...
Somando isto aos meus conhecimentos de simbologia e metafísica grega, que tive oportunidade de ler na biblioteca do Colégio Herbert Alencar quando eu fazia a sexta série, tudo se encaixava como uma luva. Mais uma vez, ficava claro que as sociedades secretas às quais muitos alquimistas integravam, possuíam conhecimentos elevados dentro de seu seio, e desde a Antiguidade, eram estes conhecimentos que deviam ser repassados lá dentro. Nem preciso dizer que fiquei louco pra conhecer algo mais acerca da tal Tábua de Esmeralda. Com suas canções balanceadas, Jorge Ben Jor irradiava luzes de conhecimento...
Nos livros, pude perceber que tudo que era considerado Hermético estava relacionado à sabedoria e às metodologias científicas. Hermes parecia ser amplamente reconhecido por seus préstimos à Humanidade, e eu começava a especular se haveria alguma ligação entre Hermes e Lúcifer.
Eu viria a ter contato com os ensinamentos de Hermes Trimegistos anos mais tarde, mas naquela época o que eu podia fazer era apenas analisá-lo de modo a encontrar pistas sobre quem ele teria sido, e isto fazia com que eu buscasse parâmetros dele em outras Mitologias. A semelhança de certas mitologias, numa época de sociedades isoladas geograficamente e sem meios eficientes de comunicação, faz pensar que algo de muito verdadeiro há por trás de todas essas alegorias. Agora, eu queria aprofundar meus conhecimentos sobre as origens de Hermes procurando possíveis sincretismos dele nas mitologias de outras civilizações. E encontrei.
No Egito, Toth é o deus da Sabedoria. Em um livro de História, vi em uma tirinha de curiosidades, que Toth era chamado de Hermes Trimegisto, na Grécia, e que a ele era atribuído um conjunto de 42 livros, chamado de Corpus Hermeticum, nos quais foram transmitida toda a sabedoria do mundo! Isso faz parecer que a sabedoria do mundo é muito pequena, mas os escritos de Hermes são tão avançados, que somente nos dias atuais a Nanotecnologia, a Física Quântica e o avanço dos Conhecimentos Cosmológicos começam a alcançar seu lastro.
Na mitologia grega, lemos que Hermes é o mensageiro ou intérprete da vontade dos deuses. Ainda bebê, roubou parte do rebanho de seu irmão Apolo, o qual acabou oferecendo seu gado em troca da lira que Hermes inventara, e depois também ofereceu a Hermes o dom da adivinhação em troca da Flauta de Pã que Hermes também inventou. Hermes é considerado protetor de praticamente tudo na humanidade, dos viajantes aos ladrões. Por seu famoso feito de descer à morada de Hades para tentar resgatar sua amada Perséfone, ficou conhecido também como o deus que liga o reino dos vivos com o reino dos mortos, tal como Toth, na mitologia Egípcia. É considerado deus da eloqüência e patrono dos esportistas, é representado como um jovem de belo rosto, vestido com túnica curta. Na cabeça tem um capacete com asas, calça sandálias aladas e traz na mão seu principal símbolo, o caduceu.
Podemos ver que o Conhecimento de Hermes é um conhecimento Criativo. Ele inventa coisas. Também é habilidoso em suas relações inter-divinas, qualificação essencial para um bom diplomata; É um deus dado às paixões, mas é curioso notar que a este que é atribuído tantos dons de Conhecimento, esteja também a marca do furto ou do proibido.
O Caibalion é o livro fundamental do Conhecimento Hermético, que na verdade é o conhecimento transmitido por Toth ao povo egípcio, também relacionado com Imohtep, um homem que dominava diversas ciências naquela civilização. O Caibalion é um livro que traz tamanho conhecimento que é mesmo uma barbaridade resumi-lo, coisa que só me atrevo a fazer por necessidade de manter a dinâmica do raciocínio.
