segunda-feira, 20 de abril de 2009

O Graal


Ao aprofundar minhas leituras do Evangelho, percebi que havia uma série de lacunas na narrativa e que olhos atentos veriam muito mais sobre Jesus do que a Igreja costumava ensinar. Ficava explícito que Jesus possuía irmãos, que tudo o que era relativo a sua infância era muito raso, que havia uma proximidade evidente entre ele e Maria Madalena e, principalmente, que talvez ele não tivesse morrido na cruz. Jesus dizia ser o Caminho, a Verdade e a Vida. Se eu quisesse conhecer a Suprema Verdade que aquele senhor misterioso mencionara, parecia coerente que eu pesquisasse sobre Jesus.
Mas foi uma obra de ficção que forneceu-me algumas pistas preciosas em busca da Verdade. A série cinematográfica Indiana Jones, de George Lucas e Steven Spielberg, levaram minhas indagações em direção à Arca da Aliança e do Santo Graal. No terceiro filme da série, eu tomava conhecimento de que o Santo Graal teria guardado o sangue de Jesus, e que ele era protegido pelos Cavaleiros Templários.Aquela era uma época sem internet. Eu morava em Lábrea, uma remota cidade do interior do Amazonas que sequer possuía livrarias ou Biblioteca, e as condições financeiras de minha família não permitiam luxos como importar livros de outra cidade do país. Restava-me perguntar a quem quer que pudesse saber alguma coisa. Achei que os Irmãos Maristas poderiam ser perfeitamente consultados, e foi o Irmão Ênio que deu-me a informação mais significante neste ponto. Segundo ele, os Templários eram os Cavaleiros do Templo do Rei Salomão, mas eles já não existiam e teriam dado origem a outra ordem conhecida como Maçonaria.
Bem, lá estava eu às voltas com a Maçonaria novamente. Agora eu estava determinado a pesquisar a Ordem mais a fundo e, entre mitos acerca de um segredo guardado sobre ameaças de morte e rumores de que seus membros tinham pacto com o demônio, por ocasião de precisar extrair um dente, entrei na casa de um dentista que era Maçom. O consultório ficava dentro da casa dele, e era preciso passar pela sala para chegar até lá. Sua residência era repleta de símbolos maçônicos e, na parede, destacava-se o quadro A Última Ceia, de Leonardo da Vinci.
Fiquei intrigado, pois tinha ouvido dizer que um Maçom não podia ser cristão. Mais tarde descobri que um cristão é que não podia ser Maçom, mas um Maçom poderia seguir a religião que quisesse. Acabei não resistindo em perguntar ao dentista se ele era cristão, ao que ele respondeu-me que não, e notando que eu perguntava por conta do quadro, ele disse que aquele quadro estava ali por que ele o achava bonito. Interessado no Santo Graal e ciente de lendas que diziam que ele teria sido um cálice que esteve com Jesus na última ceia, coloquei-me a procurar o Graal no quadro de Da Vinci, mas não o encontrava. Onde está o Santo Graal, eu perguntei. Nisto, o dentista deteve-se um pouco e veio questionar-me sobre o que eu sabia sobre o Santo Graal. Eu falei para ele o pouco que eu sabia e, por fim, ele disse algo que a princípio me pareceu uma brincadeira. O Graal está no quadro, basta você procurar. Não era possível! Eu colocava-me a olhar o quadro inteiro e, definitivamente, não conseguia encontrar o Graal ali. Acabei precisando ir para a cadeira do dentista, pois o consultório já estava pronto.
Saí daquele lugar com uma idéia fixa. Fatos contundentes se revelavam para mim: se os Templários que protegiam o Graal deram origem a Maçonaria; se o dentista era Maçom e dizia que o Graal estava no quadro de Da Vinci, apesar de eu não encontrá-lo, as coisas pareciam começar a se encaixar, e eu precisa de uma cópia do quadro da Última Ceia.
Eu acabaria conseguindo analisar uma cópia do quadro A Última Ceia na casa da avó de um colega de escola meses mais tarde, mas meus esforços investigativos revelaram-se ineficientes.As implicações a respeito do Graal foram amplamente discutidas por vários estudiosos, e deram origem a diversas teorias sobre a possibilidade de Jesus não ter morrido na cruz, de ter casado-se com Maria Madalena e, sobretudo, de ter deixado descendentes.
Mas minhas preocupações a respeito do Graal eram bem outras, entretanto. Não passava-me pela mente a idéia de que o Graal pudesse significar a descendência de Jesus, tal como muitos teorizam. Em minha busca descompromissada e solitária, eu tentava entender como a Maçonaria, dita satanista pela população, poderia ter relação com cavaleiros que eram guardiões do Santo Graal, que deveria ser objeto de adoração Cristã.
Postado por Augusto Branco às 16:17 no site:

2 comentários:

  1. tentei entrar no blog que forneceu ao final do post mas não consegui... http://revelacoesrevelacoes.blogspot.com/2008/09/jesus-o-graal-e-maonaria.html só para membros... eu gostaria de saber mais a respeito sobre a maçonaria e o santo graal

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  2. Oi Alessandra!
    Só há uma maneira para você acessar esse link: entrando com teu usuário e senha do google. Se não tiver é muito simples, fácil e rápido.
    Obrigado pelo contato!
    Abraço grande!

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