Por Jayme Copstein
09/04/09
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Extraído do Site:
www.jaymecopstein.com.br
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Hoje (esse texto foi escrito na quinta-feira, dia 9/4/2009) é o início das comemorações da Páscoa, e há quem pense que há uma Páscoa judaica e uma Páscoa cristã. Equívoco. Trata-se da mesma festa e mostra o estreito vínculo entre as duas religiões, na verdade uma só religião, com pequenas diferenças litúrgicas, com uma única mensagem de amor e de confiança em Deus, e separadas apenas por um tempo de verbo. Os judeus dizem - o Messias virá. Os cristãos - o Messias já veio.
O nome Páscoa vem de Pessah, em hebraico. Significa passagem. Para os judeus recorda a libertação de seus ancestrais da escravidão no Egito, por Moisés, no 13º século antes de Cristo. É a festa mais antiga e o mais importante acontecimento da história judaica, porque foi o prelúdio da revelação no Monte Sinai. Desde este distante século 13 antes de Cristo, há 3.308 anos, os judeus e celebram a Páscoa da mesma maneira. Na primeira lua cheia que se sucede ao dia 14 de Nissan, iniciam os festejos com uma ceia, chamada seder, cujo cardápio consiste de erva amargas, matzá, o pão ázimo (pão sem fermento) - e um cordeiro assado. A cerimônia começa com o homem mais velho da família abençoando a data com um gole de vinho, que todos os presentes também tomarão, junto com uma partícula de matzá, polvilhada com um pouco de sal.
Uma das partes mais bonitas desta ceia é quando se pergunta às crianças - por que esta noite é diferente de todas outras noites? Por que nas outras noites podemos comer pão comum ou matzá e nesta só podemos comer o matzá? A resposta é uma lição da história: por que lembramos os sofrimentos do passado, o amor de Deus que nos resgatou e nos deu por recompensa a liberdade de viver e a alegria da nossa fé em seu nome. Este, em resumo, o simbolismo da Páscoa festejada pelos judeus.
Os cristãos comemoram, junto com a Páscoa, a Ressurreição de Jesus. Ainda que no passado todos os ramos do cristianismo as religiões dessem mais ênfase à crucificação de Jesus, episódio historicamente pouco esclarecido, sem o dogma da Ressurreição, o cristianismo não existiria. Jesus teria sido apenas mais um judeu morto pelos romanos e o cristianismo mais uma seita entre as tantas que proliferaram naquela época.
Como os eventos principais da vida de Jesus ocorreram na Páscoa – a Santa Ceia é um seder – ela é, também, é a data mais importante do Cristianismo, culminando sua comemoração com a Ressurreição. No início, a Páscoa era uma só porque judeus e judeus-cristãos, após a crucificação de Jesus, continuaram sendo apenas judeus. Os desentendimentos começaram no ano 70 da nossa era, quando fiéis aos ensinamentos de não opor resistência à violência, os judeus-cristãos estiveram ausentes na resistência judaica contra os romanos na Fortaleza de Massada.
O rompimento definitivo aconteceu no ano 132, última revolta judaica contra o domínio romano, desencadeada pela ordem do imperador Adriano, para que se construísse um templo a Júpiter no local onde estivera o templo de Jerusalém. Nesta ocasião, desejando reforçar os laços nacionais, o rabino Akiba proclamou o chefe da revolta, Simão Bar-Kokheba, o Messias anunciado pelos profetas. Os judeus-cristãos, na crença de que o Messias tinha vindo com Jesus, não podiam aceitar e se separaram definitivamente.
O nome Páscoa vem de Pessah, em hebraico. Significa passagem. Para os judeus recorda a libertação de seus ancestrais da escravidão no Egito, por Moisés, no 13º século antes de Cristo. É a festa mais antiga e o mais importante acontecimento da história judaica, porque foi o prelúdio da revelação no Monte Sinai. Desde este distante século 13 antes de Cristo, há 3.308 anos, os judeus e celebram a Páscoa da mesma maneira. Na primeira lua cheia que se sucede ao dia 14 de Nissan, iniciam os festejos com uma ceia, chamada seder, cujo cardápio consiste de erva amargas, matzá, o pão ázimo (pão sem fermento) - e um cordeiro assado. A cerimônia começa com o homem mais velho da família abençoando a data com um gole de vinho, que todos os presentes também tomarão, junto com uma partícula de matzá, polvilhada com um pouco de sal.
Uma das partes mais bonitas desta ceia é quando se pergunta às crianças - por que esta noite é diferente de todas outras noites? Por que nas outras noites podemos comer pão comum ou matzá e nesta só podemos comer o matzá? A resposta é uma lição da história: por que lembramos os sofrimentos do passado, o amor de Deus que nos resgatou e nos deu por recompensa a liberdade de viver e a alegria da nossa fé em seu nome. Este, em resumo, o simbolismo da Páscoa festejada pelos judeus.
Os cristãos comemoram, junto com a Páscoa, a Ressurreição de Jesus. Ainda que no passado todos os ramos do cristianismo as religiões dessem mais ênfase à crucificação de Jesus, episódio historicamente pouco esclarecido, sem o dogma da Ressurreição, o cristianismo não existiria. Jesus teria sido apenas mais um judeu morto pelos romanos e o cristianismo mais uma seita entre as tantas que proliferaram naquela época.
Como os eventos principais da vida de Jesus ocorreram na Páscoa – a Santa Ceia é um seder – ela é, também, é a data mais importante do Cristianismo, culminando sua comemoração com a Ressurreição. No início, a Páscoa era uma só porque judeus e judeus-cristãos, após a crucificação de Jesus, continuaram sendo apenas judeus. Os desentendimentos começaram no ano 70 da nossa era, quando fiéis aos ensinamentos de não opor resistência à violência, os judeus-cristãos estiveram ausentes na resistência judaica contra os romanos na Fortaleza de Massada.
O rompimento definitivo aconteceu no ano 132, última revolta judaica contra o domínio romano, desencadeada pela ordem do imperador Adriano, para que se construísse um templo a Júpiter no local onde estivera o templo de Jerusalém. Nesta ocasião, desejando reforçar os laços nacionais, o rabino Akiba proclamou o chefe da revolta, Simão Bar-Kokheba, o Messias anunciado pelos profetas. Os judeus-cristãos, na crença de que o Messias tinha vindo com Jesus, não podiam aceitar e se separaram definitivamente.
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