Postado por Augusto Branco às 09:06 no site:
Com o advento do cd, muitos trabalhos musicais foram relançados, e eu tive a oportunidade de comprar um coletânea de Jorge Ben Jor. Entre tantas canções adoráveis daquele artista, como “Chove Chuva”, “Mas que nada” e “Taj Mahal”, chamava-me a atenção a balanceada, risível e enigmática canção “Os Alquimistas Estão Chegando”. Como de costume, verifiquei os créditos da canção que faziam referência ao álbum Jorge Ben e a Tábua de Esmeraldas. Aquilo me deixou intrigado. Um título como este não poderia ser apenas criatividade ou delírio artístico. A música falava sobre alquimistas, então pensei que a tal Tábua de Esmeraldas pudesse ter algo a ver com alquimia. Na canção, Jorge Ben Jor descreve como os alquimistas se comportam. (...) Afinal, o que o mestre do swing sabia sobre alquimia? Eu não podia falar pessoalmente com Jorge Ben Jor, mas eu podia comprar seu cd, e foi o que eu quis fazer, mas não encontrei nenhum exemplar na loja. Este era o ano de 1999. Já havia internet, mas não havia o hábito das pessoas em procurar alguma coisa na rede. Assim, fui recorrer a alguém mais sábio: Henry Ford, o vendedor da loja de cds. Ele disse que não tinha aquele cd em Porto Velho, mas ele tinha um vinil daquele álbum em casa. Se eu quisesse, ele poderia gravar uma fita k-7 pra mim. Quem não souber o que é fita k-7 pode procurar na internet, agora: certamente que irá encontrar. Henry Ford, me falava que era um disco de canções muito malucas, que a capa do vinil tinha uma ilustração cheia de deuses, fazendo menção a um tal Hermes Trimegistos e com os dizeres “É verdade. Sem mentira. Certo. Muito Verdadeiro.”
Eu sabia que Hermes era um Deus Greco-Romano, atribuído ao comércio em alguns desenhos animados. Puxando assunto com minha irmã, que fazia o curso de Contabilidade, ela mostrava-me que Hermes era o patrono do curso dela, e mostrou-me o que ela chamava de Elmo de Hermes.Analisando o Elmo de Hermes, eu logo percebei as duas serpentes, símbolo da sabedoria. O caduceu podia ser entendido como expressão de poder. Assim, já conseguia ler “O poder do conhecimento” ou “O conhecimento tem poder”, já que as serpentes estavam enroladas no bastão, e não o contrário. Crica, minha irmã, disse-me que o elmo era um capacete, simplesmente. Capacetes protegem cabeças. Segundo a Crica, um professor disse a ela que o elmo do Contador era para proteger contra pensamentos baixos ou antiéticos, por isso as asas. Eu podia compreender o significado do elmo como me foi dito, mas não justificado pelas asas. As asas poderiam significar pensamentos elevados, superiores, conhecimentos superiores, sim, mas nas ilustrações dos desenhos animados, Hermes usava sapatos com asas para viajar e levar mensagens dos deuses. As asas poderiam significar o objetivo de comunicação do conhecimento. Então, eu poderia ler o elmo do curso de Contabilidade como “Comunicação/Transmissão/Ensino de Conhecimentos Protegidos, Superiores e Poderosos.” Imagine o que acontece quando substituímos a palavra “Protegido” por “Escondido”, ou “Oculto”...
Temos, por fim, “Ensino de Conhecimentos Ocultos, Superiores e Poderosos”
Consultando as páginas de revistas de horóscopos eu tomei conhecimento de que Hermes foi sincretizado em Roma com Mercúrio, regente do signo de Gêmeos. Não era simplesmente o deus do comércio ou das matemáticas (razão pela qual seu elmo era usado no curso de Contabilidade). Hermes é o deus do Conhecimento, seu símbolo maior é a Serpente, a qual é usada nos símbolos de diversas profissões, inclusive a Medicina.
Por fim, o disco de Jorge Ben Jor chegava às minhas mãos. As gravuras da capa eram tais como me foram descritas. Agora eu tinha certeza que a referência era mesmo ao Hermes da mitologia greco-romana, e há uma canção de Jorge Ben Jor que diz em seus versos que Hermes Trimegistos escreveu usando diamante em uma lâmina de esmeralda que... o que está embaixo é como está no alto, que todas as coisas provém do um (por adaptação), e... o que ele (Hermes) disse da obra solar está completo. A música deveria ser um resumo, provavelmente, mas aquele conceito de que tudo provinha do um e que o que está em cima é como o que está abaixo eram observações por demais avançadas para terem sido entregues antes mesmo de toda a filosofia grega...
Somando isto aos meus conhecimentos de simbologia e metafísica grega, que tive oportunidade de ler na biblioteca do Colégio Herbert Alencar quando eu fazia a sexta série, tudo se encaixava como uma luva. Mais uma vez, ficava claro que as sociedades secretas às quais muitos alquimistas integravam, possuíam conhecimentos elevados dentro de seu seio, e desde a Antiguidade, eram estes conhecimentos que deviam ser repassados lá dentro. Nem preciso dizer que fiquei louco pra conhecer algo mais acerca da tal Tábua de Esmeralda. Com suas canções balanceadas, Jorge Ben Jor irradiava luzes de conhecimento...
Nos livros, pude perceber que tudo que era considerado Hermético estava relacionado à sabedoria e às metodologias científicas. Hermes parecia ser amplamente reconhecido por seus préstimos à Humanidade, e eu começava a especular se haveria alguma ligação entre Hermes e Lúcifer.
Eu viria a ter contato com os ensinamentos de Hermes Trimegistos anos mais tarde, mas naquela época o que eu podia fazer era apenas analisá-lo de modo a encontrar pistas sobre quem ele teria sido, e isto fazia com que eu buscasse parâmetros dele em outras Mitologias. A semelhança de certas mitologias, numa época de sociedades isoladas geograficamente e sem meios eficientes de comunicação, faz pensar que algo de muito verdadeiro há por trás de todas essas alegorias. Agora, eu queria aprofundar meus conhecimentos sobre as origens de Hermes procurando possíveis sincretismos dele nas mitologias de outras civilizações. E encontrei.
No Egito, Toth é o deus da Sabedoria. Em um livro de História, vi em uma tirinha de curiosidades, que Toth era chamado de Hermes Trimegisto, na Grécia, e que a ele era atribuído um conjunto de 42 livros, chamado de Corpus Hermeticum, nos quais foram transmitida toda a sabedoria do mundo! Isso faz parecer que a sabedoria do mundo é muito pequena, mas os escritos de Hermes são tão avançados, que somente nos dias atuais a Nanotecnologia, a Física Quântica e o avanço dos Conhecimentos Cosmológicos começam a alcançar seu lastro.
Na mitologia grega, lemos que Hermes é o mensageiro ou intérprete da vontade dos deuses. Ainda bebê, roubou parte do rebanho de seu irmão Apolo, o qual acabou oferecendo seu gado em troca da lira que Hermes inventara, e depois também ofereceu a Hermes o dom da adivinhação em troca da Flauta de Pã que Hermes também inventou. Hermes é considerado protetor de praticamente tudo na humanidade, dos viajantes aos ladrões. Por seu famoso feito de descer à morada de Hades para tentar resgatar sua amada Perséfone, ficou conhecido também como o deus que liga o reino dos vivos com o reino dos mortos, tal como Toth, na mitologia Egípcia. É considerado deus da eloqüência e patrono dos esportistas, é representado como um jovem de belo rosto, vestido com túnica curta. Na cabeça tem um capacete com asas, calça sandálias aladas e traz na mão seu principal símbolo, o caduceu.
Podemos ver que o Conhecimento de Hermes é um conhecimento Criativo. Ele inventa coisas. Também é habilidoso em suas relações inter-divinas, qualificação essencial para um bom diplomata; É um deus dado às paixões, mas é curioso notar que a este que é atribuído tantos dons de Conhecimento, esteja também a marca do furto ou do proibido.
O Caibalion é o livro fundamental do Conhecimento Hermético, que na verdade é o conhecimento transmitido por Toth ao povo egípcio, também relacionado com Imohtep, um homem que dominava diversas ciências naquela civilização. O Caibalion é um livro que traz tamanho conhecimento que é mesmo uma barbaridade resumi-lo, coisa que só me atrevo a fazer por necessidade de manter a dinâmica do raciocínio.
Postado por Augusto Branco às 09:06 no site:
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